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8 de outubro de 2011

Em crise Grécia pode ser o primeiro pais da zona do Euro a sofrer um Golpe Militar

PARA LÁ DA CRISE FINANCEIRA

No mesmo dia que os ministros das finanças do  Ecofin adiavam a decisão de entrega da próxima prestação do contrato de resgate, o Governo grego fez saber que, afinal, tem dinheiro até meados de Novembro.


Sabe-se que os gregos têm uma péssima relação com as contas de somar (não só os gregos, reconheça-se), e parecem esquecer-se que têm à perna uma coisa recentemente inventada chamada troica. Até hoje, clamava desde há algumas semanas que não tinha com que pagar a funcionários e a fornecedores depois dos primeiros dias de Outubro; agora, talvez porque alguém os obrigou a reverem as contas erradas, admitem ter folga para mais um mês. Também recentemente passaram a admitir que não irão cumprir os objectivos assumidos no compromisso de ajuda externa. Mas, neste caso, muito provavelmente acertam.

É neste contexto de suspense em que a  frieza lenta da decisão da troica se confronta com a renitência grega
que as bolsas se afundam e os juros voltam a escalar os limites dos créditos incobráveis. 

Para lá  do risco sistémico que um default da dívida soberana com consequências incalculáveis poderia provocar junta-se o risco político. Entregue à sua sorte e ao caos superveniente, a Grécia poderia ser o primeiro palco de um golpe militar num país membro da UE e da OTAN. Culturalmente, na opinião de Huntington, mais próxima da Rússia que dos EUA (segundo inquérito recente os gregos são maioritariamente anti norte-americanos), a saída da Grécia do euro e da União Europeia dificilmente deixaria de por os gregos debaixo de outras asas militares.
Os gregos sabem disto, e essa é uma das razões por que erram tantas vezes as contas de somar.
Fonte:
http://aliastu.blogspot.com

2 comentários:

  1. Boas, este tipo de noticia não me surpreende em nada.

    Para quem não saiba a Grécia tem boas razões para ter um exército preparado a qualquer momento, vive numa zona sensivel onde existem disputas maritimas por recursos como por exemplo gas natural no mar que é disputado pelo Chipre, Israel e Turquia também.
    A Grécia tem também mesmo ao lado um vizinho que a ocupou e humilhou durante muito tempo (Turquia), é de conhecimento geral as inamizades entre estas duas nações.

    Provavelmente esta compra já estava marcada antes da crise da divida atingar a Europa, mas sabem porque é que os gregos não a cancelaram? Porque o governo é de maioria e sabe que tem de manter o seu exército contente pois eles são os unicos que podem derrubar o governo actualmente (duvido muito que as forças armadas gregas estejam a ser afectadas da mesma maneira com os despedimentos de função publica, corte de recursos e salários como os restantes gregos).

    Algo interessante, Portugal tem 2 submarinos, Grécia tem 10% da área maritima que Portugal tem e possui uns 10 submarinos (salvo erro)

    abraços, koala

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  2. Legal Koala.
    Eles vão ter que reservar muito desses empréstimos as Forças Armadas gregas. Se não cai o governo. risos
    Acabei de expor em novo post aqui no UND sobre a compra de 400 tanques de guerra e citei as mesmas situações que expor aqui no comentário.
    Obrigado pela sua análise sobre o assunto.

    ResponderExcluir

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