Apesar de declaração, Fernando Lugo diz que acata decisão do Senado: 'Me submeto à decisão do Congresso, porque sempre respeitei a lei'
Fernando Lugo, que foi destituído nesta sexta-feira da presidência do Paraguai, afirmou que acata a decisão tomada pelo Senado apesar de caracterizar o processo de "retorcido". "Hoje não é Fernando Lugo que recebe um golpe, é a história paraguaia, sua democracia, que foi ferida, em que foram transgredidos todos os métodos democráticos. Espero que todos estejam cientes de seus feitos", disse em pronunciamento.
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Fernando Lugo faz pronunciamento após ser destituído da presidência do Paraguai
Apesar disso, Lugo afirmou que "ainda que a lei tenha sido retorcida, me submeto à decisão do Congresso, porque sempre respeitei a lei", disse. "Saio pela porta maior, a do coração", disse.
O ex-presidente também pediu que não sejam negados aos cidadãos o direito de manifestar suas opiniões e que todas as manifestações sejam feitas de forma pacífica. "Que os sangues dos justos nunca sejam derramados mais por interesses mesquinhos", afirmou.
O pronunciamento foi feito após o Senado ter aprovado o impeachment de Lugo por 39 votos contra 4. Com a decisão, Lugo foi imediatamente sucedido de forma interina pelo vice-presidente, o liberal Federico Franco, até a realização de eleições gerais previstas para abril de 2013.
A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) caracterizou a medida de golpe de Estado, e advertiu para consequências. Antes da destituição pelo Senado, a Unasul declarou que consideraria uma ruptura da cláusula democrática a destituição de Lugo.
“As ações em curso poderiam ser compreendidas nos artigos do tratado da Unasul sobre o compromisso dos governos, considerando uma infração à democracia", disse o secretário-geral da organização, Alí Rodríguez, na leitura de um comunicado no Palácio do Governo, em Assunção.
O comunicado foi resultado de reuniões mantidas pelos chanceleres com Lugo e com Franco. "É imprescindível o respeito aos processos constitucionais", disse Rodríguez, que integrou uma missão diplomática enviada ao país na quinta-feira à noite, após uma reunião de emergência durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O processo de impeachment foi iniciado na quinta-feira pela Câmara dos Deputados, que aprovou a medida por 76 votos a um. Poucas horas depois, o Senado, também de maioria opositora, anunciou que o julgamento ocorreria nesta sexta, dando a Lugo apenas duas horas para defender-se.
O julgamento foi impulsionado pelo conservador Partido Colorado, de oposição, por cinco acusações contra Lugo, incluindo o confronto que causou a morte de 11 sem-terra e seis policiais durante uma desapropriação em uma reserva florestal em uma fazenda privada em Curugutay, no Departamento (Estado) de Canindeyú, perto da fronteira com o Paraná e a 350 km de Assunção, há uma semana.
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Na defesa de Lugo, o procurador-geral da República do Paraguai, Enrique García, lembrou que Lugo apresentou à Corte Suprema uma "ação de inconstitucionalidade" contra o processo sob a alegação de que não tinha sido garantido o devido direito à defesa. Segundo García, o presidente só recebeu as acusações das quais precisa se defender às 18h10 locais (19h10 de Brasília) de quinta-feira.
Antes da decisão do Senado ter sido anunciada, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, classificou a situação no Paraguai de muito complicada, afirmando ser necessário "manter os direitos de justiça e manutenção da ordem democrática".
Questionada se o processo de impeachment de Lugo poderia levar à expulsão do Paraguai do Mercosul e da Unasul, Dilma respondeu que não queria raciocinar sob hipótese, mas emendou: "Caso haja ruptura, o que diz o protocolo, é a aplicação de sanções nos órgãos multilaterais dos países membros.” Segundo Dilma, a reunião do Mercosul está mantida para os dias 28 e 29, em Mendoza, Argentina.
*Com agências internacionais
Mas lugo como tu dar uma desta? foste na conversa do governo brasileiro e mandaste matar campezinos paraguiaos. Cara tu és um pastor de igreja. Caiste no conto do quinto mandamento.
ResponderExcluirÉ Anônimo- armaram pro Lugo e o Deram até Lugo para o Lugo.
ResponderExcluirNão quiseram dizer eu Alugo o Lugo por mais alguns meses no poder.Risos
Esta situação muito estranha, e já estou pensando com meus botões que isto que aconteceu no Paraguai é só o começo de uma nova etapa de limpeza de regimes de esquerda que aqui estão e que não competem com os interesses de uma certa vertente dentro dos planos da NOM.
Veremos
Eu tenho certeza disso...aliás, estava demorando muito para a tirania mostrar suas garras por aqui. Chaves, Morales e quem mais não estiver alinhado com os planos e interesses da NOM, que se prepare...
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