Papua Nova Guiné - Direitos nacionais e imperialismo |
Terça, 25 Outubro 2011 02:00 |
Nationalia - [Trad. do Diário Liberdade] A incursão do exército de Indonésia no Congresso de Papua Ocidental deixou ao menos duas pessoas mortas e centenas de detidas. O III Congresso de Papua proclamou unilateralmente a independência de Jakarta. Várias organizações e estados como Austrália denunciam a vulneração constante dos direitos humanos. Ao menos duas pessoas mortas, 5 de feridas por balas de fogo, dezenas de pessoas feridas e entre 300 e 800 detidas (segundo as fontes) foi o resultado da intervenção do exército de Indonésia no terceiro Congresso da gente do povo de Papua em Abepura (dentro da capital Jayapura), depois que este decidisse declarar a independência unilateral de Papua Ocidental e escolhesse o seu primeiro ministro. O ataque do exército, produziu-se segundo fontes oficiais, já que tinham indícios que dentro do congresso (que se celebrou dos dias 16 ao 19 de outubro) se estava a planear um golpe de estado contra as instituições de Indonésia. As repercussões internacionais da repressão não se fizeram esperar e desde Austrália, o senador de Victorian Greens, Richard di Natale, afirmou que o ministro de defesa australiano anunciaria a supressão da cooperação em matéria de defesa com a governação de Indonésia até que não se pesquisassem os fatos e não se abrisse um diálogo com os líderes de Papua. Ademais assegurou que a governação de Austrália não podia "sentar tranquilamente enquanto estes actos continuassem passando". Terceiro Congresso O Terceiro Congresso da gente do povo de Papua, reuniu milhares de representantes provenientes de diferentes organizações políticas e civis de Papua, sob o título de "Afirmando os direitos básicos da gente indígena de Papua pelo presente e o futuro". A declaração final do congresso de 8 pontos destacava pela declaração de independência do estado de Papua Ocidental, a elaboração de uma constituição e dos líderes políticos que o tinham de levar a termo e o reconhecimento por parte de Indonésia e da comunidade internacional e o final da ocupação da ilha. O congresso comemorava o 50 aniversário do primeiro congresso que se celebrou no ano 1961 e acabou com uma declaração onde se pedia o desejo de ser uma nação livre e independente. O segundo congresso, celebrado no ano 2000 contou com o apoio do então presidente de Indonésia e recusaram-se os diferentes acordos (como a resolução 2504 da ONU) que reconhecia a annexão de Papua Ocidental em Indonésia. A repressão que não se pára Nos últimos meses, a repressão por parte do exército de Indonésia incrementou muitíssimo até o ponto que várias associações de defesa dos direitos humanos apresentaram queixas formais à governação de Indonésia contanto que as pare. Organizações como o Foro asiático pelos direitos humanos e o desenvolvimento ou a organização pelos direitos humanos de Indonésia denunciaram num comunicado de 21 de setembro que desde julho morreram várias pessoas de Papua pelas balas do exército de Indonésia e dezenas de pessoas foram detidas, feridas e torturadas. Por isto estas organizações pedem que se pare as acções ilegais contra os ativistas de Papua, que se diminua a presença militar na ilha ou que se pesquisem todos os casos onde se denunciaram graves vulneraçoes dos direitos humanos. Fonte: Diário de Liberdade |
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