30 de novembro de 2011

Ameaça nuclear

Novas sanções contra Irã complicam negociação, diz Ahmadinejad

As novas sanções ocidentais contra o Irã por seu controverso programa nuclear fazem com que as negociações internacionais sobre o tema sejam "mais difíceis", declarou neste sábado o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
"Elas fazem com que fique mais difícil negociar conosco", declarou o presidente em entrevista ao canal público Jam. "Votam resoluções, impõem sanções, utilizam todas as ferramentas contra nós e querem que negociemos", disse, referindo-se aos Estados Unidos e às potências ocidentais.
"Sempre dissemos que estamos dispostos a negociar e a cooperar. As negociações valem mais que a confrontação, mas parece que não têm a menor ideia e retornam sempre para a confrontação", disse.
Na segunda-feira, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá adotaram novas sanções contra os setores bancário, petroleiro e petroquímico do Irã por seu programa nuclear.
A França propôs a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha "congelar os bens do banco central do Irã e interromper as compras de petróleo iraniano".
Ahmadinejad afirmou que estas posições complicam as negociações com as grandes potências (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha).

http://noticias.terra.com.br/mundo/notic...m


Irã já é capaz de exportar produtos e serviços nucleares

Diretor do programa nuclear do país diz que não teme ameaças nem sanções
[Imagem: Iranianos-protestam-em-frente-a-usina-nu...1322052833]
O Irã está em vias de exportar produtos e serviços nucleares, anunciou o diretor da Organização da Energia Atômica do Irã (OEAI), Fereydoon Abbasi, nesta sexta-feira. Em um seminário realizado na cidade de Qom, a cerca de 200 quilômetros de Teerã, ele destacou o progresso do programa nuclear iraniano. "Nosso país conseguiu ser autossuficiente em diversas áreas nucleares e estamos prontos para oferecer formação e fornecer centrífugas (para o enriquecimento de urânio)."

O responsável pelo organismo nuclear iraniano ressaltou ainda que o desenvolvimento da energia atômica no país foi conduzido por engenheiros e especialistas nacionais. Abbasi também desafiou as críticas internacionais ao dizer que a República Islâmica não tem medo nem das ameaças nem das sanções externas. "As medidas do inimigo não afetarão o avanço do Irã e os especialistas iranianos seguirão seu trabalho sem descanso e com perseverança", afirmou. "Se quisermos que o nome do Irã figure na lista dos países poderosos do mundo, não nos resta outra alternativa senão promover o desenvolvimento da tecnologia nuclear."

As punições das grandes potências contra o regime de Mahmoud Ahmadinejad ficaram mais duras depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou, no último dia 8, um relatório que aponta indícios de que o país já realizou trabalhos que poderiam desenvolver armas nucleares. Na segunda-feira passada, Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos anunciaram novas sanções financeiras contra o Irã, enquanto a União Europeia (UE) prepara mais sanções, além das que já aplica. Já a Rússia repudia tais medidas e indica que elas complicam qualquer esforço de diálogo com Teerã em matéria nuclear.

O Irã, signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TPN) e membro da AIEA, alega que seu programa atômico não tem fins militares, apenas civis, e argumenta possuir o direito de desenvolver e adquirir tecnologia atômica com objetivos pacíficos.

(Com agência EFE)

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