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1 de setembro de 2012

Brasil preparado para possível emergência

O conselheiro Roberto Parente, que é cônsul do Brasil em Tel Aviv e está à frente dos planos de emergência, disse que "obviamente há uma preocupação crescente"


Tensão levou a Embaixada do Brasil em Tel Aviv a tomar medidas de precaução
São Paulo

A tensão crescente em Israel, em decorrência das declarações do governo sobre um eventual ataque às instalações nucleares do Irã, levou a Embaixada do Brasil em Tel Aviv a tomar medidas de precaução e a estudar planos sobre a assistência à comunidade brasileira caso haja uma guerra na região.
O conselheiro Roberto Parente, que é cônsul do Brasil em Tel Aviv e está à frente dos planos de emergência, disse que "obviamente há uma preocupação crescente". "Estamos observando o clima aqui em Israel e a todo momento há novas manchetes sobre um eventual ataque ao Irã, que por sua vez poderia ter consequências graves", afirmou.
"Nossa missão está , dentro do possível, atender a comunidade brasileira quaisquer sejam as circunstâncias. Devemos nos preparar para a possibilidade de que haja uma crise e tenhamos que deslocar brasileiros de áreas de risco e até fornecer alojamentos temporários e alimentação para essas pessoas", afirmou Parente.
De acordo com a representação em Tel Aviv, atualmente há cerca de 10 mil cidadãos brasileiros que vivem em Israel, além dos cidadãos em trânsito, em visitas de turismo ou de negócios. "Temos a obrigação de dar atendimento a todos os cidadãos brasileiros aqui, tanto aos permanentes como aqueles que estão em trânsito", disse o diplomata.
Grande parte dos cidadãos brasileiros que se encontra em Israel tem dupla cidadania - brasileira e israelense.
"A maioria deles vive aqui há muitos anos e já criou sua vida aqui. Esses não teriam interesse de deixar o país, mas poderiam necessitar de deslocamentos internos", disse o diplomata. Para os brasileiros em trânsito, os planos mais relevantes caso haja uma situação de risco dizem respeito a uma saída emergencial do país.
"Temos que levar em consideração que, em uma situação de guerra o espaço aéreo do país poderá ser fechado, nesse caso o melhor caminho seria ajudar os brasileiros a saírem por vias terrestres, principalmente através da Jordânia", disse.
Outro tema que preocupa o cônsul é a localização da embaixada brasileira em Tel Aviv. "Caso haja um ataque de mísseis contra Tel Aviv, os escritórios da nossa embaixada deverão ser transferidos imediatamente para a residência".
Os escritórios ficam em um prédio alto no centro de Tel Aviv, que, segundo Parente, "poderá ser uma área de alto risco", já a residência da embaixada fica em um bairro mais afastado, em uma casa mais segura. Segundo Parente, "o problema principal é a incerteza".
"Não podemos saber ao certo quais serão as áreas de risco e inclusive não podemos saber se haverá algum risco, mas temos que estar preparados para as várias possibilidades", afirmou.
Entre os analistas há divergências sobre a probabilidade de um ataque israelense ao Irã antes das eleições americanas. Alguns afirmam que o ataque é "iminente", outros dizem que o ataque é "impossível" e há vários que dizem que "não se pode descartar ambos os cenários".
Para vários analistas, as declarações do governo do primeiro ministro Binyamin Netanyahu "não passam de um blefe para pressionar os Estados Unidos a agirem de maneira enérgica contra o programa nuclear iraniano". Outros dizem que "o blefe já está indo longe demais".
"Temos, já montada, uma rede de comunicações com a comunidade brasileira, que se multiplica por intermédio de nosso Conselho de Cidadãos", disse Parente, "se houver uma situação de risco essa rede será acionada".
Nos territórios palestinos o clima é, nesse sentido, bem mais tranquilo. O escritório brasileiro em Ramallah tem um plano para reagir a qualquer situação de emergência, desde diversos cenários de conflagração de violência até desastres naturais. "Em uma situação de crise deveremos acionar nossa rede de contatos com a comunidade brasileira na Palestina, por intermédio do Conselho dos Cidadãos que integra lideranças da comunidade", disse Soares.
"Temos um sistema de comunicação com a comunidade, para qualquer tipo de crise, e esse sistema será aplicado conforme o cenário que se configurar", afirmou.
De acordo com o diplomata brasileiro em Ramallah, cerca de 3,5 mil cidadãos brasileiros vivem nos territórios palestinos, quase todos na Cisjordânia e apenas algumas famílias na Faixa de Gaza.
Pressupõe-se que, se houver uma guerra entre Israel e Irã, mesmo com o envolvimento da milícia xiita libanesa Hezbollah, os riscos nos territórios palestinos seriam bem menores do que nas grandes cidades israelenses.

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