20 de agosto de 2011

Especial URSS-Um Novo Despertar

A morte de Brejnev, em 1982, trouxe problemas na cúpula hierárquica do país: seus sucessores, idosos e doentes, morreram pouco tempo depois da posse, foram os casos de Yuri Andropov e Constantin Chernenko.
Yuri Andropov
(Yuri Vladimirovich Andropov; Nagutskaia, Cáucaso, 1914 - Moscou, 1984) Máximo dirigente da União Soviética entre 1983  e 1984. Filho de um ferroviário, estudou engenharia e se integrou como funcionário no Partido Comunista da União Soviética. Seus primeiros empregos foram diplomáticos, destacando sua presencia como embaixador em Budapest em 1956; foi um dos organizadores da intervenção militar soviética que reprimiu a revolução húngara que havía levado ao poder a Imre Nagy naquele ano.
O regime premiou sua fidelidade e sua eficácia naquela ação, encarregando-se de dirigir as relações entre a União Soviética e os países socialistas deste de Europa entre 1957 e 1967. Sua ascensão política foi espectacular: membro do Comitê Central do Partido desde 1961, secretário do Comitê Central desde 1964, membro do Politiburo desde 1967. Naquele ano passou a dirigir a KGB, no qual se mantería até 1982.
À morte de Brezhnev, Andropov foi eleito para substitui-lo como secretário geral do Partido Comunista (1982) e como chefe do Estado soviético (1983). Orientou sua política no sentido reformista, tratando de alicersar  o peso da  burocracia e de revitalizar a economia e a administração do país, gravemente estancada durante a era Brezhnev;  porém, problemas de saúde o  mantiveram apartado da atividade política e morreu sem ter realizado reforma alguma a nos 15 meses que durou seu poder.
Konstantin Ustínovitch Chernenko 
(de 1911 em Moscou,  10 de março  de 1985) foi Presidente do Soviete Supremo da URSS e Secretário Geral do Partido Comunista de Fevereiro de 1984 a Março de 1985, e Chefe Supremo do Politburo, o segundo mais alto cargo na hierarquia soviética, de 1971 até 1984, quando assumiu, de fato, o mais alto cargo do país.
Após sua morte, os países socialistas do leste europeu não passariam de cinco anos, e a União Soviética, de fato, sete.
Apesar de sua curta gestão, há tempos Chernenko já havia conquistado um grande poder dentro do partido, sendo um segundo homem, muito similar a um vice-presidente, desde o início da década de 70, sob a gestão de Leonid Brejnev, acompanhando-o em diversas viagens ao estrangeiro e servindo de conselheiro político durante os anos 70 e início dos anos 80, tendo alcançado seus maiores feitos antes mesmo de tornar-se o Secretário Geral, o que fez com que sua contribuição para com a União Soviética e Rússia durante os anos Brejnev fosse eminente.

Mikhail Gorbatchev:

 Só em 1985, quando Mikhail Gorbatchev assumiu a direção da União Soviética, se iniciou a renovação dos quadros dirigentes. Isso permitiu implementar reformas profundas, tanto na economia quanto na política e na administração.

Em fevereiro de 1986, Gorbatchev lançou a idéia da glasnost, uma política de abertura e transparência. Ele propunha uma campanha contra a corrupção e a ineficiência na administração, com propostas de maior liberdade na política, na economia e na cultura. Em seguida, lançou a perestroika, um plano de reestruturação do sistema político e econômico da União Soviética.

Em linhas gerais, tratava-se de retirar o excessivo controle do Estado sobre a economia – abrindo a possibilidade negócios privados e de competição das empresas no mercado – e de simplificar a estrutura administrativa, de dimensões gigantescas mas agilidade paquidérmica. Era uma tarefa extremamente complicada num país de dimensões continentais, que congregava múltiplas nacionalidades, algumas submetidas à força no período de Stalin.

É claro que essa proposta de mudanças profundas passou logo a sofrer a oposição dos conservadores – os comunistas ortodoxos, os burocratas do aparelho estatal, que temiam perder seus cargos e privilégios, e os militares, preocupados com possíveis cortes no orçamento das Forças Armadas.

Apesar de toda a oposição, Gorbatchev conseguiu dar continuidade a seus planos e teve ainda reforçada sua liderança, ao ser eleito presidente da República em julho de 1988.

Tratava-se de um caminho sem volta, e Gorbatchev teve de enfrentar complicadores de peso. A abertura política incentivara movimentos de autonomia, principalmente das repúblicas bálticas (Letônia, Lituânia e Estônia), que haviam sido subjugadas por Stalin, e fizera explodir rivalidades entre cristãos ortodoxos e muçulmanos na República do Azerbaijão.

E a economia continuava a apresentar um fraco desempenho, comprometendo o abastecimento de toda a população. 
Fonte: Ed.Ática.
Por Maria Helena Senise e Alceu Pazzinatto
Wikipédia e Google
Reeditado por Um Novo Despertar

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