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21 de setembro de 2011

Paralisia que nada. EUA não sabem é como resolver seus problemas isso sim.

Parece até piada, o país que há pouco estava colocando seu congresso horas a fio para tentar aumentar o famigerado teto da dívida, agora coincidentemente enfrenta uma paralisia política e um periodo de recesso, com passeio por um bunker, falando de Obama e sua trupe.
É o famoso engana que eu gosto. haha! Já sabem de velho que a economia só terá solução se houver uma ajuda extraterrestre, para resolver o extraterrestrico, nem estratosférico problema de endividamento não só dos EUA, mas de uma Europa em frangalhos.
Daniel-UND

Estados Unidos enfrentam paralisia política

A economia norte-americana enfrenta seu pior momento dos últimos 20 anos, ainda assim não causa tanto medo quanto a Europa. O país continua sendo o porto seguro para investidores do mundo todo. O que gera insegurança e espanto nos Estados Unidos é a atual paralisia política do país.
Depois do doloroso embate no congresso sobre a aprovação da elevação do teto da dívida americana há dois meses, que resultou no inédito rebaixamento da nota de risco do país, a relação entre democratas e republicanos conseguiu piorar ainda mais. Os eleitores não estão gostando do que vêem e a taxa de aprovação do congresso dos EUA é hoje de apenas 12%, uma baixa histórica.
“A paralisia política mostra a incapacidade do congresso em gerar algum auxílio da política fiscal para a recuperação da economia. O embate hoje não está apenas em torno do futuro da economia, mas sim em identificar quem é socialista e quem não é, para ganhar o jogo político”, relata o economista de um banco americano. “O porteiro do nosso prédio fala todos os dias que não quer virar comunista”, completa.
O medo do funcionário do prédio do banco americano está espalhado pelo país. O presidente Barack Obama já entendeu a mensagem e tem rebatido com mais força à tentativa dos republicanos de impedir que o governo aprove mais cortes de gastos e aumento de impostos sem que eles assumam nenhuma responsabilidade.
O novo pacote com previsão de cortes de até US$ 3 trilhões, anunciado esta semana por Obama, só pode ser implementado se contar com um aumento de impostos, de preferência para os mais ricos, de até US$ 1,5 trilhão.
“A questão central está na criação de empregos, que não consegue avançar, mesmo com os pacotes recém anunciados pelo governo. Se esse quadro não mudar, certamente será o ponto-chave para as eleições presidenciais de 2012. Até lá, não devemos ver um congresso atuante ou preocupado em ajudar o país hoje”, avalia um empresário brasileiro que mora há muitos anos nos EUA e atua no mercado financeiro.
“O consumidor americano não acabou de se desalavancar. Ele ainda está devendo muito, sua casa vale menos do que antes e o emprego vive uma situação dramática, gerando mais insegurança. O processo de retomada está muito difícil. Não devemos entrar em recessão, mas vamos viver um período de estagnação no crescimento. E o mercado vai ficar de olho em quem ainda consegue fazer alguma coisa. Hoje, estamos de olho no Fed”, diz o economista ouvido pelo G1.
O BC americano (Fed) carrega novamente as esperanças do mercado financeiro internacional e é exatamente por isso que ele não deverá usar toda sua munição de uma vez. A melhora dos mercados esta semana se deve muito à expectativa de que o Fed anuncie que vai fazer a chamada operação Twist, ao final da reunião do Fomc (Copom americano) nesta quinta-feira.
O nome foi mesmo inspirado no dança popular americana. A Twist “financeira” foi adotada pela primeira e única vez em 1961, no governo de John F. Kennedy. A operação consiste em uma troca de títulos de curto prazo da carteira do Fed, por papéis de prazos mais longos nas mãos dos investidores.
O Fed tem US$ 500 bilhões de títulos de até três anos. Se ele anunciar que vai trocar boa parte desse volume por papéis mais longos, ele pode forçar uma redução dos juros futuros. Isso pode significar uma redução do custo de financiamentos mais longos e,  com isso, estimular a economia.
A arma mais poderosa do BC dos EUA  ainda é o QE (quantative easing), que o mercado esperava desde o segundo trimestre deste ano. Esse instrumento injeta dinheiro vivo na economia no mesmo dia, mas o americano já está tão endividado que não quis saber de tomar empréstimos, ou consumir, quando o Fed adotou as duas etapas do QE. Por isso há muitas críticas sobre a eficiência deste modelo de expansão monetária. Mesmo com dinheiro a mais circulando, ninguém apareceu para gastar.
“A operação twist pode aliviar o custo do crédito para quem quer ou precisa de um financiamento mais longo, o que acaba movimentando um pouco a economia. O Fed deve fazer o Twist agora e deixar o QE para um outro momento, caso seja necessário, o que é muito provável”, explica o analista de um fundo de investimentos.
Mesmo que o Fed atenda a ansiedade dos investidores agora, os EUA ainda têm um longo caminho a percorrer para debelar a crise de confiança e devolver ânimo à economia do país. Enquanto isso, a paralisia política que impede as mudanças necessárias ainda vai deixar que o Fed fique sozinho no salão  por mais tempo, sem par para a próxima dança.
de Thais Herédia do Portal G1

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