Grupos a favor e contra líder da Síria entram em choque no Líbano
Confrontos entre sunitas e alawitas, a seita de Assad, deixam ao menos sete mortos e mais de 20 feridos no país
Confrontos entre grupos a favor e contra o regime sírio deixaram ao menos sete mortos e mais de 22 feridos neste sábado na cidade libanesa de Trípoli, perto da fronteira com a Síria. A região vem sendo palco de choques que fizeram aumentar os temores quanto a uma escalada de violência sectária no Líbano.
De acordo com autoridades que não quiseram ser identificadas, os choques começaram na noite de sexta-feira e se intensificaram neste sábado. De um lado estão muçulmanos sunitas que apoiam os rebeldes sírios e de outro estão integrantes da pequena seita alawita, a mesma do presidente da Síria, Bashar Al-Assad, a quem defendem.
“Estamos sendo perseguidos porque apoiamos o povo sírio”, disse um sunita, armado, à Associated Press. “Estamos com eles, não vamos abandoná-los.”
Os confrontos no Líbano aconteceram no mesmo dia em que ativistas sírios denunciaram novos ataques das forças de segurança na região de Houla, onde um massacre deixou 108 mortos no último fim de semana.
De acordo com ativistas, os ataques se concentram principalmente no vilarejo de Tal Dahab.
Também foi registrada violência em Homs, na região central do país, Daraa, no sul, e em Damasco, a capital.
Na sexta-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu uma investigação sobre o massacre, condenando a Síria pela violência e pedindo que sejam descobertos os responsáveis.
O fórum de 47 nações aprovou por 41 votos contra três uma resolução culpando "elementos pró-regime" e tropas do governo pelo massacre na região de Houla, na Província de Homs. A Rússia, a China e Cuba votaram contra a resolução apoiada pelos EUA nesta sexta-feira. Dois países se abstiveram e outro membro não votou.
Antes da votação, a principal autoridade de direitos humanos da ONU alertou nesta sexta-feira que uma guerra civil total poderia acontecer na Síria se os países que apoiaram o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, não endossassem os pedidos para a investigação.
Enquanto os países se reuniam para o encontro para expressaram seu horror em relação ao massacre de Houla, em que 49 crianças e 34 mulheres foram assassinadas, Navi Pillay, a comissária de direitos humanos da organização, indicou que o episódio poderia ser caracterizado como crime contra a humanidade.
Com AP
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