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14 de outubro de 2010

O que estará por vir?

Presidente do Irã é recebido como herói no sul do Líbano

Mais uma movimentação estratégica em uma guerra de nervos no Oriente Médio.
Vamos continuar acompanhando esta novela..

Mais de 15 mil pessoas espremeram-se em um estádio aberto para ver Ahmadinejad em cidade perto da fronteira com Israel




Foto: AP
Partidária do Hezbollah se cobre com retrato do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, durante comício do presidente Mahmoud Ahmadinejad perto da fronteira com Israel
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou nesta quinta-feira ao sul do Líbano, na fronteira com Israel, onde foi recebido por multidão em Bint Jbeil, bastião do Hezbollah na região.
Mais de 15 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças, espremeram-se em um estádio aberto para vê-lo, exibindo bandeiras do Irã, do Líbano e do Hezbollah. O presidente iraniano acenou para os libaneses e fez o sinal da vitória.
Sua visita oficial de dois dias é vista como um impulso vital para os xiitas radicais do Hezbollah, apoiados por Teerã. A viagem de Ahmadinejad até o sul do país é o mais perto que ele já chegou de Israel.
Ainda nesta quinta-feira, líder iraniano deve visitar a cidade de Qana, que se tornou conhecida depois do ataque israelense que matou 105 pessoas em 1996. Cantos escritos especialmente para o presidente, desejando-lhe "boas-vindas na terra da resistência", foram divulgados por alto-falantes.
"Bint Jbeil está bem viva (...); eu saúdo o povo resistente", disse Ahmadinejad, em referência à localidade duramente atingida durante os confrontos entre soldados israelenses e combatentes do Hezbollah, aliado do Irã que organizou um comício em homenagem ao presidente.
Bint Jbeil ficou destruída depois da guerra de 2006. "Os sionistas vão desaparecer", afirmou em meio a aplausos. "Ficaremos a seu lado até o fim", declarou em árabe, enquanto o restante do discurso foi pronunciado em farsi.
Do lado israelense, havia ansiedade e curiosidade por causa da proximidade inédita do presidente iraniano, odiado no país por suas declarações sobre o genocídio nazista e o desaparecimento do Estado judaico.
Aumento da segurança
Antes da chegada de Ahmadinejad à região sul, o governo libanês reforçou suas tropas ao longo da fronteira com Israel por temer que sua presença aumentasse a tensão na frágil e instável divisa entre os dois países.
Em Israel, a segurança também foi aumentada por causa da visita. O governo israelense qualificou a visita de Ahmadinejad como provocativa e alertou para o fato do Líbano se transformar em um "protetorado iraniano e um Estado extremista".

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, disse que a visita de Ahmadinejad estava "recheada com uma mensagem de confrontação e violência". "É uma visita provocativa e desestabilizadora. Parece que suas intensões são visivelmente hostis e ele está vindo para brincar com fogo", declarou Palmor para a imprensa.
Políticos da base governista no Líbano, rivais do Hezbollah, vinham alertando que a visita do presidente iraniano seria uma provocação desnecessária a Israel.
Unidade
O líder iraniano faz sua primeira visita ao Líbano desde que assumiu a presidência do Irã, em 2005.
Na quarta-feira, em um encontro com os principais líderes libaneses, ele pregou a unidade no país e prometeu apoio iraniano para o governo de união nacional, do qual o Hezbollah faz parte.
Discursando para autoridades do país, Ahmadinejad destacou que o Irã estava ao lado do Líbano em sua luta contra Israel. "Nós apoiamos a resistência do povo libanês contra o regime sionista (Israel) e queremos a completa liberação dos territórios ocupados no Líbano, Síria e Palestina", disse.
Os Estados Unidos também qualificaram a visita do líder iraniano ao Líbano como uma provocação.
"Rejeitamos qualquer esforço de desestabilizar ou inflamar tensões dentro do Líbano", disse Hillary Clinton, secretária de Estado americana, na quarta-feira.

Foto: AP
Simpatizantes do Hezbollah seguram bandeiras libanesas e iranianas durante comício do presidente Mahmoud Ahmadinejad perto da fronteira com Israel
Tribunal da ONU
Na noite de quarta-feira Ahmadinejad participou de um comício nos subúrbios no sul da capital, Beirute, reduto do Hezbollah. Milhares de pessoas compareceram para ouvir os discursos do iraniano e do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Em coro, a multidão gritava palavas de ordem como "morte aos Estados Unidos" e "morte a Israel".
Em seu discurso, Ahmadinejad atacou o Tribunal Especial das Nações Unidas (ONU), que investiga a morte do ex-premiê Rafic al-Hariri em um atentado à bomba, em 2005.
Informações preliminares deram conta de que o tribunal - previsto para apresentar as conclusões do inquérito neste mês de outubro - deve indiciar membros do Hezbollah pelo assassinato de Hariri, o que provocou um crise política no Líbano.
"No Líbano, um amigo e patriota foi assassinado... países ocidentais estão tentando implantar conflito e discórdia... manipular a mídia para acusar nossos amigos (Hezbollah) e realizar seus objetivos na região", disse para o público.
O atual premiê libanês, Saad al-Hariri, vem enfrentando forte pressão da Síria e do Hezbollah para que rejeite os resultados dos indiciamentos. O grupo xiita e seus aliados acusam o tribunal da ONU de servir aos interesse dos Estados Unidos e de Israel.
As críticas de Ahmadinejad ao tribunal da ONU repercutiram negativamente entre políticos da base governista no Líbano. Conhecido com 14 de março, o grupo que reúne a base governista vem condenando a visita de Ahmadinejad, dizendo que o o presidente do Irã planeja trasnformar o Líbano em "uma base iraniana no Mediterrâneo".
*Com AFP e BBC

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