14 de setembro de 2011

EUA preocupados com tensões crescentes entre Israel e vizinhos muçulmanos

Foto: AP 
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, é visto em tela ao discursar para membros da Liga Árabe no Cairo, Egito, onde criticou duramente Israel na terça-feira
Os EUA observam com cautela a deterioração das relações entre os seus aliados Israel, Egito e Turquia, que ameaça a estabilidade do Oriente Médio e as metas americanas para a região.

O problema simultâneo entre o Estado judeu e duas nações muçulmanas que têm sido um baluarte de segurança e diplomacia para Israel acontece no momento em que os palestinos se preparam para buscar reconhecimento na ONU neste mês. A ação da ONU, que os EUA têm combatido sem sucesso, deve complicar ainda mais os esforços de paz, deixar Israel ainda mais isolado e forçar Washington a assumir a posição incômoda de tomar o lado de Israel a despeito de outros aliados e parceiros.
A grande quantidade de ligações telefônicas feitas entre o presidente Barack Obama, seus principais assessores de segurança nacional e israelense, egípcios e outros parceiros da região sobre o ataque de sexta-feira à Embaixada de Israel no Cairo destacou as preocupações americanas sobre a situação. O ataque poderia ter prejudicado o acordo de paz israelo-egípcio, que tem sido um dos alicerces da estabilidade no Oriente Médio há três décadas. Juntamente com as preocupações sobre Egito e Israel, as autoridades americanas temem o discurso rigoroso adotado pela Turquia recentemente sobre problemas em suas relações com Israel.
Pelo telefone, na sexta-feira, Obama reiterou ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, o apoio dos EUA , enquanto manifestantes egípcios saqueavam a embaixada de Israel. A secretária de Estado Hillary Clinton falou duas vezes com o ministro do Exterior egípcio, Muhammed Amr, para lembrá-lo da obrigação do Egito em proteger as propriedades e equipes diplomáticas em seu país, bem como para enfatizar a importância dada pelos EUA à paz entre Egito e Israel.
O Departamento de Estado disse que o governo estava "satisfeito" com as declarações das autoridades israelenses e egípcias que procuraram aliviar as tensões. Mas as autoridades não deixaram dúvidas quanto à seriedade do assunto e suas implicações, sobretudo tendo em conta a natureza já precária do relacionamento entre Israel e Turquia e a iminente requisição palestina na ONU.
Victoria Nuland, porta-voz do departamento, classificou os ataque à embaixada de um "incidente muito grave" e "extremo" que levou grande preocupação aos mais altos níveis do governo.
"Não é simplesmente sobre esse incidente isolado, é sobre a importância de manter a estabilidade e a paz em toda a região, não apenas dia a dia, semana a semana, mas mês a mês, o que nos leva de volta às mensagens que temos passado em relação às reuniões que acontecerão em Nova York na próxima semana", disse, referindo-se à sessão anual da Assembleia Geral da ONU, que começa no dia 20.
Além da ligação entre Obama e Netanyahu na sexta-feira e da feita entre Hillary e Amr, o secretário de Defesa Leon Panetta conversou com o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, e o líder militar egípcio Mohammed Hussein Tantawi na sexta-feira, segundo o Pentágono. O almirante Mike Mullen, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, conversou com seu colega israelense na sexta-feira e seu colega egípcio no domingo.
À medida que essas ligações telefônicas progrediam, o diplomata americano para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman, conversou com o chefe do Conselho de Cooperação do Golfo e oficiais de alto escalão do Egito, Jordânia, Catar, Kuwait e Arábia Saudita.
"Nossa esperança é evitar qualquer grande repercussão na região", disse Nuland. "O fato de que o governo egípcio e o de Israel abordaram a importância de manter essa situação sob controle, e o fato de que agora ela esteja sob controle, nos dá alguma esperança para seguir em frente. Mas, obviamente, todos precisamos estar vigilantes."
Fonte: IG e Agências de Notícias
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