14 de setembro de 2011

Crédit Agricole e Société Générale tiveram a classificação rebaixada.
França ressalta solidez dos bancos franceses e minimiza a mudança.

Da EFE

A agência de classificação de riscos Moody’s anunciou nesta quarta-feira (14) o rebaixamento da nota dos bancos franceses Crédit Agricole e Société Générale, o primeiro por sua exposição à dívida grega e o segundo pelo dispositivo de ajuda pública ao sistema financeiro.

Por outro lado, a Moody’s não alterou a nota do BNP Paribas, outro grande banco francês para o qual também se temia uma degradação devido aos riscos de uma reestruturação da dívida grega, embora a agência tenha precisado que seguirá mantendo-o sob controle para um eventual rebaixamento.

No caso do Crédit Agricole, a qualificação passou de ‘Aa1′ para ‘Aa2′, e a agência advertiu que a entidade segue em revisão perante uma possível nova deterioração pela ‘persistente fragilidade dos mercados de financiamento dos bancos’.

Para o Société Générale, a classificação caiu de ‘Aa2′ para ‘Aa3′, e isso embora a Moody’s tenha estimado que sua capitalização atual lhe oferece ‘um colchão adequado para suportar sua exposição (às dívidas) grega, portuguesa e irlandesa’.

O BNP Paribas anunciou nesta quarta-feira (14) uma série de medidas para reforçar seu capital, em particular assinalando o objetivo de dispor a partir de 1º de janeiro de 2013 de 9% de fundos próprios com relação a seus créditos.

Em sua primeira reação, o governador do Banco da França, Christian Noyer, insistiu na solidez dos bancos franceses e minimizou a mudança da nota produzida pela Moody’s, assinalando que já era esperada.

‘Os bancos franceses conservam uma nota excelente e estão no mesmo nível dos grandes bancos europeus’, ressaltou Noyer, que acrescentou que não se faz necessária uma intervenção e que uma nacionalização ‘não teria nenhum sentido’.

A decisão da Moody’s acontece horas antes de o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro grego, George Papandreou, manterem uma conversa por telefone sobre a crise da dívida da Grécia e as consequências para o sistema bancário.

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