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28 de julho de 2012

Com tanques e bombardeios, Síria lança ofensiva contra rebeldes em Aleppo

Reforços militares de forças de Assad combatem opositores para recuperar bairros da cidade maior cidade da Síria e capital econômica do país

iG São Paulo |
As forças do regime sírio de Bashar al-Assad iniciaram neste sábado uma ofensiva contra os rebeldes na cidade de Aleppo (norte), onde nos últimos dias chegaram reforços militares para recuperar os bairros sob domínio dos opositores do governo.


AFP
Rebelde do Exército Livre da Síria olha de janela em delegacia do distrito de Shaar, em Aleppo (25/07)


"Podemos dizer que a ofensiva começou", declarou Rami Abdel Rahman, presidente do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). "Os combates mais violentos desde o início da rebelião acontecem em vários bairros", completou.
Em Aleppo, o ativista Hisham al-Halabi disse que as tropas governamentais estão usando aviação militar, caças Mig 21 de fabricação russa e tanques contra os distritos de Salaheddiin, Seif al-Daula e Al-Sukari.
Os tanques tentam entrar nos bairros controlados pelos rebeldes apoiados por bombardeios aéreos, o que desencadeou violentos combates entre os dois lados. Halabi afirmou que os choques se desenvolvem principalmente em Salah ad-Din, Al-Sahur, Hanano, Al-Shaar, Al-Fardus e Al-Furqan.
Segundo o OSDH, um grande movimento de fuga acontece atualmente no bairro de Al-Sukari (sul), após a queda de uma bomba e de violentos confrontos em Hamdaniyeh (oeste).
Apesar da chegada de reforços militares do regime e do armamento mais leve com o qual contam os rebeldes, o ativista disse que a insurgência não está em desvantagem. "O Exército Livre Sírio (ELS) está bem equipado e situado estrategicamente em Aleppo, enquanto os reforços governamentais que chegaram à cidade foram danificados pelo caminho pelos rebeldes", relatou o ativista da Comissão Geral da Revolução.
Em sua página no Facebook, os rebeldes informaram sobre os enfrentamentos e bombardeios, assim como a destruição de pelo menos oito tanques do regime em operação que batizaram de "a mãe das batalhas".
A luta pelo controle de Aleppo - a segunda maior cidade e o centro econômico da Síria - despertou o temor na comunidade internacional de que ocorra um novo massacre no país, abalado por mais de 16 meses de violência provocada pela repressão contra um inédito movimento de revolta contra o regime. Segundo o OSDH, mais de 19 mil morreram desde o início da revolta, em março de 2011.
Vários países ocidentais manifestaram preocupação ante a perspectiva de um ataque contra os rebeldes. O governo dos EUA advertiu sobre o perigo de um "massacre" e condenou a "odiosa agressão das forças de Assad contra esse centro de população civil".
AP
Soldados do Exército Livre da Síria sentam-se em tanque durante confrontos com forças do governo em Aleppo (23/07)
 
Na sexta-feira, a cidade já estava sitiada pelos tanques do regime de Bashar al-Assad enquanto chegavam mais reforços militares, segundo o "número dois" do ELS, Malek Kurdi. "Tenho certeza de que lançarão uma grande ofensiva", afirmou o alto comando rebelde desde Aleppo.
A ofensiva teve início mais de uma semana depois da abertura da nova frente em 20 de julho, depois que o Exército recuperou o centro de Damasco, onde também foram registrados violentos combates nos bairros hostis a Assad.
Segundo informações obtidas por um correspondente da AFP, os rebeldes não executaram nenhuma operação importante nos últimos dois dias, economizando as escassas munições antitanque. Muitos habitantes deixaram a cidade e os que permaneceram têm grandes dificuldades de obter material de primeira necessidade.
Segundo analistas, a batalha é extremamente importante para as duas partes. De um lado, o regime espera que seus aliados, os ricos comerciantes de Aleppo, financiem parte do esforço bélico. Os rebeldes aspiram criar uma zona de proteção, como os insurgentes líbios fizeram em Benghazi.
*Com EFE e AFP

Um comentário:

  1. Os meios utilizados por OTAN na Libia,son negados en Siria,rrecuriendo a Terroristas financiados y armdas porOTAN son meios de destruir una nacion,espacialistas en estes medios CIA craque en desestabilizar y arruinar naciones

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