25 de agosto de 2011

Coisas que a Mídiatrix não reporta sobre o que ocorre na Líbia


farsa na libia

Mesmo enquando a mídia corporativa continua a retratar o ataque rebelde em Trípoli como uma espécie de revolta popular, agora é admitido que a inteligência britânica desempenhou um papel fundamental na direção do cerco, e com isso continuaram a sua longa relação com os terroristas da Al-Qaeda.

"Os agentes do MI6 (serviço secreto britânico) com base no reduto rebelde de Benghazi aperfeiçoaram os planos de batalha elaborados pela transição pelo Conselho Nacional de Transição da Líbia (dos "rebeldes", quer dizer terroristas), que foram definidos há 10 semanas", relata o Telegraph de Londres.

"Os constantemente atualizados conselhos táticos fornecidos por especialistas britânicos para os líderes rebeldes focavam na necessidade de desencadear um novo levante dentro de Tripoli, que poderia ser usado como uma justificativa para avançar o combate na cidade."

O ataque orquestrado pelo MI6 em Tripoli foi precedido por um bombardeio executado por aviões de caça da RAF (força aérea britânica) no fim de semana, que teve como alvo as principais instalações de comunicações de Kadafi.

Como Webster Tarpley relatou, a OTAN em seguida enviou terroristas para liderar o massacre ao estilo de Mumbai que causou a mais de 1.000 mortes.

Forças Especiais britânicas estavam em solo na Líbia antes mesmo da resolução da "zona sem vôo" da ONU ter sido anunciada no início deste ano. Agentes da SAS (Serviço Aéreo Especial britânico) que estavam dirigindo os rebeldes aterrissaram na Libia no final de fevereiro, juntamente com membros das forças especiais francesas e americanas. Os ocidentais foram mais tarde pegos no flagra em um vídeo confraternizando com os rebeldes por uma equipe de filmagem da Al-Jazeera.

Isto de modo algum seria a primeira vez que inteligência britânica trabalhou diretamente com os terroristas da Al-Qaeda, em uma tentativa para derrubar o coronel Kadhafi.

Em 2002, como você pode conferir nesta matéria do jornal britânico The Guardian, especialistas em inteligência francesa revelaram como o MI6 pagou 100 mil dólares para uma célula da Al-Qaeda da Líbia, o Grupo Combatente Islâmico, para a assassinar Kadafi.

Em torno da mesma época, a inteligência britânica também frustrou um mandado de prisão da Interpol para Osama Bin Laden emitido por Kadafi, em uma tentativa de proteger o grupo Al-Qaeda, que estava sendo pago pelo MI6 para matar o líder líbio. O Grupo Combatente Islâmico foi liderado na época por Anas al-Liby, um dos tenentes de confiança de Bin Laden.

O Grupo de Combate Islâmico Líbio (LIFG) é uma das principais facções da Al-Qaeda que agora comanda as forças rebeldes. Como relata o Asian Tribune: "O Grupo de Combate Islâmico Líbio (LIFG) deve emergir para se tornar o verdadeiro poder por trás de qualquer administração pós-Kadafi na Líbia".

Assim, tendo treinado, financiado e equipado os terroristas da Al-Qaeda, a Grã-Bretanha e os EUA, ao mesmo tempo em que afirmam estar lutando uma "guerra ao terror" de várias gerações, estão agora oferecendo um lar para os mesmos militantes da Al-Qaeda que mataram soldados dos EUA no Afeganistão e no Iraque.



Fontes:
Infowars: MI6 Directed Rebel Terrorists In Tripoli Siege
The Telegraph: Libya: secret role played by Britain creating path to the fall of Tripoli
The Guardian: Al-Jazeera footage captures 'western troops on the ground' in Libya
The Guardian: MI6 'halted bid to arrest bin Laden'
Asian Tribune: Gaddafi under siege: Two CIA-backed groups, an al-Qaeda-linked LIFG on top of power stakes

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