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12 de maio de 2011

Quem está vivo sempre aparece.

Rebeldes líbios dizem ter 'libertado' Misrata de forças de Kadafi

Otan volta a bombardear Trípoli um dia após TV estatal mostrar primeiras imagens de líder líbio desde 30 de abril

iG São Paulo | 12/05/2011 10:20

 
O porta-voz da oposição líbia, Abdul Hafiz Ghoga, e um rebelde que se identificou como Abdel Salam disseram nesta quinta-feira que as forças de Muamar Kadafi foram forçadas a recuar na cidade de Misrata, no oeste do país, deixando para trás armas e munição e perdendo o controle do aeroporto local. segundo Ghoga, a cidade foi "libertada".
De acordo com Salam, os rebeldes detêm desde quarta-feira o controle total do aeroporto no sul de Misrata depois de dois dias de combates contra as forças leais ao líder líbio. "Essa é uma grande vitória", afirmou. Ele também disse que os rebeldes agora avançam na região oeste do país, em direção à cidade vizinha de Zlitan.
Únido reduto rebelde no oeste do país, Misrata é a terceira maior cidade da Líbia, localizada a 200 km a sudeste da capital líbia, Trípoli. A cidade estava sob cerco das forças do governo havia semanas.
Trípoli
Bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte atingiram alvos em Trípoli nesta quinta-feira, horas depois de o líder líbio ter sido mostrado na televisão estatal, em sua primeira aparição desde que seu filho foi morto, há duas semanas. As explosões foram ouvidas em toda a capital.

Foto: AP
Reprodução de televisão líbia mostra líder Muamar Kadafi durante encontro com líderes tribais em Trípoli (11/05/2011)
Ao exibir as imagens de Kadafi na noite de quarta-feira, a emissora de televisão estatal líbia assegurou que foram filmadas no mesmo dia em um hotel de Trípoli durante uma reunião com líderes tribais. A última aparição pública de Kadafi havia sido em 30 de abril, pouco antes que um bombardeio da Otan matasse, segundo a imprensa líbia, o filho mais novo do coronel, Saif al-Arab, e três de seus netos.
O porta-voz do governo líbio, Moussa Ibrahim, disse também que na casa de Saif al-Arab, atacada durante a noite, estavam também Kadafi e sua esposa, mas que ambos escaparam ilesos. Diante da ausência de aparições públicas desde então, parte da imprensa especulou que Kadafi pudesse ter morrido ou deixado Trípoli.
Nas imagens divulgadas pela televisão estatal, o coronel pode ser visto com óculos de sol e túnica marrom enquanto recebe o que seriam líderes tribais do país. O vigário apostólico na Líbia, o bispo Giovanni Innocenzo Martinelli, mostrou-se convencido de que Kadafi está vivo.
"Kadafi não morreu, está vivo. Pode ter abandonado Trípoli, mas minha impressão é que está na Líbia", disse à imprensa italiana.
"Se alguém morre, há sinais inequívocos que não passam despercebidos. A morte, o luto, é algo que não se pode esconder. A morte é uma coisa de todos e não se vê por Kadafi nada parecido. Por isso tenho certeza de que não morreu", afirmou.
Ataques a Trípoli
De acordo com uma fonte do governo, os ataques da Otan desta quinta-feira deixaram seis mortos e dez feridos em Bab al-Azaziya, vasto complexo residencial de Kadafi. Dois funcionários acompanharam um grupo de jornalistas estrangeiros em uma visita guiada pelo local e afirmaram que todas as vítimas eram civis, mas a informação não pôde ser confirmada com uma fonte independente.

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A Otan, que ainda não comentou sobre as ações, atingiu Trípoli repetidamente nesta semana como parte de seu esforço para enfraquecer a resistência do regime ao levante de três meses. Na quarta, segundo a organização, a maioria dos 46 ataques aéreos se concentrou dentro e ao redor da capital líbia, tendo como alvo centros de comando e controle, depósitos de munições e lançadores de mísseis antiaéreos.
Segundo a Otan, seus aviões realizaram mais de 6 mil missões no país desde que assumiu o controle das operações, em fins de março. Mas analistas dizem que, embora os bombardeios ocidentais tenham ajudado os rebeldes a assegurar o controle no leste líbio, não está claro o quanto eles enfraqueceram o domínio de Kadafi sobre o oeste do país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que voltou a pedir na terça-feira para que o governo líbio cesse o ataque a civis. Ele disse que seu enviado deve fazer em breve a sétima visita ao país desde o início da violência, em fevereiro.
A crise na Líbia começou quando protestos inspirados nos levantes populares que derrubaram os governos de Tunísia e Egito foram reprimidos violentamente.
Condenando a violência, vários diplomatas líbios no exterior abandonaram o regime, e o Conselho de Segurança da ONU autorizou o uso de força para a proteção de civis.
França e Itália reconheceram o Conselho Nacional de Transição (CNT), organização estabelecida pelos opositores do regime, como o representante legítimo do povo líbio. A União Europeia congelou bens de Kadafi e de membros de sua família, além de proibir o comércio de armas, munições e equipamentos que poderiam ser usados para "repressão interna".
*Com AP, BBC, EFE e AFP

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