9 de agosto de 2012

A Megaoperação de fronteira:

 
Brasil envia 9 mil militares para megaoperação em fronteiras
 
Referente a 07 de agosto de 2012 05h44 atualizado às 08h36

A Marinha do Brasil também participa da Operação Ágata 5. Foto: Marinha do Brasil/Divulgação A Marinha do Brasil também participa da Operação Ágata 5
Foto: Marinha do Brasil/Divulgação

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O governo brasileiro enviou uma força com cerca de 9 mil militares - equipados com helicópteros de combate, navios-patrulha, aviões de caça e blindados - para as fronteiras do País com o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. O deslocamento de tropas para a Operação Ágata 5, começou na segunda-feira e deve durar entre 20 e 30 dias.
"É uma operação de fronteira que tem por objetivo, sobretudo, a repressão à criminalidade", afirmou à BBC Brasil o ministro da Defesa, Celso Amorim. A Marinha enviou aos rios da bacia do Prata ao menos 30 embarcações - entre elas três navios de guerra e um navio-hospital.
A Força Aérea participa da operação com esquadrões de caças F5 e Super Tucano, além de aviões-radar e veículos aéreos não-tripulados. O Exército mobilizou infantaria e blindados Urutu e Cascavel de três divisões. As três forças usam ainda helicópteros Black Hawk e Pantera, para transporte de tropas e missões de ataque.
A operação terá ainda o apoio de 30 agências governamentais - entre elas a Polícia Federal - que elevarão o efetivo total para cerca de 10 mil homens. Segundo o general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do sul, a área crítica de patrulhamento será entre as cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Corumbá, no Mato Grosso do Sul - onde ocorre a maior incidência de tráfico de drogas e contrabando.
"A ação visa reforçar a presença do Estado na fronteira com a bacia do Prata", disse Goellner. Segundo ele, as fronteiras serão fortemente guarnecidas e como consequência o tráfico de drogas e o contrabando devem ser "sufocados".
Paraguai
O governo brasileiro afirma que o ambiente entre os países da América do Sul é de cooperação na área de defesa. Apesar disso, a alta concentração de tropas nas fronteiras pode ser entendida pelos países vizinhos como um recado, segundo Samuel Alves Soares, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed).

"Os países (vizinhos) podem interpretar que é uma demonstração de força. (Essa operação) tem um simbolismo, um peso, que pode ser entendido de outra maneira", disse. Ainda segundo Soares, esse entendimento é especialmente possível em relação ao Paraguai, que foi isolado politicamente no mês passado após uma ação diplomática costurada pelos presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e Jose Mujica.
Assunção foi suspensa do Mercosul após destituir o então presidente Fernando Lugo em um julgamento "relâmpago". Segundo Soares, em alguns setores políticos paraguaios a operação Ágata 5 deverá ser entendida como uma ação típica do "imperialismo brasileiro".
Cinturão da paz
Essa possibilidade é descartada pelo ministro da Defesa. "Todos os Estados vizinhos foram previamente avisados, informados, e convidados a enviar observadores (para a operação)", afirmou Amorim durante o VI Encontro Nacional da Abed, em São Paulo, na segunda-feira. Segundo ele, em operações anteriores, a Venezuela e a Colômbia até cooperaram com os brasileiros, fazendo ação semelhante de seu lado da fronteira.

De acordo com Amorim, a diplomacia brasileira criou ao longo dos anos um processo de integração regional e cooperação militar na América do Sul - com órgãos como o Conselho de Defesa Sulamericana, da Unasul - que resultou em um "cinturão da paz" em torno do Brasil.
Segundo ele, por causa disso, a maior ameaça militar contra o Brasil, em tese, é um cenário futuro no qual potências internacionais em conflito venham a se interessar por recursos brasileiros como água, energia e capacidade de produção de alimentos.
"O Brasil deve construir uma capacidade dissuasória crível que torne extremamente custosa a perspectiva de agressão ao nosso País", disse em palestra durante o evento. Porém, Soares explica que tal estratégia assume que, mesmo com grandes investimentos no setor de Defesa, o Brasil não seria capaz de vencer um eventual conflito com uma potência militar internacional - sendo apenas capaz de fazer a empreitada menos atrativa ao adversário.
Criminalidade
A operação Ágata é uma determinação direta da presidente Dilma Rousseff ao Ministério da Defesa. Até agora, cinco edições da operação já foram realizadas, em diversas regiões de fronteira do Brasil, desde o ano passado.

A atual ocorre semanas após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do partido opositor PSDB, cobrar um maior policiamento nas fronteiras do País ao tentar explicar o aumento da criminalidade em seu Estado. Nas quatro primeiras Ágatas foram apreendidas mais de 2,3 t de drogas, 302 embarcações irregulares e 59 armas.
As Forças Armadas também dinamitaram quatro pistas de pouso clandestinas e fecharam oito garimpos e cinco madeireiras ilegais. Também foram realizados 19 mil atendimentos médicos e 21 mil odontológicos para populações isoladas ou carentes.
Porém, as críticas dos habitantes das regiões atendidas é que quando a operação acaba, os criminosos voltam a agir normalmente. A resposta do Ministério da Defesa é que devido à vasta extensão das fronteiras do país, as operações Ágata visam mais dissuadir as ações de criminosos do que combatê-las diretamente - além de levar a autoridade do Estado para áreas remotas do território.
A pasta afirma ainda que, após o fim das operações, a Polícia Federal faz ações específicas para flagrar criminosos que tentam "recuperar o prejuízo" após um mês de inatividade. Segundo o general Goellner, quando não há operações de larga escala como a Ágata 5, é quase impossível fechar totalmente as fronteiras para a ação de criminosos. "Estamos sempre presentes na região, mas fechar a fronteira não é nossa missão principal, se olharmos só o lago de Itaipú, de Foz de Iguaçu a Guaíra, (encontrar os criminosos que cruzam entram no País em barcos pequenos) é como achar uma agulha em um palheiro, são quase 700 km de lago".
Segurança pública
Para o professor Soares, o governo brasileiro não deveria usar seus militares para fazer o papel de policiais, especialmente em ações domo as Ágatas. "É um equívoco. Não são forças para essa finalidade e perspectiva. Desse jeito, as Forças Armadas irão se transformar em uma espécie de Guarda Nacional", disse.

Para ele, usar os militares como policiais é um desperdício de recursos que poderiam ser usados na preparação e equipamento das Forças Armadas para um eventual conflito com uma nação estrangeira.
Amorim também afirmou que a segurança pública é competência dos Estados e que a função dos militares é a defesa contra "ameaças externas". Disse, porém, que podem haver exceções para essa regra, "desde que limitadas no tempo e no espaço". 
http://noticias.terra.com.br
Via BBC
 

4 comentários:

  1. Acredito que essa mobilização militar grande na fronteira com o Paraguai não seja extamente por causa do trafico de drogas, mais sim por causa do aumento de tensões entre os dois países, isso ta muito estranho, porque não executaram essa operação a tempos atraz?
    Até navio de guerra empregaram na operação, tão querendo detonar os traficantes com canhões? haha
    Agora o Paraguai vem falar que não vai distribuir o execedente de energia ao Brasil,
    sera que o pau vai quebrar novamente depois de 150 anos?

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  2. obrigado Daniel por postar a materia, e concordo com vc Jadiel, mas pergunto, como o Paraguai vai guerrear? se as forças armadas deles são um lixo? tem tanques da pré historia, muito pior q muitos países pequenos q tem por aí!!!

    a n ser q alguem ajude, mas quem? os Yankees?

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Acredito mesmo que os cowboys viados querem mesmo um ponto de tensão aqui pra ter uma base militar estratégica na Triplice Fronteira, isso vai ser perigoso, pois quando eles quiserem inventar de fazer uma interveção militar no Brasil, fica facinho de atacar o Sul do Brasil onde tem muitas riquezas, polos industrias, campos de cultivo, e hidrelétricas, isso é uma grande ameaça a nossa Soberania, temos que ficar atentos, daqui uns tempos vão inventar que estamos massacrando os Indios e forçar a Otan com ordem da ONU para invadir o Brasil parar livrars os coitadinhos, claro que com o verdadeiro interesse no Nióbio, afinal de contas ja estamos sendo invadidos, atraves de ongs no norte do Brasil, onde tem lugares que nem Brasileiros entram mais, ée, ta feia a coisa.

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