9 de outubro de 2011

Novos protestos de cunho religioso no Egito.


Uma coisa que eu temia está acontecendo há tempo e agora vem tomando corpo e as mídias controladas acabam sendo instadas a falarem sobre a questão.
A perseguição de cristãos que são minorias em países de maioria muçulmana, o Egito é um caso desses, onde grande parte é muçulmana e cerca de 10% são Cristãos Coptas.
Existem outros casos de ataques a minorias cristãs em outros países de maioria islâmica, mas nunca relatadas.
Com a queda de Mubarak em fevereiro após revolta popular contra seu governo, esta situação seria exacerbada em um dado momento e pode estar tomando forma agora com estes atos relatados na matéria abaixo.
Não temo a dizer que o Egito e outros países árabes que tiveram antigos regimes varridos do mapa, sejam engolfados por novos projetos de poder de carater fundamentalista que vai suplantar todo um falso sonho por mudanças e democracia que sabemos para que propósito os senhores do mundo queriam que estas revoltas acontecessem. Não esqueçamos da Irmandade Muçulmana egípsia, ninguém fala dela por aqui no ocidente, mas ela está tão ativa quanto na vida política, religiosa e social do Egito e não se assustem se no futuro o Egito se torne um estado teocrático tão radical quanto o Irã e Arábia Saudita. É possibilidade que não podemos descartar, pelo menos por enquanto.
Daniel -UND

Cristãos coptas são mortos por forças de segurança, em protestos.

Pelo menos 24 pessoas foram mortas e mais de 200 feridas neste domingo em choques entre cristãos da comunidade copta e forças de segurança na capital do Egito, Cairo. Milhares de cristãos coptas fizeram uma manifestação contra a demolição de uma igreja cristão no sul do país na semana passada.

Foto: Reuters
População nas ruas em confronto com forças de segurança na capital do Egito

Foto: AP 
Explosões e fogo durante confrontos

Os manifestantes pediam a demissão do governador da província de Assuã, onde a igreja foi demolida, quando a violência teve início. 
A TV egípcia mostrou imagens de bombas de petróleo sendo arremessadas e veículos incendiados no centro do Cairo.
Os choques se espalharam pela praça Tahrir, epicentro dos levantes que derrubaram o governo do presidente Hosni Mubarak em fevereiro.
Os confrontos envolveram milhares de pessoas, atirando pedras e destruindo o asfalto por mais munição.
Não está claro quantos dos mortos eram soldados e quantos manifestantes.
As tensões sectárias entre a minoria cristã (cerca de 10% da população) e os muçulmanos vem crescendo desde a derrubada do antigo regime.
Os cristãos acusam o governo interino de não reprimir atos de violência contra eles.
Fonte: Último Segundo.

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