29 de outubro de 2011

Forças sírias cercam cidade de Homs, após dia sangrento
Tanques sírios cercaram um bairro antigo na cidade de Homs no sábado deixando três mortos, de acordo com ativistas, após um dos dias mais sangrentos nos sete meses de levante contra o presidente Bashar al-Assad.
Ativistas e moradores disseram que as forças sírias mataram cerca de 30 civis na sexta-feira, quando dispararam contra manifestantes que pediam proteção internacional da repressão de Assad e a implantação de uma zona de exclusão aérea.

Foto: Reuters
Manifestantes protestam contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, adepois das orações de sexta, em Hajar Al Aswad, Damasco
Um grupo que luta pelos direitos humanos no país disse que uma luta feroz começou em Homs na noite de sexta-feira entre dezenas de desertores do exército e forças leais a Assad.
Os confrontos dos levantes deixaram 3 mil mortos desde março, segundo as Nações Unidas, incluindo cerca de 200 crianças. Desde o início dos protestos, as autoridades sírias atribuem a violência a homens armados que, segundo disseram, mataram 1,1 mil soldados e policiais.
A Síria proibiu a entrada de grande parte da mídia externa, o que torna difícil verificar os relatos de ativistas e autoridades.
A resiliência dos manifestantes, a determinação das autoridades em reprimir a dissidência e o número cada vez maior de desertores fizeram dos distúrbios na Síria um dos confrontos mais intratáveis dos levantes árabes desse ano.

O Observatório Sírio disse que três civis morreram em Homs na manhã de sábado, um deles morto por um tiro disparado por um francoatirador e os outros dois em uma troca de tiros entre forças de Assad e desertores.
Os moradores disseram que tanques foram usados para atingir alvos no solo e metralhadoras no bairro de Bab Amro. Explosões e tiros também eram escutados em bairros vizinhos, segundo ativistas.
Manifestantes também marcharam na Embaixada da Síria em Londres para mostrar seu repúdio em relação à sangrenta ação das forças sírias na última sexta-feira.
Pedido Árabe
A violência de sexta-feira fez com que ministros árabes emitissem o pedido mais forte até agora para que Assad coloque fim à matança de civis.
O comitê da Liga Árabe sobre a crise síria disse que enviou "uma mensagem urgente... para o governo sírio, expressando seu descontentamento sobre a matança continuada de civis sírios".
O comitê expressou "a esperança de que o governo sírio agisse para proteger os civis". Ministros árabes devem se reunir com autoridades sírias no domingo, no Catar, para pressionar por diálogo entre o governo e a oposição.

Os ministros também disseram ter tido uma conversa "franca e amigável" com Assad na quarta-feira passada.

Último Segundo Com Reuters, AP e BBC

Um comentário:

  1. Invadiram a Líbia por muito menos... estranho não?

    Mas, sabemos muito bem o porque, então não fica tão absurdo...

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