O último Comentário do Mercado há duas semanas era intitulado “Os últimos dias do Euro”, e realmente parecia assim, como se o Euro logo não existisse mais. Veio a seguir então a crise dos grandes bancos franceses, que estavam quebrando.
a. enorme pressão sobre todos os participantes
Há duas semanas o secretário das finanças dos EUA, Geithner, esteve presente na Europa como convidado no encontro dos ministros das finanças da UE. O que ele encontrou lá certamente não o agradou. Sobretudo o ausente comando central único como existe nos EUA, mas que não é possível na Europa de várias nações. Os EUA temen que um colapso do Euro arraste também consigo os grandes bancos norte-americanos. Por isso há o interesse em mantê-los saudáveis – bem em oposição à opinião de diferentes “conspiracionistas”.
Na conferência do FMI há uma semana, segundo os artigos da mídia e também das informações de alguns insiders, foi deixado bem claro: “We will never accept a failure of the Euro”. Também foi Geithner que gostaria de manter intacto o sistema financeiro para Obama até as eleições de 2012 para presidente dos EUA – um mero desejo político. Sobretudo não pode haver a saída de um importante contribuinte das ações de salvamento do Euro.
b. Uma das mais maciças manipulações do mercado
Aproximadamente a 22 de setembro iniciou-se uma campanha para encenar novamente à opinião pública um “mundo saudável”. Faz parte aqui a elevação das ações dos bancos, como é usual por parte do US-Plunge Protection Team. Desde então as cotações da bolsa estão subindo.
Apesar de tudo o colapso do sistema virá
O preço do ouro sobe novamente, a prata ainda mais. Diversos especuladores, especialmente aqueles a crédito, devem ter experimentado perdas monumentais com estes metais. Mas isso não atrapalha os investidores. Os negociantes de metais nobres na Alemanha reportam sobre o faturamento dos últimos dias, um dos maiores que já vivenciaram – quase apenas compradores, frequentemente com grandes somas. Isso é justamente o contrário daquilo que se queria alcançar com a contenção da cotação do ouro e uma resposta ao iminente crash dos bancos. Até mesmo Jean-Claude Trichet disse publicamente que a confiança nos bancos e em muitos países se perdeu. O grande capital já se refugia dos bancos que mantêm em carteira muitos títulos dos países PIIGS. Normalmente isto sinaliza o fim.
Ao invés do colapso do sistema vir já, ele virá em algumas semanas, no mais tardar alguns meses, pois nada se alterou na situação real. Durará enquanto Obama, Geithner, Merkel, Schäuble, Sarkozy, Faymann etc não sentirem temor diante das massas dos poupadores ludibriados. É disso que se trata no fundo.
Todos os leitores deveriam ter em todo caso seus botes salva-vidas em ouro e prata, pois nós não sabemos até quando eles lá em cima irão segurar o sistema. Os preços dos botes sobem novamente. Logo ele alcançará um novo recorde.
Walter Eichelburg, engenheiro.
O autor do artigo não é um consultor financeiro, mas sim um investidor em Viena – NR.
Este artigo apareceu na revista ef-online, de 01 de outubro de 2011.
Fim dos Tempos. Net
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