7 de novembro de 2011

Rússia e Irã em separado advertem ocidente sobre qualquer aventura militar ao país persa

Por Thomas Grove e Gleb Bryanski
Sergey Lavrov que é o chanceler russo
Ali Akbar Salehi que é o chanceler do Irã

 
MOSCOU/SÃO PETERSBURGO, Rússia (Reuters) - A Rússia e o Irã alertaram na segunda-feira o Ocidente a não empreender uma ação militar contra a República Islâmica, dizendo que um ataque contra o programa nuclear iraniano resultaria em vítimas civis e criaria novas ameaças à segurança global.
As declarações feitas separadamente pelos chanceleres Sergei Lavrov e Ali Akbar Salehi coincidem com especulações sobre um possível ataque israelense a instalações nucleares iranianas, às vésperas da divulgação de um novo relatório da ONU a respeito de possíveis aspectos militares do programa atômico do país.
Questionado numa entrevista coletiva em Moscou, Lavrov disse que um ataque israelense "seria um erro seríssimo, repleto de imprevisíveis consequências".
Em São Petersburgo, Salehi disse que o Irã "condena qualquer ameaça de ataque militar contra Estados independentes". Salehi foi à Rússia para uma reunião da Organização da Cooperação de Xangai, grupo regional dominado por Moscou e Pequim, e onde Teerã tem status de observador.
Também a Alemanha se manifestou contra a hipótese de uma ação militar contra o Irã. Para o ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, isso poderia dar mais força política à República Islâmica, ao invés de debilitá-la.

"Alerto contra aventar a ideia de opções militares", disse Westerwelle ao jornal Hamburger Abendblatt. "Esses são debates (...) que fortalecem a liderança iraniana, ao invés de enfraquecê-la."
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) deve divulgar nesta semana um relatório que possivelmente acusará Teerã de tentar desenvolver a tecnologia necessária para a produção de armas nucleares.
A Rússia e a China já aceitaram, de forma relutante, quatro rodadas de sanções da ONU contra o programa nuclear iraniano, mas deixam claro que dificilmente admitiriam novas medidas.
Moscou propõe uma abordagem gradual para a suspensão das sanções, em troca de o Irã esclarecer as preocupações sobre seu programa atômico, que o país diz ser exclusivamente pacífico.
"Não há solução militar para o problema nuclear iraniano, como não há solução militar para nenhum outro problema no mundo moderno", disse Lavrov.
"Isso se confirma para nós a cada dia, quando vemos como os problemas dos conflitos em torno do Irã estão sendo resolvidos - seja no Iraque ou no Afeganistão, ou o que está acontecendo em outros países da região. A intervenção militar só leva a muitas vezes mais mortes e sofrimento humano."
Refletindo as preocupações na região, uma fonte do governo do Kuweit disse que esse país árabe não permitirá que seu território seja usado para o lançamento de ataques contra qualquer nação dos arredores. Em 2003, o Kuweit serviu de base para a invasão norte-americana no Iraque.
Horas depois das declarações de Lavrov, Salehi disse que "a experiência pregressa mostra que ações militares propositais e unilaterais por parte de certos países têm levado a instabilidade, ao assassinato de inocentes e ao surgimento de novas ameaças ao mundo."
A imprensa israelense tem especulado que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estaria buscando um consenso dentro do seu gabinete para atacar instalações nucleares do Irã.

Fonte: O Globo
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/11/07/russia-alerta-contra-acao-militar-no-ira-925751010.asp#ixzz1d3ZMQ8su


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Obrigado pela matéria amigo Brasil artes

6 comentários:

  1. Obrigado nada amigo, pra mim é um prazer colaborar com o seu blog que adoro e muito.

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  2. Amigo Brasil artes,
    Aprendemos nestas empreitadas a admirar e respeitar pessoas com quem acabamos por adquirir afinidades.
    Você uma das tantas que fizeram amizade comigo, sou muito grato mesmo.
    Obrigado e que uma amizade assim vá alem de um blogue.
    Valeu Brasil.
    Daniel Lucas

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  3. Se ocorrer uma terceira guerra, estejam certos que viria pela mão de Israel...Após serem botados para fora da Europa por Hitler na segunda guerra, os judeus "invadiram" a palestina e vêm deste então "escravizando" e aterrorizando o povo palestino, com a benção dos EUA e dos bilhões de dólares que possuem...

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  4. També acho amigo anõnimo e eles devem estar com isto engasgado na garganta até hoje.
    um abraço daqui há 10 horas tem mais postagens aqui no UND.
    Valeu

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  5. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad atacou os EUA para buscar a prosperidade através da condução de outras nações à pobreza saqueando suas riquezas, mais uma vez reiterando que a nação iraniana não precisa de bomba atômica para "cortar as mãos dos EUA".


    A nação iraniana pode alcançar seus objetivos através da reflexão, sua rica cultura e prudência, acrescentou o Presidente Ahmadinejad na terça-feira. Ele advertiu os EUA e seus aliados contra a fabricação de alegações infundadas contra a República Islâmica e enfatizou que os iranianos nunca vai aceitar qualquer acusação, Irna. Se os EUA se envolve em todas as ações contra a nação iraniana, que certamente serão feitos a lamentar o movimento pela resposta da nação firme, afirmou. O chefe do Supremo de Segurança Nacional do Conselho acrescentou que o governo dos EUA arrogantemente acusa o Irã de produzir bombas nucleares enquanto se possui mais de 5.000 bombas atômicas. Além disso, o presidente denunciou a falta de Washington de compromisso com o desarmamento nuclear e disse que os EUA já destinou um adicional de $ 81.000 milhões para atualizar suas bombas atômicas, enquanto todo o orçamento anual de pesquisa nuclear do Irã é apenas $ 250 milhões. O presidente do Irã chegou a pedir que, com base em tais fatos, é o Irã, que representa um perigo para a segurança global ou aqueles que persistentemente construir e estocar bombas atômicas? Presidente Ahmadinejad também criticou o chefe da International Atomic Energy Agency Yukia Amano para não agir de forma independente, dizendo: "Infelizmente, eles tenham designado uma pessoa à frente desta agência que não tem autoridade própria, mas viola os regulamentos da organização e apenas palavras reafirma EUA." SF / MB

    Fonte traduzida pelo google - http://www.presstv.ir/detail/209009.html

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  6. RIO - Um erro técnico pegou os presidentes Nicolas Sarkozy e Barack Obama de surpresa durante uma reunião do G-20 na quinta-feira passada. Sem saber que eram ouvidos por jornalistas, os dois mandatários deixaram de lado a etiqueta diplomática e conversaram abertamente sobre a questão dos palestinos na ONU e na Unesco. Irritado, Sarkozy chegou a chamar o premier israelense Benjamin Netanyahu de mentiroso.
    Um grupo de jornalistas esperava pela conferência de imprensa de Sarkozy e Obama durante o G-20 em Cannes, quando receberam os fones de tradução simultânea. O aparelho, entretanto, foi acionado antes do fim da conversa entre os dois presidentes, que não faziam ideia que eram escutados.
    De cara, os jornalistas ouviram Obama reclamar que Sarkozy não havia avisado que a França iria votar a favor da adesão dos palestinos na Unesco. Os dois então emendaram uma conversa sobre o premier israelense: "Netanyahu, eu não suporto ele. É um mentiroso", teria dito Sarkozy. Num tom complacente, o americano teria respondido: "Você está cansado. Mas sou eu que tenho que falar com ele todos os dias".
    Obama ainda teria pedido a Sarkozy para não apoiar a adesão dos palestinos na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nem na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês). O presidente americano ainda teria lembrado o político francês de que os EUA são responsáveis por 25% do orçamento da ONU e feito mais um apelo para Sarkozy o ajudar a canalizar as demandas dos palestinos.
    - Eu entendi essa proposta (de ajuda com as demandas palestinas) como uma ameaça velada - disse um dos jornalistas que ouviu a conversa entre os dois presidentes.
    Apesar do problema técnico ter acontecido na quinta-feira, o episódio só veio à tona nesta segunda-feira por um jornalista do diário francês "Le Monde". Muitos repórteres, explicaram testemunhas, preferiram manter silêncio para proteger os funcionários do Palácio do Eliseu, responsáveis pela falha.
    - Nós fomos avisados para sermos prudentes e proteger as pessoas do Eliseu, com as quais trabalhamos todos os dias, e acima de tudo sobre a natureza da conversa que poderia ser explosiva - disse um dos repórteres que estava no momento da gafe técnica.


    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/11/08/sem-saber-que-era-ouvido-por-jornalistas-nicolas-sarkozy-chama-premier-israelense-de-mentiroso-925753372.asp#ixzz1d7XIR7wn
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