Manifestantes e polícia se enfrentam em dia de greve geral na Grécia
Cerca de 50 mil gregos foram às ruas contra as medidas de austeridade.
Protesto é o primeiro sob o governo do conservador Antonis Samaras.
Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26) em Atenas, capital da Grécia,
durante um dia de greve geral contra as medidas de austeridade exigidas
pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como condição para seguir apoiando o país.
Os confrontos ocorreram na Praça Syntagma, no centro da capital. A
polícia usou bombas de gás contra os manifestantes, que atiraram
coquetéis molotov e pedras contra os policiais.
Os confrontos prosseguiram na praça e próximo ao ministério das
Finanças, onde um caminhão dos bombeiros estava estacionado, enquanto a
maioria dos manifestantes protestavam pacificamente, antes de um reforço
policial chegar e expulsar alguns jovens.
Alguns jovens também atearam fogo a um quiosque de uma empresa de
telefonia e em lixeiras, além de quebrarem janelas, enquanto os hotéis
de luxo ao longo da praça foram protegidos por um cordão policial.
Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles gritavam: "Não
vamos nos submeter à troika (credores)" e "Fora UE e FMI!".
O dia de ação nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizão do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras
assumiu o poder, afeta consideravelmente o funcionamento da
administração e os serviços públicos, com escolas fechadas e hospitais
funcionando em ritmo lento.
Policial
ajuda um colega atingido pelas chamas de um coquetel Molotov durante os
conflitos na praça central de Atenas, na Grécia. (Foto: Yorgos
Karahalis/Reuters)
Coquetel molotov explode ao lado de policial de choque nesta quarta-feira (26) durante protesto em Atenas (Foto: Reuters)
Manifestantes marcham nesta quarta-feira (26) em Atenas (Foto: AP)
Manifestantes do Partido Comunista da Grécia marcham rumo ao Parlamento nesta quarta-feira (26) (Foto: Reuters)
As férias de verão deram ao governo de coalizão liderado pelos
conservadores uma calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao
poder com uma plataforma pró-euro e pró-resgate, mas os sindicatos
preveem mais protestos com o fim do descanso.
"Ontem os espanhóis tomaram as ruas, hoje somos nós, amanhã serão os
italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse Yiorgos
Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores públicos Adedy.
Cerca de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram às ruas para proteger o centro de Atenas.
O último grande caso de violência nas ruas de Atenas havia ocorrido em
fevereiro, quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agências
bancárias depois que o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Qualquer comentário que for ofensivo e de baixo calão, não será bem vindo neste espaço do blog.
O Blog se reserva no direito de filtrar ou excluir comentários ofensivos aos demais participantes.
Os comentários são livres, portanto não expressam necessariamente a opinião do blog.
Usem-no com sapiência, respeito com os demais e fiquem a vontade.
Admin- UND