UND: Esta situação no Egito para mim,está querendo se assemelhar com a Argélia as vésperas de uma Guerra Civil que teve início em janeiro de 1992.
Entre dezembro de 1991 e o mês de janeiro de 1992, um impasse político se deu naquele país árabe no norte da África ( ex colônia francesa ) onde a FIS- Frente Islâmica de Salvação, havia adquirido naquele período, uma vitória esmagadora para o parlamento. No entanto, uma junta militar tomou o poder e baniu a FIS, levando o país a uma sangrenta guerra civil que se arrastou por anos 90 adentro deixando entre 150 mil a 200 mil mortos no período.
O principal grupo islâmico armado que enfrentava as forças militares laicas e secularistas governistas era o G.I.A ( um braço armado da FIS ).
A situação aparentemente começou a ser normalizada na Argélia a partir de 1999, com a vitória de Abdelazis Boutlefika um representante civil, líder da FLN-Frente de Libertação Nacional (governista ) e tutelada pelos militares argelinos.
Espero que a situação egípcia não se enverede para uma situação similar ao da Argélia, que este Conselho Supremo Militar chefiado pelo Mal.Hussein Tantawi, que tomou as rédeas do país, após a queda em fevereiro de 2011 do presidente Hosni Mubarak havia ele 30 anos no poder, de fato faça esta transição.
Os dois principais grupos islâmicos egípcios tiveram expressiva votação ao parlamento nacional, e tudo indica que a Irmandade Muçulmana vai fazer seu presidente.
Será que EUA e mais ainda Israel, nos meandros das sombras, estariam temendo um Egito teocrático que venha a se voltar no futuro contra os EUA e Israel? Não duvido e até acredito nessa hipótese. Uma falsa encenação democrática vinda através dos ventos da chamada " Primavera Árabe" que vem varrendo pelo mundo árabe, está abrindo talvez as portas para novos regimes que não morre de paixão pela democracia e sim aproveitam se dela para levar adiante mais uma etapa da agenda, esta puramente islâmica.
Vamos então apenas observar como sempre o desenrolar de todas estas mudanças em curso, não só no Egito, no eixo-sírio-iraniano, tendo como fé cega contra Israel.
Fiquem com o texto que segue:
Daniel-UND
Egito sob impasse: Generais assumem poderes legislativos.Parlamento será dissolvido
O Governo militar de transição do Egito assumiu poderes legislativos após o supremo tribunal constitucional nesta quinta-feira 14 de junho , declarou inválidas as regras que regem as eleições parlamentares no início deste ano que passou ao controle de dois partidos islâmicos. Como um terço dos assentos foram eleitos de forma ilegal, toda a câmara é ilegal e deve se dissolver. Egípcios, portanto, descobriram que enfrentarão uma nova eleição geral para todos os 498 assentos no parlamento dois dias antes de votar no segundo turno presidencial. A Irmandade Muçulmana anunciou que aceita a decisão do tribunal, embora represente um grande revés para as suas aspirações políticas.
A mais alta corte do Egito também derrubou uma lei da Irmandade muçulmana que teria desqualificado o ex-primeiro-ministro Ahmed Mubarak Shafiq de impedimento contra a Irmandade do candidato da MB Muhammad Morsi no segundo turno presidencial de sábado e domingo. Shafiq, portanto, permanece na corrida.
DEBKAfile: Porque a assembléia parlamentar constitucional é impedido de escrever uma nova carta para determinar a extensão dos poderes do novo presidente, os poderes do vencedor da eleição presidencial, se Shafiq ou Morsi, permanecem indefinidos.
Duas decisões do tribunal constitucional enviaram o processo democrático de volta à estaca zero e atrasam a transição de governo do Conselho militar da SCAF para mãos civis até que novas eleições sejam realizadas.
Contestando a transmissão de televisão, os advogados que ouviram as decisões judiciais não estão claros sobre a próxima etapa da crise. Alguns questionam a necessidade de uma nova eleição geral e alegam que só a um terço das cadeiras foram anulados e só devem ser colocadas à reeleição.
DEBKAfile informou quarta-feira e reportado aqui no UND ver link:
http://2012umnovodespertar.blogspot.com.br/2012/06/egito.htmlA mais alta corte do Egito também derrubou uma lei da Irmandade muçulmana que teria desqualificado o ex-primeiro-ministro Ahmed Mubarak Shafiq de impedimento contra a Irmandade do candidato da MB Muhammad Morsi no segundo turno presidencial de sábado e domingo. Shafiq, portanto, permanece na corrida.
DEBKAfile: Porque a assembléia parlamentar constitucional é impedido de escrever uma nova carta para determinar a extensão dos poderes do novo presidente, os poderes do vencedor da eleição presidencial, se Shafiq ou Morsi, permanecem indefinidos.
Duas decisões do tribunal constitucional enviaram o processo democrático de volta à estaca zero e atrasam a transição de governo do Conselho militar da SCAF para mãos civis até que novas eleições sejam realizadas.
Contestando a transmissão de televisão, os advogados que ouviram as decisões judiciais não estão claros sobre a próxima etapa da crise. Alguns questionam a necessidade de uma nova eleição geral e alegam que só a um terço das cadeiras foram anulados e só devem ser colocadas à reeleição.
DEBKAfile informou quarta-feira e reportado aqui no UND ver link:
Não sabem porque ainda não escreveram uma nova constituição no Egito?É, para não acontecer com os militares Egípcios a mesma coisa que aconteceu com os Militares Iranianos, que entregaram o poder quase que pacificamente em sua maioria aos Ayotallas, e logo após a tomada de poder, a maioria foi fuzilada empiedosamente por esse regime que ai está, executando quase todos de imediatamente, sem os EUA fazer nada para socorre-los, entregaram o poder de bandeja aos Ayotallas, e receberam como recompensa a Morte, não ficou nenhum oficial de alta patente do regime antigo para contar a história, limpeza total, é isso ai que os militares Egípcios querem evitar, e acho muito dificil eles entregarem esse poder, sem uma garantia total que não irá acontecer a mesma coisa que aconteceu no Irã, porque que presidente Jimy Carter perdeu a eleição , foi por causa disso, entregou de mão beijada o Irã aos Ayotalas, e é isso que vemos agora um Irã que pela primeira vez em sua história querem ir a uma guerra nuclear ou convencional, logo com quem? falta de juizo dos mesmos é perder terreno e muito terreno mesmo, isso me faz recordar do regime Cubano quando da ocupação de GRANADA, apoiada pela URSS antiga, houve uma reação tão violenta dos EUA, que invadiram Granada, prenderam muitos soldados cubanos e mataram também muitos, deportando-os de volta os vivos e os mortos a CUBA, e é assim que está caminhando o regime Iraniano também.Admirei muito a coragem do Presidente Fidel Castro em seu tempo de guerra fria, mas tudo isso é passado, não da mais para recriar tudo de volta, agora é daqui pra frente, mas sim para melhor e não para piorar.
ResponderExcluirÉ Anônimo interessante seu comentário, tempos de outrora e Fidel foi corajoso mesmo, e ainda poderia ter desencadeado um precedente a época de 1983 na crise de Granada quando os EUA invadiram a ilha indo contra um regime pró-comunista local. Imagine se estendessem a ação para tirar Castro do poder naquela mesma época? Foi um ato corajoso Fidel ter apoiado em 1979 a tomada de poder por M.Bishop naquela ilha caribenha e logo em outubro se não me engano daquele ano Bishop aliado de Cuba, fora deposto e executado por um rival dentro das fileiras marxistas granadinas e esta instabilidade a provocar reação dos EUA .Os EUA estavam mais que incomodados pelo fato de além Cuba ainda teriam mais um novo porto seguro marxista na Am.Latina-Caribe.
ResponderExcluirAgora o Irã também deve saber com quem está lidando, os EUA ainda são a maior potência militar do planeta e tem reais interesses naquela região. Será um conflito não fácil e que tudo indica se avoluma a cada dia.
Em relação ao Egito e sua situação política atual, desde que Mubarak fora deposto em fev.de 2011. a junta militar que o sucedeu vem articulando este show de falsa democracia, ou seja estão dando corda a grupos islâmicos que servem não aos interesses como os EUA vem se utilizando das revoltas da Primavera Árabe. Estes grupos estão começando a tomarem conta do poder daqueles países, para no final, guarde isso, eles no futuro se voltarem contra os EUA e Israel. Este é o objetivo final, e mente-se que haverá democracia a moda ocidental naqueles países que não são tão ligados a este modelo político, apesar de estar tentando ser usado.
Para mim e como ia te falando, os militares egípcios desde o início a meu ver, estão conduzindo a situação a fim de garantirem uma certa influência decisiva no jogo político egípcio, mesmo que entreguem o poder aos islâmicos.
Mas é aí como vc disse, eles querem garantir o próprio pescoço e isso está cheirando um golpe militar em câmera lenta naquela país, se mesclando com um longo processo de aparente transição democrática. É só o Egito cair nas mãos dos islamitas que se torna um Estado Teocrático e aí as coisas mudarão de figura.
Vamos acompanhar amigo Animo e obrigado pelos seus comentários. Muito bom mesmo.
Daniel