Manifestantes enfrentam policiais em frente à Embaixada dos EUA em Islamabad; no Irã, estudantes protestam contra charges de revista francesa
O governo do Paquistão pediu ajuda do Exército para controlar os protestos contra um vídeo anti-Islã
produzido nos Estados Unidos, que deu início a uma onda de violência em
vários países. Nesta quinta-feira uma multidão enfrentou a polícia em
frente à Embaixada dos EUA em Islamabad, e acredita-se que uma escalada
de confrontos possa acontecer na sexta-feira, dia de oração para os
muçulmanos.
De acordo com a BBC, policiais não estavam conseguindo
controlar a multidão em Islamabad, com tios sendo ouvidos por horas e
várias bombas de gás sendo lançadas. Alguns dos cerca de mil
manifestantes disseram que não deixaram o local até que a embaixada
americana seja incendiada.
As ruas próximas à representação diplomática estão
bloqueadas e tomadas por pedras atiradas contra a polícia. "Nossos
policiais não são melhores que os americanos, porque estão tentando nos
deter", disse um manifestante à Reuters.
Protestos contra o filme, que ridiculariza o profeta
Maomé, também foram registrados na Indonésia. O Consulado dos EUA em
Medan fechou suas portas nesta quinta-feira por causa dos protestos, que
aconteceram pelo segundo dia consecutivo.
Cerca de 50 estudantes de uma universidade islâmica
protestaram em Makassar, queimando pneus e forçando o fechamento de um
restaurante da rede McDonald's.
Também nesta quinta-feira, estudantes iranianos
protestaram diante da Embaixada da França em Teerã, um dia depois de uma
revista francesa ter publicado charges do profeta Maomé. A publicação
do desenho levou o governo francês a fechar embaixadas
, consulados e centros culturais em cerca de 20 países.
Os manifestantes gritavam "morte à França, morte à
América" e portavam cartazes pedindo ao povo francês que exija de seu
governo o respeito ao sagrado e à humanidade, de acordo com a agência de
notícias Fars.
Uma testemunha disse que cerca de cem pessoas participaram do protesto na região, que estava sob forte esquema de segurança.
Com AP e Reuters
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