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10 de dezembro de 2011

Eurocrise: Reunião que resolve crise européia? Que nada!

Olá amigos leitores do UND.
Depois de ter lido sobre este acordo alcançado entre países da Eurozona, com o real objetivo de tentarem aplacar uma crise monstruosa, sinceramente, vejo esse acordo, não sou economista, mas vejo este acordo, como mais uma tentativa desesperada dos líderes europeus de tentarem esconder uma crise com papel toalha em meio a uma forte tempestade.
Não vai adiantar, a euforia vem de imediato pois muitos acreditam que tomadas de decisões, podem resolver de uma vêz por todas um problema que se tornou crônico.
Pois bem, alguns vão tirar proveitos dessa situação e outros serão sacrificados em nome de uma concentração de poder nas mãos de uma elite federalista européia corporificada na Alemanha principalmente.
Não iremos ver uma Europa esfacelada, o que estamos vendo é uma nova Europa que tenta se alicerçar em cima de bases podres no que trata-se as finanças do bloco e reforçando em contra partida uma concentração de poder, onde países terão que submeter-se a novas diretrizes que vão penalizar muitos destes.
Pau que nasce torto, mantém-se torto e morre torto, é assim que podemos ver desde o nascimento das bases que futuramente fariam surgir a UE  e lá no  pós Segunda Guerra mundial, onde tinham em mente as lideranças europeias arruinadas pela guerra, assim a evitar futuros conflitos na região ,buscando uma maior integração. Até aí louvável, mas o fardo foi ficando pesado nos últimos 20 anos e mais ainda com adoção de alguns dos países da UE da moeda comum.
A falta de uma política fiscal e orçamentária coerente com os fatos, política esta que deveria ter sido adotada na origem de acordos que estabeleceram a criação deste bloco e que cada país deveria antes de aderirem a UE, seguir uma política de controle das contas públicas, sem onerar populações destes países que agora pagam um alto custo de uma moeda única e de políticas econômicas mal planejadas.
Reestruturar um acordo e tentar mandar um sinal de que a crise está resolvida, como o ministro da economia alemão vem alardeando, soa falso e só serve para tentar ganhar tempo.
O certo seria começar de novo e tendo em mente que não necessariamente tenham que desmembrar o bloco e sim partir de uma política,seja ela única e que atendam aos interesses de todos sem prejudicar outros.
A Europa já passou por muitas dificuldades ao longo de muitos períodos da história e ela saberá se recompor desde que hajam como bases primordiais valores como humildade,  transparência ,respeito as sociedades que as compõem,políticas que visam ao equiíibrio das contas públicas e perseverança.
Se não, sempre hão de haver estas desconfianças que empurram a região para um caminho sem volta. Esta é minha opinião sobre a questão.
Vejam agora o que diz um concituado econômista internacional, o Nobel de Economia , Paul Krugman:
Daniel Lucas-UND

Diz Krugman:

"As bolsas europeias estão hoje em alta e não sei porquê"

O Nobel da Economia desconfia das decisões dos líderes europeus. 
Eurocrise

O conceituado economista Paul Krugman não acredita que as decisões tomadas na cimeira europeia vão ajudar a resolver a crise de dívida. Muito pelo contrário. Vão apenas agravar a situação económica dos países do sul da Europa, assume o Nobel da Economia de 2008 no blogue da sua autoria na edição on-line do New York Times.
"As bolsas europeias estão hoje em alta e eu não sei porquê", começa por escrever Paul Krugman no post ‘The Summit To End All Summits' - A Cimeira para terminar com todas as Cimeiras. E explica: "Mais austeridade, assumir a crise, erradamente, como tendo tudo a ver com os défices orçamentais; nenhum mecanismo para o financiamento do Banco Central Europeu".
Nesse sentido, o economista deixa a sua conclusão com uma ponta de ironia: "De alguma forma, espera-se que o sul da Europa esvazie o seu caminho rumo à prosperidade, enquanto o resto do mundo está com superávit comercial, presumivelmente contra aquele planeta potencialmente habitável que encontramos a 600 anos-luz de distância".
Ainda assim, Krugman manifesta alguma esperança em relação ao futuro. "Talvez as acões de Draghi serão muito diferentes das suas palavras. Mas, na verdade, uma vez que este é um importante grau sobre as expectativas, a Europa precisa tanto de ações e como de palavras", refere.
E finaliza: "Oh, e para sobremesa temos o Cameron a atuar como um 'spoiler' para proteger os 'wheeler-dealers' [expressão inglesa para pessoa perspicaz ou sem escrúpulos que sabe como contornar dificuldades], envenenando as políticas da União Europeia".
Fonte:

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