Sanções anti-iranianas fazem guerra se aproximar
Segundo a imprensa norte-americana, os poderes dos EUA e de Israel acabam de aproximar ao máximo suas posições quanto a uma operação militar contra o Irã. Algumas fontes informam sobre a possibilidade de um "golpe cirúrgico" a infligir contra as instalações nucleares iranianas ainda antes das presidenciais nos EUA marcadas para o dia 6 de novembro.
O Presidente Barack Obama aprovou, há dias, um novo pacote de
sanções em relação ao Irã. Estas últimas serão introduzidas contra as
companhias que continuarem a cooperar com as empresas iranianas dos
setores petroquímico, de urânio, de combustíveis e de gás. Entretanto,
as sanções decretadas antes, provocaram o agravamento da situação
econômica e humanitária naquele país árabe. Tal é um balanço feito em
relatório recente do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
As sanções tiveram uma repercussão negativa em todas as
camadas da população do Irã, tendo causado a alta inflacionária, a
subida impetuosa dos preços de matérias-primas e de eletricidade, bem
como as carências generalizadas de artigos da primeira necessidade,
incluindo os medicamentos, constata a mesma fonte. Lembre-se que o Irã
continua sujeito às sanções aplicadas pelo CS da ONU, assim como às
medidas unilaterais de pressão econômica por parte dos EUA e da UE,
incluindo a proibição imposta às importações de petróleo iraniano para a
Europa. Supõe-se que o conjunto destas medidas drásticas seja capaz de
forçar o Irã a estreitar a cooperação coma AIEA e comprovar um caráter
pacífico de seu programa nuclear.
Desde a semana passada, os países comunitários têm discutido a
possibilidade de alargar as sanções vigentes, embora os participantes
das conversações sobre esta temática se pronunciem contra as medidas que
afetariam mais a população do que o governo iraniano. É verdade que a
vida dos iranianos, tendendo a piorar, se torna cada vez mais
complicada, o que causou já o descontentamento da população. Enquanto
isso, não se vislumbra no horizonte próximo qualquer tendência positiva
de melhoria da situação humanitária. Mais do que isso, os observadores
têm apontado para a sua deterioração à luz da decisão da UE de suspender
a importação de gás iraniano a partir de 15 de outubro do corrente.
Perante este triste cenário, o Presidente Ahmadinejad pode
ceder à pressão e resignar-se. Mas em comparação com os que lhe
sucederem nesse cargo, parecerá um anjo, afirma a dirigente da Secção do
Irã do Instituto de Orientalismo, Nina Mamedova.
"As agitações sociais no Irã podem levar a mudanças do
sistema político inesperadas para o Ocidente. O mais provável é que as
eventuais desordens possam fazer com que ao poder cheguem certas forças
não ligadas ao movimento democrático, hostis ao desenvolvimento de
relações com o Ocidente e vinculadas com o Exército e da Guarda
Revolucionaria Iraniana. Tanto mais que os militares têm vindo a ganhar o
prestigio e novas posições não só na esfera econômica, mas também na
política. Se isto acontecer, as relações do Irã com a comunidade mundial
no tocante à problemática nuclear poderão vir a ser mais tensas."
Então, a opção perante a qual os EUA e seus aliados procuram
hoje colocar o regime iraniano é mais do que dúbia. As medidas
demasiadamente veementes irão unir os iranianos em torno de Ahmadinejad.
Por isso, às sanções decretadas não se juntaram todos os membros da
comunidade internacional. Em primeiro lugar, o envolvimento nesta linha
política vem contrariando os interesses econômicos e estratégicos da
China. Em segundo lugar, para a Índia, o Irã é o 2º exportador de
hidrocarbonetos. Em terceiro lugar, entre os compradores do petróleo
iraniano figura a Coreia do Norte que, em termos gerais, encara Teerã
como um correligionário seu na luta contra "a influência nociva do
Ocidente". Por fim, nem todas as empresas petrolíferas europeias
suspenderam, na realidade, seus contactos com seus parceiros iranianos.
Deste modo, pode-se constatar que, por um lado, as sanções
estão longe de ser eficientes para poderem encerrar um perigo direto ao
regime. Por outro lado, seu número é suficiente para fazer piorar a vida
cotidiana dos habitantes do país. Claro que seus sentimentos e a reação
negativa a tudo que se passa serão distribuídos em igual medida pelas
autoridades locais e o Ocidente. Ao que tudo indica, os líderes
religiosos, aiatolás, farão os possíveis para que o Ocidente vire um
alvo de uma parte de leão do ódio popular.
Bem ou mal, o objetivo desta campanha de pressão sobre o Irã –
a renúncia definitiva ao componente militar do programa nuclear – não
será alcançado. Mais muito pelo contrário, a pressão fará aumentar
ânimos hostis em relação Ocidente. O que igualmente fará aumentar a
hipótese de um conflito regional com eventual emprego de armas de
extermínio em massa. E quanto mais rígida for a posição do Ocidente,
tanto menor será uma chance de reconciliação. Quando os atiradores
duelistas apontam armas, as escusas tardias se qualificam como a falta
de coragem e não um gesto de boa vontade conducente à paz. Era preciso
ter medo e mais cautela antes do duelo, dizem nessa ocasião os
padrinhos.
portuguese.ruvr.ru
Síria ameaça com expansão do conflito na Turquia
Curdos podem ser usados como "bucha de canhão"
Damasco – O primeiro "aviso", atiçando o incêndio do problema
curdo, não parece ter sensibilizado o governo de Ancara, enquanto o
primeiro-ministro turco, Retzep Tayyip Erdogan, tenta passar ao
contra-ataque, dialogando com os curdos do PKK e contando com a
participação até do Otzalan.
Embora cercado, Bashar Al Assad passou ao segundo "aviso" com
fogo de morteiros que atingiu uma cidade fronteiriça turca. É o
"troco". Se o governo de Ancara insiste exigindo o pleno apoio aos
contrários ao regime, além dos neocolonialistas de praxe, o governo de
Damasco transferirá o conflito pra dentro da Turquia, incentivando a
insurgência dos curdos turcos, que sonham unificar-se com os curdos do
Iraque, Síria e Irã e constituir o Estado curdo independente.
O campo para as represálias sírias existe e é pesadamente
carregado pelo passado. É a atual região de Hatai, que antigamente
denominava-se Sandzaki de Alexandreta e pertencia à Síria – que de 1918
até 1938 era protetorado da França e que, por iniciativa do então
governo francês, foi passada à Turquia (que a rebatizou de Iskenderun) a
fim de garantir a aliança franco-turca em vista da iminente guerra.
Nesta região vive hoje importante minoria árabe com forte
percentual de cristãos ortodoxos. Aliás, nesta região era sediado até
1938 o Patriarcado Cristão de Antióquia, o qual, para evitar sua
subordinação à administração turca, foi transferido para Damasco.
Apoios a Assad
Os morteiros que caíram em território turco não são apenas
uma mensagem dura, mas sinalizam, também, a política de Bashar El Assad.
O regime cercado dispõe, ainda, de vários e fortes apoios dos alauítas
muçulmanos que estão hoje na elite do governo de Damasco, até dos
druzos, dos curdos e dos cristãos de diversas doutrinas, com destaque a
ortodoxa.
Todos estes segmentos sabem – muito bem, aliás – que em caso
de derrubada de Bashar El Assad e a constituição de governo sunita,
serão vítimas de violenta limpeza étnica. Além disso, Assad voltou à
política tradicional de seu pai que, fundou e apoiou o PKK curdo, de
1984 até 1998 e, mantinha sempre a região de Alexandreta nos mapas
oficiais da Síria expostos em todos os serviços públicos do país.
Na Síria, a Turquia brinca com o fogo. Se um eventual futuro
governo sunita desfechar ou até tolerar limpeza étnica em detrimento das
minorias e, especificamente, dos alauítas muçulmanos, provocará a
imediata reação no interior da Turquia, não só dos curdos e dos árabes
da Alexandreta-Antióquia, mas, também, dos 15 milhões de turcos alauítas
muçulmanos que, historicamente, foram aliados de Mustafá Kemal
"Ataturk" ("o pai dos turcos") e do estado laico e sentem que, com o
todo-poderoso Erdogan e seu partido AKR têm sido depreciados em cidadãos
de segunda categoria, se não em minoria desprezível.
Origem na Arábia
Além de tudo isso, infelizmente, para a Turquia, assim como,
para os EUA, e a França que buscam e incentivam a mais rápida derrubada
de Assad, um governo sunita aqui em Damasco significará,
automaticamente, um incêndio no vizinho Líbano, que é um mosaico de
comunidades religiosas, muçulmanas e cristãs.
Na Síria a Turquia brinca com o fogo e, aliás, seu
envolvimento nos esforços para derrubar Assad não lhe garante sequer o
controle dos contras ao regime, os quais já estão sendo apoiados,
armados e sustentados financeiramente pela Arábia Saudita e os Emirados
Árabes do Golfo Pérsico, com a cada vez mais sensível presença e
participação dos muçulmanos fundamentalistas.
Em outras palavras, a eventual derrubada de Assad e a
instituição de regime sunita inaugurará novo capítulo de conflito entre o
moderado Islã Político de Retzep Tayyip Erdogan e o fundamentalismo
extremista que "exporta" a Arábia Saudita, o qual, estando – de fato –
presente na Síria, não hesitará em provocar um incêndio de imprevisíveis
consequências, também, dentro da Turquia.
Serbin Argyrowitz
Monitor Mercantil
Estado de Israel e o risco de um dominó nuclear
Uma rota da possível retaliação do Irã a ataques dos EUA/Israel
Persiste a pergunta: quem ameaça quem?
Damasco – "Poderá o Estado de Israel apoderar-se do direito
de atacar um outro país como o Irã – que é signatário da Convenção
Internacional de Não Proliferação de Armas Nucleares – por suspeitar que
tem a pretensão de atribuir dimensão militar em seu programa nuclear"?
Esta justa dúvida manifestou em recente artigo, no jornal francês Le
Monde, Thierry Kovil, alto executivo do Instituto de Estudos Militares
Iris.
Discursando há dias ante o plenário da mais importante
organização do lobby israelense, a Aipac, o presidente norte-americano
Barack Obama invocou o risco de um "dominó nuclear" na região mais
inflamável do mundo, o Grande Oriente Médio, considerando que, o
programa nuclear iraniano ameaça a levar à mesma direção países como a
Arábia Saudita, Turquia ou até o Egito.
Contudo, Obama, evitou referir-se ao "elefante no quarto", o
já existente arsenal nuclear do Estado de Israel, e responder à justa
pretensão dos árabes (a qual é aceita pelo Irã) para a formalização de
um Acorde Periférico de Proibição de Armas Nucleares em todo o Grande
Oriente Médio.
Netanyahu persiste
Entretanto, ao que tudo indica, a política de dois pesos e
duas medidas que o Governo dos EUA segue tradicionalmente é posta – pela
primeira vez – em dúvida pela própria opinião pública norte-americana.
De acordo com o jornal Washington Post, recente pesquisa do Instituto
Pew revela que um percentual superior a 50% dos entrevistados
manifestou-se a favor da neutralidade dos EUA em caso de eclosão de um
conflito entre o Estado de Israel e o Irã, enquanto apenas 40%
declarou-se a favor de apoiar, militarmente, o Estado de Israel em caso
de conflito com o Irã.
Entretanto, tudo isso não parece convencer Benjamin
Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, o qual, por ocasião de várias
visitas que já realizou aos EUA, destacou que não pretende deixar a
sobrevivência de seu país nas mãos de qualquer outro, mesmo que este
outro sejam os EUA.
Aliás, Netanyahu já declarou antes ainda de assumir o poder
que "o futuro de Israel não será decidido na Questão Palestina, mas na
Questão Iraniana".
Serbin Argyrowitz
Monitor Mercantil
As informações acima vem via:
http://navalbrasil.com
As coisas irão acontecer no tempo de DEUS, quando ELE permitir , aí sim, tudo irá acontecer de um jeito que irá pegar muitos de surpresa. Por isso que DEUS disse: "vigiai-vos".Deus nunca deu data de nada, e como as coisas só acontece quando ELE QUER ,pois nem uma folha cae sem o consentimento de DEUS, Vigiai-vos!!
ResponderExcluirOi Marcos, tens razão, só Deus saberá, mas estejamos atentos a tudo e a todos.
ResponderExcluirABraços
Sinistro!
ResponderExcluirO Presidente Barack Obama é realmente muito cínico, para ele tudo é como uma varinha de condão, é tudo como um passe de mágica, é só dá uma canetada e pronto! tá tudo resolvido!.
ResponderExcluirNão! não será tão fácil assim como os americanos e os isrelenses estão pensando, eles ignoram o que irá acontecer até o fim e em muito e com a ajuda das mídias de massa eles ignoram o enorme poder que está escondido nas profundezas da Ásia e do Oriente Médio como Russos/Chineses/Árabes e os Norte Coreanos.
Em uma cruzada louca o Ocidente e os parceiros caminha juntos para o suicídio e a destruição.
E se está guerra começar de tudo e todos NADA RESTARÁ!
É o ocidente não quer tirar o pé do acelerador e nesta estrada tortuosa estamos em alta velocidade indo de encontro a um barranco ( Irã- Síria-Rússia e China ) só para sinalizarmos estes como exemplos e depois do barranco virá o precipício do ocidente. digo dos EUA e daqueles que queiram cometer a loucura de irem a uma nova guerra.
ResponderExcluirAbraços e ponhamos sinistro nestes planos neo-ordenalistas