República Democrática do Congo rejeita ultimato de rebeldes
Integrantes do movimento M23, supostamente apoiados por Ruanda, ocuparam Goma e exigiram que as forças do governo se retirassem da cidade e iniciassem o diálogo
O governo da República Democrática do Congo rejeitou
nesta segunda-feira um ultimato dos rebeldes do movimento M23 para
iniciar negociações, em meio a intensos combates nas proximidades da cidade de Goma
, no leste do país. Goma é a capital províncial de Kivu do Norte e base
do quartel-general da missão de pacificação da ONU no leste da
República Democrática do Congo.
Segundo informações da rede BBC
, os rebeldes do movimento M23 no Congo alcançaram os arredores de Goma
neste domingo, provocando a fuga de centenas de moradores. A ofensiva
pretende recuar forças pacificadoras das Nações Unidas com base na
região e pressionar tropas do governo.
O movimento M23 é um grupo fortemente armado que
supostamente recebe apoio de tropas de Ruanda, vizinho ao leste. Nesta
segunda-feira, os rebeldes exigiram que as forças do governo se
retirassem da cidade em 24 horas e dessem início ao diálogo.
De acordo com uma fonte da presidência de Ruanda ouvida
pela Reuters, soldados da República Democrática do Congo dispararam com
armamento pesado contra o território de Ruanda nesta segunda-feira,
ferindo três pessoas.
"O FARDC (Exército nacional congolês) está bombardeando
nosso território, especificamente a área de Gisenyi. Três civis foram
feridos até agora", disse a fonte.
Uma autoridade do governo congolês negou a alegação,
afirmando que Ruanda estava disparando contra seu próprio território
para justificar uma intervenção.
O Conselho de Segurança da ONU condenou o avanço dos
rebeldes a Goma, o mais grave desde julho. As ruas da cidade estavam
desertas nesta segunda-feira, segundo informações da agência AFP.
Os rebeldes do M23 afirmaram em comunicado que se o
governo falhasse em conduzir "negociações políticas diretas" em 24
horas, eles iriam "manter a resistência contra o governo de Kinshasa até
sua queda", de acordo com a AFP.
O porta-voz do governo congolês Lambert Mende afirmou que
os rebeldes eram "forças de ficção" apoiadas por Ruanda, que o fazem
para "esconder suas atividades criminosas" no leste. "Nós preferimos
negociar com Ruanda, o agressor de verdade", disse.
No final de semana, o Conselho de Segurança da ONU exigiu
um fim ao apoio externo ao grupo rebelde, destacando que os integrantes
estão fortemente armados e bem equipados.
As forças do governo e as tropas da ONU continuam a
controlar o aeroporto de Goma, mas a ONU afirmou que a situação
humanitária está piorando, com cerca de 60 mil habitantes que saíram de
suas casas para fugir dos combates e agora não têm para onde ir. Segundo
a ONU, mais de 100 mil civis refugiados passaram pelo aeroporto nesta
segunda-feira.
Com BBC e Reuters
http://ultimosegundo.ig.com.br
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