África Oriental: EUA abrem novas frentes para intervenções
Idalio Soares, no Monitor MercantilPretexto é habitual: Combater os islamitas da Al Qaeda
Os EUA apertam cada vez mais a corda das intervenções aqui na África Oriental, na África do Norte e, na África Central utilizando sempre o tradicional pretexto de repressão da ação de organizações islâmicas extremistas, "filiais" da Al Qaeda.
Aliás, o secretário de Defesa dos EUA e ex-arqui-araponga da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, Leon Panetta, afirmou isto na semana passada durante sua visita de algumas horas aqui, em Djibouti: "Os EUA estão decididos a perseguir e reprimir os terroristas da Al Qaeda onde estiverem, no Yêmen, na Somália e na África do Norte até que não encontrem mais lugar para se esconder"...
Obviamente, Panetta não nos disse algo novo... Às vezes indireta e às vezes direta a intervenção dos EUA aqui, no Chifre da África (como no caso da Somália) é fato há cerca de cinco anos. Muitas dezenas de somalis foram mortos pelas bombas dos aviões não tripulados norte-americanos que decolam da base militar de Lemonier aqui, em Djibouti e de bases militares secretas de países vizinhos como a Etiópia ou pelo fogo das forças militares de países da região que são utilizados de acordo com as circunstâncias pelos EUA (por exemplo a Etiópia que foi utilizada pelos EUA como força de intervenção em dezembro de 2006 e tropas de Uganda e Burundi que compõem a missão da União Africana na Somália, conhecida como Amisom, em dezembro de 2007.
Magreb e Chifre da África
Durante sua curta permanência em Djibouti, Panetta aproveitou a oportunidade e encontrou-se com o presidente do país, Ismail Goueleh para pressioná-lo a acelerar o envio de soldados do Djibouti para participarem das missões da Amison. Também, exigiu-lhe a ampliação de apoio de Djibouti às operações do Africom (Comando do exército dos EUA na África, criado em 2007) no Chifre da África.
Chifre da África
Paralelamente, sabe-se que a tropa de mais 3.000 soldados norte-americanos estacionados na base militar de Lemonier, aqui, em Djibouti, deverá intensificar suas operações de repressão contra os islamitas da organização Al Sabab não só na vizinha Somália, mas, também, no Iêmen e na região da África do Norte onde atua a denominada "Al Qaeda do Magreb Islâmico". Tudo isso, em sintonia com as locais cooperações "antiterroristas" do Africom revela a extensão e a profundidade da intervenção norte-americana na África.
Entretanto, não são só a África do Norte e a África Centro Oriental no epicentro dos objetivos imperialistas do governo de Washington, mas, também, o coração do denominado "Continente Negro", onde há semanas já chegaram os primeiros grupos de 100 comandos norte-americanos cada, distribuídos em quatro países da região dos Grandes Lagos (Uganda, República Centro-Africana, Sudão do Sul e, República Democrática do Congo) com pretexto - não de reprimir as organizações islâmicas - mas, para prender Jozef Koni, chefe-supremo da LRA, uma organização que, há 25 anos, massacra, violenta e expulsa dezenas de milhares de pessoas dos quatro países centro-africanos. Esta gigantesca operação foi decisão e ordem escrita do presidente dos EUA, Barack Obama. Mas, não se iludem. Esta decisão não teve nenhum motivo humanitário, mas, é relacionada com a confirmação e "proteção" da localização de gigantescas jazidas de petróleo e gás natural no entorno do lago Albert, em Uganda. A decisão de Obama foi acelerada pela presente conjuntura geopolítica que registra contínuo crescimento das necessidades energéticas dos EUA e, o galopante aumento da influência da China na África subsaariana.
O petróleo, o gás natural, assim como, a exploração dos ricos recursos de minérios estratégicos no sub-solo dos países da região, como da República Centro-Africana explica a decisão das autoridades militares norte-americanas do Africom de estabelecer ali o Centro de Operações dos Comandos (especificamente, na cidade de Obo.
Naturalmente, o apetite dos EUA deverá aumentar em breve e os comandos norte-americanos serem enviados para uma "operação humanitária...armada" na Nigéria, a pretexto de reprimir os guerrilheiros islâmicos da organização "Boko Haram".
Freio nestes objetivos e planejamentos poderão aplicar, somente, os povos da África, os quais, deverão expulsar de seus países qualquer espécie de imperialistas "libertadores" que buscam impor políticas neocolonialistas em benefício dos interesses dos monopólios do grande capital.
Fonte: outroladodanotícia.com.br
Fonte: outroladodanotícia.com.br
Daniel, gostaria muito de saber porque desde a época de Fernando Henrique Cardoso as forças armadas Brasileira, foram muito sucateadas, até hoje eles vendo o perigo crescente a nossa porta, ainda não restabeleceram um Mil Reis de armamentos, será que eles estão esperando pelos Americanos para nos socorrer ou é medo mesmo, o mundo hoje é diferente, é cobra engolindo cobra, e nos nada hein.
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