Grécia vai descumprir metas do FMI para o déficit até 2012, diz ministro
Esboço do orçamento foi aprovado pelo governo neste domingo (2).
Índice deve ser de 8,5% em 2011 e 6,8% em 2012, ambos acima da meta.
Índice deve ser de 8,5% em 2011 e 6,8% em 2012, ambos acima da meta.
O gabinete de governo da Grécia aprovou neste domingo (2) o orçamento do país para 2012 e afirmou que não será possível cumprir as metas de déficit determinadas no plano de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) neste ano e no próximo. Segundo o ministro das Finanças grego, o orçamento será enviado ao Parlamento na segunda-feira (3).
O país acredita que o déficit orçamentário de 2011 ficará em 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, sem atingir a meta de 7,6%, segundo os documentos aprovados. Em 2012, a expectativa é que o déficit chegue a 6,8%, ainda acima da meta de 6,5%.
“Três meses críticos restam para terminar 2011, e a estimativa final de déficit de 8,5% do PIB poderá ser alcançado se o mecanismo do Estado e os cidadãos reajam de acordo”, disse o ministro.
Nos mesmos documentos, a Grécia vê sua economia sendo contraída em 5,5% neste ano e 2% no ano que vem. Isso está em conformidade com as perspectivas econômicas mundiais divulgadas pelo FMI no mês passado, mas muito pior que as projeções utilizadas para as negociações sobre o resgate em julho, que previram que a economia do país voltaria a crescer no ano que vem.
Atenas põe a culpa da falha em atingir as metas na contração da economia pior que a esperada, enquanto seus credores dizem que a falha no avanço com as necessárias reformas estruturais também são parte da culpa.
A recessão mais profunda do que o esperado torna mais difícil para a Grécia obter receitas e atingir as metas do déficit. Ela também faz com que o impacto das medidas de austeridade, como aumento dos impostos e corte dos salários, pese muito mais sobre os cidadãos.
O país acredita que o déficit orçamentário de 2011 ficará em 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, sem atingir a meta de 7,6%, segundo os documentos aprovados. Em 2012, a expectativa é que o déficit chegue a 6,8%, ainda acima da meta de 6,5%.
“Três meses críticos restam para terminar 2011, e a estimativa final de déficit de 8,5% do PIB poderá ser alcançado se o mecanismo do Estado e os cidadãos reajam de acordo”, disse o ministro.
Nos mesmos documentos, a Grécia vê sua economia sendo contraída em 5,5% neste ano e 2% no ano que vem. Isso está em conformidade com as perspectivas econômicas mundiais divulgadas pelo FMI no mês passado, mas muito pior que as projeções utilizadas para as negociações sobre o resgate em julho, que previram que a economia do país voltaria a crescer no ano que vem.
Atenas põe a culpa da falha em atingir as metas na contração da economia pior que a esperada, enquanto seus credores dizem que a falha no avanço com as necessárias reformas estruturais também são parte da culpa.
A recessão mais profunda do que o esperado torna mais difícil para a Grécia obter receitas e atingir as metas do déficit. Ela também faz com que o impacto das medidas de austeridade, como aumento dos impostos e corte dos salários, pese muito mais sobre os cidadãos.
Servidores protestaram contra medidas e bloquearam sede de ministério na quinta-feira (29) (Foto: Reuters)
Resgate Ainda sem a liberação da parcela de 8 bilhões de euros (10,7 bilhões de dólares) da ajuda da União Europeia, a endividada Grécia pode ficar sem fundos para honrar suas contas nas próximas semanas.
Negociações entre o FMI, a UE e o Banco Central Europeu (BCE), conhecidos como “Troika”, estão ocorrendo para solucionar o orçamento grego e reformas desde quinta-feira (29).
O fracasso de atingir a meta do deficit em 2011 significa que a Grécia precisaria de quase 2 bilhões a mais de euros só para financiar suas despesas no ano. Também quer dizer que o aumento emergencial dos impostos e cortes salariais anunciados nos últimos dois meses para atingir a meta não funcionaram.
“O círculo vicioso continua para o governo”, disse Yanni Varoufakis, professor de economia da Universidade de Atenas. “Temos receitas decepcionantes, metas descumpridas e isso vai trabalhar novas medidas e nova austeridade”, afirmou.
Para convencer a Troika a liberar a próxima parcela de empréstimos, a Grécia prometeu aumentar impostos, cortar salários de funcionários públicos e acelerar os planos de reduzir o número de trabalhadores do setor público em 20% até 2015.
A medida cria uma “reserva de trabalho”, permitindo que 30 mil funcionários tenham seu salário reduzido para 60% do valor total e sejam demitidos após um ano.
A decisão cria um campo minado legal e político no país, já que os empregos governamentais estão explicitamente protegidos pela constituição grega.
Na segunda-feira (3), os ministros de finanças da zona do euro devem discutir a Grécia em uma reunião em Bruxelas, mas aguardam o relatório dos inspetores da Troika antes de tomar novas decisões.
A expectativa é que os inspetores dêem luz verde para a liberação da próxima parcela de 8 bilhões de euros (10,7 bilhões de dólares) de ajuda à Grécia, para evitar que a zona do euro afunde ainda mais em incertezas.
Se os inspetores concluírem que a recessão grega continuará sendo pior do que o esperado, os governos da União Europeia já sugeriram que os bancos credores – que concordaram rever 21% do valor da dívida da Grécia em julho – talvez sejam forçados a assumir mais esforços.
FONTE
Negociações entre o FMI, a UE e o Banco Central Europeu (BCE), conhecidos como “Troika”, estão ocorrendo para solucionar o orçamento grego e reformas desde quinta-feira (29).
O fracasso de atingir a meta do deficit em 2011 significa que a Grécia precisaria de quase 2 bilhões a mais de euros só para financiar suas despesas no ano. Também quer dizer que o aumento emergencial dos impostos e cortes salariais anunciados nos últimos dois meses para atingir a meta não funcionaram.
“O círculo vicioso continua para o governo”, disse Yanni Varoufakis, professor de economia da Universidade de Atenas. “Temos receitas decepcionantes, metas descumpridas e isso vai trabalhar novas medidas e nova austeridade”, afirmou.
Para convencer a Troika a liberar a próxima parcela de empréstimos, a Grécia prometeu aumentar impostos, cortar salários de funcionários públicos e acelerar os planos de reduzir o número de trabalhadores do setor público em 20% até 2015.
A medida cria uma “reserva de trabalho”, permitindo que 30 mil funcionários tenham seu salário reduzido para 60% do valor total e sejam demitidos após um ano.
A decisão cria um campo minado legal e político no país, já que os empregos governamentais estão explicitamente protegidos pela constituição grega.
Na segunda-feira (3), os ministros de finanças da zona do euro devem discutir a Grécia em uma reunião em Bruxelas, mas aguardam o relatório dos inspetores da Troika antes de tomar novas decisões.
A expectativa é que os inspetores dêem luz verde para a liberação da próxima parcela de 8 bilhões de euros (10,7 bilhões de dólares) de ajuda à Grécia, para evitar que a zona do euro afunde ainda mais em incertezas.
Se os inspetores concluírem que a recessão grega continuará sendo pior do que o esperado, os governos da União Europeia já sugeriram que os bancos credores – que concordaram rever 21% do valor da dívida da Grécia em julho – talvez sejam forçados a assumir mais esforços.
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