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8 de maio de 2012

Eurocrise: Crise política na Grécia

Líder da esquerda tenta formar governo na Grécia

Chefe da coalizão que ficou em 2º lugar em eleição pede que partidos rejeitem medidas de austeridade da UE se quiserem integrar governo

O líder da coalizão de esquerda que ficou em segundo lugar nas eleições parlamentares da Grécia deu início nesta terça-feira às negociações para tentar formar governo. Alexis Tsipras, chefe do bloco conhecido como Syriza, tem três dias para concluir a tarefa após Antonio Samaras, líder do conservador Nova Democracia, o mais votado na eleição, não ter conseguido formar governo.
“Esse é um momento histórico para a esquerda e o movimento popular e de grande responsabilidade para mim”, disse Tsipras, 38, após reunião com o presidente grego, Karolos Papoulias. A Syriza se opõe às medidas de austeridade do atual governo, uma coalizão entre o partido de centro-direita Nova Democracia e o socialista Pasok.
De acordo com Tsipras, o compromisso da Grécia com o acordo de resgate da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) tornou-se nulo após os eleitores rejeitarem os dois partidos. "Se o Nova Democracia e o Pasok desejam uma aliança com a Syriza, devem escrever (à UE e ao FMI) para anular esses compromissos", completou Tsipras, que também disse que os bancos devem ficar sob controle estatal e pediu por uma comissão internacional para investigar se a dívida da Grécia é legal.

Foto: AP O líder da coalizão de esquerda, a Syriza, Alexis Tsipras, encarregado de formar governo na Grécia
 
Nenhum partido recebeu votos suficientes nas eleições parlamentares de domingo para formar governo e, caso a tarefa se prove impossível, uma nova votação terá de ser convocada.
Gregos furiosos com a forma como os dois principais partidos lidaram com a crise financeira que deixou o país dependente de resgates internacionais - que provocaram cortes de salários e elevaram a taxa de desemprego a um dos maiores níveis da Europa - negaram a maioria do Parlamento ao Nova Democracia e ao Pasok, preferindo votar em partidos menores, às vezes extremistas, na esquerda e na direita.
Na segunda-feira, Samaras disse que seus esforços para formar um governo de coalizão com outros partidos fracassaram. "Tentei encontrar uma solução para um governo de salvação nacional com dois objetivos: para que o país continue no euro e para mudar a política de resgate por meio de negociação", disse Samaras em um discurso televisionado.
"Fizemos todo o possível...levamos nossa proposta para todos os partidos que poderiam ter participado em tal esforço, mas ou eles rejeitaram sua participação de imediato ou impuseram uma condição para outros que, entretanto, a rejeitaram", afirmou.
Se Tsipras também fracassar, o partido que ficou em terceiro, o Pasok do ex-ministro de Finanças Evangelos Venizelos, receberá a incumbência por mais três dias. Em face do que parece ser um impasse insolúvel, uma outra eleição em poucas semanas poderia ser a única saída, aprofundando as dúvidas sobre o futuro da Grécia.
Autoridades do Ministério das Finanças da Grécia disseram à Reuters que o país poderá ficar sem dinheiro até o final de junho se não houver nenhum governo para negociar a nova parcela de ajuda com a UE e o FMI.
"Parece que a eleição não apenas complicou como aumentou significativamente (as preocupações) no cenário de curto prazo na Grécia", disse Gillian Edgeworth, do UniCredit. Ela disse que convocar novas eleições significaria, pelo menos, seis semanas de incerteza.
Parlamento fragmentado
Com a contagem dos votos de domingo completa, o Novo Democracia e o Pasok ganharam pouco mais de 32% dos votos e apenas 149 dos 300 assentos do Parlamento. O Pasok venceu com grande vantagem a última eleição, em 2009, com 44%.
Esse Parlamento da Grécia será o mais fragmentado em décadas e o único caminho para uma coalizão viável parece ser uma revisão das regras do resgate, algo que os credores e os países do norte da Europa rejeitam firmemente.
"Ou eles aderem ao programa e recebem o financiamento dos Estados-membros ou darão calote", afirmou uma fonte sênior da zona do euro à Reuters. "Eles devem continuar com as medidas com as quais se comprometeram nos programas", disse o ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg.
O tempo é curto para a Grécia, que deve dar a aprovação parlamentar no próximo mês para mais de 11 bilhões de euros em cortes extras de gastos para 2013 e 2014, em troca de mais ajuda para se manter solvente.
IG notícias , AP e Reuters

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