Extremistas islâmicos anunciam execução de diplomata argelino no Mali
Em comunicado, o grupo MUJAO denunciou a 'teimosia' do governo de Argel e anunciou a execução de vice-cônsul, que havia sido sequestrado no dia 5 de abril
O Movimento pela Unidade e a Jihad na África Ocidental (conhecido pela sigla francesa MUJAO) anunciou neste domingo, em um comunicado, que havia executado o vice-cônsul argelino, ao final de um ultimato de oito dias, e denunciou a "teimosia" do governo de Argel, afirmou a Agência Nuakchot Info (ANI).
Segundo a ANI, que cita um comunicado desse grupo islamita presente no norte do Mali, o vice-cônsul Taher Touati "foi executado esta manhã (de sábado) ao amanhecer".
O diplomata, que trabalhava no consulado de Gao, norte do Mali, tinha sido sequestrado no dia 5 de abril pelo MUJAO. A agência ANI transmite com frequência comunicados e declarações dos grupos islamitas do norte do Mali, sem ser desmentida.
"O governo argelino deve assumir a total responsabilidade pelas consequências de sua teimosia e das decisões equivocadas e irresponsáveis de seu presidente e de seus generais", afirmou o Mujao no comunicado.
No dia 24 de agosto, o Mujao ameaçou com represálias as autoridades argelinas, caso não libertassem em cinco dias três jihadistas detidos no dia 15 de agosto, entre eles um líder da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), Necib Tayeb.
O Mujao é um dos grupos aliados da AQMI que ocupam e controlam o norte do Mali há cinco meses.
No sábado, integrantes do grupo ocuparam uma cidade estratégica no país , sinalizando que suas intenções podem ser avançar ao sul de Mali, desrespeitando a fronteira não oficial que separa os territórios dos rebeldes e do governo.
Até março, Mali era considerado um dos países mais estáveis da região, com um histórico de 20 anos de eleições democráticas. Isso mudou em questão de horas quando o Exército derrubou o governo eleito, e tomou o poder na manhã de 22 de março.
O golpe abriu uma brecha para os islâmicos do norte. Desde então, os extremistas ganharam espaço e provocaram a fuga de 440 mil pessoas, segundo levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com AFP e AP
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