É pessoal, usam se dos artifícios democráticos e como bem disse em post anterior sobre o governo que assume a Líbia pós Kadafi, na Tunísia, outro país vizinho a Líbia no Norte da África, teve eleição para se formar uma Assembléia Constituinte e tudo indica que um partido islâmico, banido pelo regime deposto no início deste ano, pode ser o grande vencedor.
Legitimado por voto popular aos poucos irão desconstruir o que nunca terão de fato, uma democracia plena e representativa.
São os extremistas que aos poucos irão colocar suas garras afiadas nestes países do mundo árabe.
Daniel -UND
Partido Islâmico moderado deve vencer eleição na Tunísia
Foto: AFP
Primeiro-ministro interino Beji Caid Essebsi deposita voto em urna de escola na cidade de Soukra (23/10)
Autoridades da Tunísia contaram os votos nesta segunda-feira da primeira eleição livre na história do país, para a Assembleia Constituinte, com sinais de que um partido islâmico antes banido lidera na nação que, com a queda de Zine El Abidine Ben Ali, deu início ao levantes no mundo árabe.
A rádio Mosaique FM divulgou resultados de seções de votação de todo o país nesta segunda-feira, com muitas indicando a liderança do partido islâmico moderado Ennahda. De acordo com suas próprias estimativas, o Ennahda disseram ter obtido 40% do apoio eleitoral, que pode chegar a 50% em alguns casos. Se for confirmada, sua vitória em uma sociedade relativamente secular como a Tunísia poderia ter amplas implicações para legendas religiosas similares no norte da África.
O chefe da comissão eleitoral Kamel Jendoubi disse que os resultados oficiais serão divulgados na tarde de terça-feira. Até o momento, as autoridades eleitorais divulgaram apenas um número parcial de participação: cerca de 90% dos eleitores que tinham se inscrito votaram, número que não inclui todos os que votaram apresentando um documento de identidade apesar de não estarem registrados.
A missão de observação eleitoral do Conselho da Europa, composta por 75 agentes da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), elogiou as eleições de domingo, afirmando que são um exemplo para outros países da região. Em comunicado conjunto, a APCE e OSCE pedem a todas as partes que aceitem os resultados.
Para Roberto Migliori, chefe da delegação da APCE, nenhuma irregularidade foi constatada, as regras foram respeitadas por todos e houve "igualdade de oportunidades" entre os candidatos. O suíço Andreas Gross, chefe da delegação da OSCE, destacou que os tunisianos organizaram eleições "a partir do nada", e apesar disso conseguiram um êxito que classificou como "destacável".
Muitos dos partidos acusaram o Ennahda de violações eleitorais, como aconselhamento de como preencher as cédulas até a compra de votos, mas os observadores desconsideraram os relatos. "Não vimos nenhuma evidência de tais alegações", disse Migliori. "Tais alegações não deviam ser feitas se não há provas."
Durante décadas, a Tunísia ficou conhecida por sua liderança repressiva, mas também por sua legislação progressista em relação às mulheres e às famílias. Por isso, tunisianos mais seculares temem que, se o Ennahda obtiver um grande número de assentos na Assembleia Legislativa, pode causar um retrocesso nisso.
O Ennahda acredita que o Islã deve ser o ponto de referência para o sistema e as leis do país, mas afirma que respeitará os direitos das mulheres e está comprometido com a democracia e com o trabalho conjunto com outros partidos.
Fontw:IG*com AP, EFE e AFP
Olá, muito legal e explicativo seu post. Abraço Cynthia.
ResponderExcluirValeu Cynthia.
ResponderExcluirBeijos