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A pergunta é simples, a resposta nem por isso; meio mundo ignora pura e simplesmente, e por isso não deixa de ser inquietante esta temática, sobretudo quando sabemos e nada se faz.
Naturalmente que a
esmagadora maioria de nós desconhece ou
então não se preocupa com certo tipo de coisas; queremos apenas saber da
nossa vida e pouco mais, e por isso todos somos responsaveis ao não nos
preocuparmos com o mal que grassa na casa do nosso vizinho.
A
preocupação geral é mais de outro género; consumir tudo o que é novo sem
fazer perguntas, para quê preocuparmo-nos com isto... Apenas temos que
nos concentrar em comprar o último grito da
tecnologia, e, esse acto é o clic que falta, é como a adrenalina que as
grandes companhias necessitam
para conseguir o produto chave, um bem raro na natureza que dá pelo nome
de COLTAN .
Resulta da mistura de dois minerais: a columbita e a
tantalita; este último é sendo um metal altamente resistente termicamente tendo
simultaneamente propriedades que possibilitam a sua utilização,
eletro-magnética e altamente corrosiva e por isso possuindo enorme potencial como
hiper-condutor fundamental para o avanço tecnológico da comunicação portátil
assim como uma vasta panóplia da moderna tecnologia que hoje em dia dispomos.
Segundo consegui
apurar as Nações Unidas, chegaram a números
completamente desconcertantes, mais de quatro milhões de vítimas desta
guerra, tem como palco o riquissimo território Congolês apesar disso as
populações vivem na mais completa miseria.
Uganda e Ruanda beneficiários directos desta guerra ocupam militarmente a Republica Democrática do Congo (parcialmente) sobretudo os locais onde há interesses económicos, numa guerra sangrenta desde Agosto de 1998. (E o mundo continua calado cobardemente…) a ver... a disputa pelo Colton;
Uganda e Ruanda beneficiários directos desta guerra ocupam militarmente a Republica Democrática do Congo (parcialmente) sobretudo os locais onde há interesses económicos, numa guerra sangrenta desde Agosto de 1998. (E o mundo continua calado cobardemente…) a ver... a disputa pelo Colton;
Sabe-se que ambas as nações ocupantes lucram milhões com a sua venda. As nações Unidas declarou a propósito que existe uma faturação de cerca de US $250 milhões, facturado directamente pelo Exército Ruandês às grandes companhias e que se saiba não há minas no Ruanda, lucram directamente com a guerra.
Para além deste verdadeiro holocausto do ponto de vista
humano, a mineração de columbita-tantalita provoca grandes impactos no
meio-ambiente tropical do Congo, uma vez que não se tomam as devidas medidas de
mitigação ambiental (facto óbvio no meio de uma região em guerra) além das
minas se encontrarem próximas e algumas dentro de parques nacionais, tendo
directamente impacto na fauna onde os gorilas são abatidos de forma impiedosa a
par dos elefantes.
Essa corrida tem que acabar, e dá-se cada vez que compramos
um novo computador, uma maquina fotográfica, ou trocamos o telemóvel velho por
aquele que todos têm… e assim por diante.
As principais marcas que todos conhecemos destes equipamentos
tudo fazem para o obter, seja em que condições for… nem que para isso se mate
ou se perpetue uma guerra.
A Republica Democrática do Congo detém cerca de oitenta por
cento das reservas deste raro minério, os restantes vinte por cento
encontram-se fragmentados pelas américas e Australia.
Por via disso assim permanece
em guerra muito por culpa das nações vizinhas que não hesitam em
comercializa-lo sem pudor, extraindo-o servindo-se das populações ou mesmo dos
prisioneiros da guerra, caso para dizer, maldito OURO CINZENTO, que é extraído
das minas sobretudo por crianças e guardadas por crianças. Em consequência de
tudo isto, como é uma actividade extremamente lucrativa. Os camponeses
abandonam os campos e dedicam-se a esta espécie de garimpagem, transformando os
solos férteis em autenticos lamaçais onde o sangue suor e lagrimas se misturam.
Será que vale a pena? Essa é a verdadeira questão que nos
deve fazer refletir, e porque não se reutiliza em vez de irem parar ao lixo estes equipamentos, fica a pergunta no ar.
Nota: Todas as imagens são de autores desconhecidos e foram retirados da internet para ilustrar o texto.
Bibliografia consultada:
Jornal El Pais, http://elpais.com/diario/2007/09/26/futuro/1190757604_850215.html
e este importante Video PulitzerCenter que nos mostra quase tudo sobre a barbárie:
Muito interessante! e não esqueçamos do Lítio que é a matéria-prima, de todas às baterias de celulares, notebooks e tablets. E às maiores jazidas do mundo estão no Afeganistão e Bolívia respectivamente. Desnecessário dizer, como estão esses países: no mais profundo caos! e fora o Nióbio do Brasil, que pouquíssimos sabem a sua existência. Mas que é motivo de cobiça de todas às potências. E falam que o colonialismo terminou... que piada.
ResponderExcluirExcelente materia , nunca tinha ouvido falar dessa liga mineral.
ResponderExcluirPosso chocar alguns , mas não tenho pena nenhuma desse povo , que se vende tão barato , matando seus animais , devastando a flora , e acabando com a infancia . Na foto , o menino que segura o fuzil deve ter por volta de 14 anos , ou menos.
Que acabe logo esse extrativismo , pra quem acredita em Karma ,a Africa é um pais cármico , no sec XXI , vivendo como na Idade Antiga , e reparem que não muda ...
Olá Daniel meu amigo querido. Excelente post.
ResponderExcluirJá sei disso há uns anos e por isso mesmo nunca comprei um telemóvel, fico com aqueles que as pessoas já não querem, porque passou de moda!!!
Entretanto acrescento também esta parte, que vai directa para a ONU e para os EUA:
Estes obscuros negócios são, em primeira instância, os culpados de uma guerra que não se torna menos dramática e pesada por ser esquecida. Com um agravante: teme-se que sobre o mesmo território da R.D. do Congo pese a ameaça da divisão em vários estados, o que facilitaria mais ainda a exploração dos recursos. Isto já foi pressentido e denunciado por Cristophe Munzihirwa, arcebispo de Bukavu – e por isso o exército ruandês o assassinou.
Mais recentemente, o bispo congolês de Kaminha, Jean-Anatole Kalala Kaseba declarou:
“Os que criaram esta situação podem terminá-la, especialmente os EUA. A ONU está ali, inclusive na minha diocese. São observadores. Têm um programa que não querem dizer-nos. Asseguram que vieram para interpor-se aos beligerantes, mas vem a confirmar a repartição do país. Preferiríamos que estivessem em todas as cidades, mas não estão presentes em Uganda nem na Ruanda. Temos razões para crer que foram enviados pelas multinacionais. O presidente de Botsuana Kett Masire – o mediador do conflito congolês – disse claramente que se fracassar o diálogo inter-congolês, a ONU tomará de novo o país em suas mãos. Não é novidade. Esta guerra foi provocada para isso. A ONU quer que fracasse o diálogo inter-congolês para dirigir o país como um protetorado. Creio que a ONU está hoje a serviço de uma grande potência e faz o que esta quer.”
Isto não é apenas um temor. Em março de 2002, o governo de Ruanda, que converteu parte de Kivu em uma extensão de seu território, se apropriou de todos os serviços telefônicos nacionais de Buvaku.
Grato por ajudarem a despertar consciências.
ResponderExcluirTextos e fotos, sintam-se à vontade, publiquem tudo o que lhes interessar.
Melhores cumprimentos
Gallobar