20 de junho de 2012

Grecoreação:Grécia já tem governo. Samaras toma hoje posse como primeiro-ministro

 
Έχουμε κυβέρνηση", ou seja, "Temos um governo". O anúncio foi feito pelo líder do Pasok, Evangelos Venizelos, à saída de um encontro com Antonis Samaras. O líder do Nova Democracia é o novo primeiro-ministro. "A Grécia já tem governo". O anúncio foi feito pelo líder do Pasok, Evangelos Venizelos, à saída de um encontro com Antonis Samaras. O líder do Nova Democracia é o novo primeiro-ministro.

Após três dias de negociações, os líderes do Nova Democracia, do Pasok e do Esquerda Democrática chegaram esta manhã a acordo para formar governo. O anúncio de que havia condições para criar um governo de coligação foi feito por Evangelos Venizelos, no final do encontro com Samaras, perto das 12h30 (hora de Lisboa).

Além do encontro com Evangelos Venizelos, Samaras também se reuniu hoje com o responsável do Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis. "O grupo parlamentar do Esquerda Democrática decidiu dar um voto de confiança a este governo", anunciou, nessa altura, Kouvelis.

O documento que serve de base ao novo governo ainda está a ser ultimado e deverá ser debatido ainda hoje numa reunião entre os três líderes.

Definido parece estar já o nome do novo primeiro-ministro grego. Antonis Samaras, vencedor das eleições de domingo como líder do Nova Democracia, foi o nome escolhido para liderar o novo executivo.

Samaras toma posse hoje

Samaras deverá tomar posse ainda hoje após um encontro com o presidente da República. Terminava hoje o mandato de três dias, concedido pelo chefe de Estado ao vencedor das eleições para que este formasse governo.

Será no encontro em que tem de prestar contas ao presidente sobre se conseguiu ou não constituir um governo com estabilidade parlamentar que Samaras irá apresentar o governo. Foi o próprio líder do Nova Democracia que o admitiu, após a reunião com Venizelos. A reunião está marcada para as 14 horas de Lisboa.

Nesse encontro, Antonis Samaras irá anunciar um governo que tem uma maioria absoluta parlamentar, apoiada pelo Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática (os 129 deputados do partido vencedor, os 33 deputados da terceira força política e ainda os 17 assentos parlamentares atribuídos ao partido de Esquerda). Ao todo, há 179 deputados a apoiar o governo, num total de 300 assentos parlamentares.

Vários meios de comunicação social gregos avançam que o novo ministro das Finanças deverá ser o presidente do National Bank of Greece, Vassilis Rapanos.

Ainda não é conhecida a forma como vai funcionar a nova coligação governamental. Há a hipótese do Pasok e do Esquerda Democrática integrarem a governo ou de este ser constituído apenas por membros do Nova Democracia, com o apoio parlamentar das outras duas forças políticas.

O "Kathimerini" avança que o novo executivo deverá ter entre 15 e 17 ministérios.

O novo grego vai estar representado amanhã na reunião do Eurogrupo pelo ministro das Finanças interino, Giorgos Zanias. "Temos um governo e é isso que Giorgos Zanias vai dizer, amanhã, no Eurogrupo", garantiu o antigo ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.

Os líderes dos três partidos que participam ou apoiam o governo – Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática – irão, hoje, reunir-se com Giorgos Zanias.

Objectivo: Renegociar resgate


"Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática estão a enfrentar a responsabilidade de renegociar o resgate. É uma vergonha que alguns [numa referência ao Syriza, que tem sido bastante criticado por Venizelos] escolham afastar-se deste esforço", disse Evangelos Venizelos, citado pela agência ANA.

Venizelos anunciou ontem a criação de uma equipa que vai tentar renegociar o pacote de resgate acordado com os parceiros internacionais. Aliás, para o socialista, mais importante que um governo é que essa equipa seja formada, como tem dito várias vezes.

O Syriza, ou Coligação da Esquerda Radical, recusou-se, desde que se conheceu que tinha ficado em segundo lugar nas eleições, a fazer parte de qualquer governo de coligação. Da mesma forma, também rejeitou juntar-se a esta equipa de renegociação da ajuda. Alexis Tsipras, líder do Syriza, sempre disse que pretendia rasgar, por completo, o pacote de ajuda à Grécia.

Dois dos partidos que estão agora na coligação – Nova Democracia e Pasok – foram os partidos que viabilizaram a implementação do segundo pacote de resgate ao país. Agora, tentam conseguir melhores condições para esse plano.

(Notícia atualidada pela segunda vez às 13h36)
Jornal de Negócios

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