- As relações entre dois velhos aliados estão se deteriorando cada vez mais, por conta de mais ações terroristas, sejam elas no Afeganistão ou Paquistão e como resposta, ataques de forças militares norte americanas a radicais islâmicos que agem no vizinho Afeganistão e num fragilizado Paquistão. Os EUA mantém forças militares ainda em ação em solo afegão, na chamada guerra ao terror e o apoio do Paquistão aos EUA, não é bem visto por setores da sociedade paquistanesa de vies religioso islâmico mais arraigado ( extremistas islãmicos ) e que encontram simpatizantes de uma visão anti americana dentro de órgãos governamentais paquistâneses, como os Serviços de Inteligência.
- O País vem recebendo há anos, uma série de benefícios financeiros generosos de Washington, além da modernização de suas Forças Armadas, mas o que mais vem irritando aos EUA, é o fato de o Paquistão estar fazendo (segundo o olhar das autoridades norte americanas ) um jogo duplo ao apoiar meio que discretamente grupos extremistas islâmicos, que vem realizando ataques a interesses americanos e de aliados no Afeganistão e Paquistão.
- Outro fator de desconfianças mútuas é sobre os cortejos por parte da China no Paquistão, sempre levando em conta interesses econômicos estratégicos, vitais para Pequim, como futuros projetos de oleodutos e ou gasodutos que passem pelo Paquistão ligando o país as reservas no Oriente Médio.
- O Paquistão por sua vêz, vem aumentando o tom contra os EUA, desde o misterioso e desencontrado epsódio da morte de Osama Bin Laden em maio último, quando acusou os EUA de agirem em solo paquistanês sem informar as autoridades competentes do país asiático de suas ações.
- Agora o chefe militar norte americano, Mike Mullen, acusa o Serviço de Inteligência do Paquistão por realmente, segundo ele, estar dando todo o suporte a uma organização extremista islâmica, chamada Haqqani, que atacou a Embaixado dos EUA em Cabul, Afeganistão.
- Sigam a notícia.
- Texto comentários acima de Daniel Lucas para o UND
O chefe do Estado-Maior Conjunto americano, almirante Mike Mullen, acusou nesta quinta-feira a agência de inteligência do Paquistão de apoiar o grupo Haqqani no planejamento e condução do ataque lançado na semana passada contra a Embaixada dos EUA em Cabul. "A rede Haqqani atua como um genuíno braço da Agência de Inteligência do Paquistão (ISI, na sigla em inglês)", disse a autoridade militar mais graduada dos EUA perante a Comissão de Serviços Armados do Senado.
O ministro do Interior do Paquistão, Rehman Malik, no entanto, havia negado declarações parecidas de oficiais da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e de diplomatas americanos.
Em entrevista à BBC, Malik disse que o Paquistão está determinado a lutar contra todos os grupos militantes que atuam na fronteira com o Afeganistão.
Em julho, Mullen afirmou que o Paquistão autorizou o assassinato do jornalista Saleem Shahzad, afirmação que o governo paquistanês classificou como "irresponsável". Por várias vezes Islamabad negou manter vínculos com grupos militantes.
'Inteligência crível'
Os ataques de 20 horas contra a embaixada americana, a sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte e prédios da polícia deixou ao menos 27 mortos na capital afegã em 13 de setembro. O número de mortos inclui 11 civis, entre os quais crianças, além de quatro policiais e dez militantes.
"Com o apoio do ISI, membros do Haqqani planejaram e conduziram um caminhão-bomba, assim como o assalto à nossa embaixada", disse Mullen, que deixa neste mês o cargo no Estado-Maior Conjunto. "Temos informações críveis de inteligência de que estiveram por trás do ataque de 28 de junho contra o Hotel Intercontinental em Cabul e de outras operações menores, mas efetivas."
A rede Haqqani, que é estreitamente aliada à milícia islâmica do Taleban e cuja base supostamente fica no Paquistão, tem sido acusada de vários grandes ataques contra alvos ocidentais, indianos e governamentais no Afeganistão.
Ela é frequentemente descrita por autoridades paquistanesas como um grupo predominantemente afegão, mas correspondentes dizem que suas raízes alcançam o território do Paquistão, com a especulação sobre seus vínculos com o aparato de segurança do país se recusando a morrer.
As declarações de Mullen são mais uma mostra da deterioração das relações entre EUA e Paquistão, que ficou aparente durante a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, em território paquistanês em maio. Na época, autoridades americanas acusaram Islamabad de dar apoio aos militantes islâmicos.
Ação no Paquistão
No início deste mês, autoridades em Washington deixaram claro que podem atacar alvos da Haqqani em solo paquistanês se Islamabad não combater os militantes. Na entrevista à BBC, o ministro do Interior paquistanês disse que seu país tem tomado "ações estritas" contra o grupo.
Segundo Malik, os esforços do governo muitas vezes são frustrados porque nem o Paquistão nem o Afeganistão têm o controle pleno de suas fronteiras.
*Com BBC
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