O ditador cubano, Raúl Castro, acusou na quinta-feira "pequenos grupos" opositores de querer provocar no país o mesmo ocorrido na Líbia e na Síria. A afirmação foi feita durante as comemorações do 59º aniversário da invasão ao Quartel Moncada, em um ato na cidade de Guantánamo (leste), perto da base militar americana.
Juan Pablo Carreras/Efe |
Na comemoração da primeira ação armada revolucionária, o presidente cubano convocou Washington a um diálogo "em igualdade de condições", um dia depois de os Estados Unidos terem exigido uma investigação "a fundo e transparente" da morte do opositor Oswaldo Payá em um acidente de carro no domingo passado.
O governante comunista criticou "alguns pequenos grupos" opositores que esperam que "ocorra aqui algum dia o (que aconteceu) na Líbia" ou "o que pretendem fazer com a Síria", em alusão às rebeliões e intervenções nestes países.
No entanto, Raúl não fez referência à morte do proeminente opositor Payá, que faleceu depois que o carro em que viajava bateu em uma árvore, segundo a versão oficial, que tem sido questionada por dois de seus filhos.
Em um improviso incomum, Raúl Castro reiterou uma proposta de diálogo com os Estados Unidos: "O dia em que quiserem, a mesa está pronta; já foi dito a eles pelos meios diplomáticos".
"Vamos discutir (as desavenças), vamos discutir tudo de Cuba, mas em igualdade de condições (…) Mas vamos discutir também os temas dos Estados Unidos e estamos iguais", afirmou.
INVESTIGAÇÃO
Washington exigiu na quarta-feira uma investigação "a fundo e transparente" da morte de Payá, que faleceu no acidente ocorrido em uma estrada próxima a Bayamo (744 km a sudeste de Havana), segundo a versão oficial, mas seus filhos afirmam que o carro foi tirado da estrada por outro veículo.
"Para o interesse de todos, o governo cubano deveria fazer uma investigação aprofundada e transparente porque se deveria saber o que aconteceu", afirmou o vice-secretário de Assuntos Públicos do Departamento de Estado americano, Mike Hammer, ao responder a perguntas em espanhol de usuários do microblog Twitter.
O ato político-cultural comemorativo da ocupação do Quartel Moncada começou pouco após o amanhecer em uma praça de Guantánamo, com a presença de milhares de pessoas.
"Este foi um ato exemplar, como deveriam ser todos os atos (…) e durou apenas 55 minutos", disse, sorridente, Raúl Castro, de 81 anos, vestindo uniforme de general.
Durante os 48 anos de governo de Fidel Castro, que passou o comando ao irmão, Raúl, em 2006 devido a problemas de saúde, estes atos duravam horas.
Folha de S. Paulo
ô pessoal dos castros, a hora de voces vai chegar, os crimes, as humilhações, a soberba, a prepotencia infrigida ao povo inocente cubano com certeza vai ser vingado.
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