3 de novembro de 2011

A Terapia de Choque grega

Foto: EPA



Os problemas econômicos de Atenas tornaram-se políticos. O primeiro-ministro grego irá fazer um referendo: aceitar, ou não, o plano econômico da União Europeia para salvar o país da crise. O governo apoiou a posição de Geórgios Papandréu. A oposição exigiu sua renúncia imediata. A notícia chocou as capitais europeias.
O plano de salvação de Bruxelas foi desenvolvido em um momento difícil. Na semana passada, os líderes europeus se reuniram até noite dentro para chegar a um acordo. Foi decidido perdoar 50% da dívida grega, isto é, 100 bilhões de euros. A única condição seria a introdução de um regime de poupança rigorosa. No entanto, depois de todos os problemas causados aos vizinhos europeus, Papandréu resolveu duvidar do presente europeu. O ministro resolveu perguntar aos grevistas gregos se aprovavam as medidas difíceis e impopulares, enquanto os cidadãos comuns esperam pelo pagamento de seus salários, aposentadorias e criação de empregos. O plebiscito deverá decidir o futuro de toda a zona da UE, pois, se se os gregos votarem contra, o país tem grandes chances de falir.
O primeiro-ministro grego não alertou os líderes europeus Nicholas Sarkozy e Angela Merkel, nem os seus ministros. O presidente da França, sem esconder a sua surpresa, disse que não há outras alternativas de ajuda à Grécia.
A França faz lembrar que o plano, aprovado por 17 membros da UE, é a única forma de resolver o problema da dívida grega. Dar a palavra ao povo é uma posição do próprio governo. No entanto, a unidade da UE não é possível sem o esforço de cada membro.
Hoje os líderes da Alemanha, França, presidentes do Banco Central Europeu e do FMI farão uma reunião de urgência com o primeiro-ministro grego. Eles exigirão explicações, no entanto, a reunião tem como objetivo principal acalmar os mercados internacionais. As bolsas de valores desabaram na terça-feira depois da notícia de um possível referendo. O choque foi maior por causa da queda dos preços do petróleo e do ouro, que, mesmo durante o período de instabilidade do mercado, sempre estiveram em alta. Originalmente, o referendo era planejado para janeiro, no entanto, o medo de tumultos ainda maiores no mundo financeiro fez com que o governo grego se  resolva realizar o plebiscito o mais rápidamente  possível.  
A proposta de Papandréu dividiu o partido governante PASOK. Muitos membros do parlamento grego, incluindo membros da oposição, acreditam que o referendo pode pôr em questão o futuro da Grécia como membro da UE. Os parlamentares pedem eleições legislativas antecipadas.
Fonte:portuguese.ruvr.ru

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