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27 de janeiro de 2012

G20: confusão estrategicamente provocada

Mary Stassinákis, no Monitor Mercantil
Países-membros deverão contribuir para FMI?
Por qual motivo EUA, Canadá, Brasil, Rússia e outros países-membros do Grupo dos 20 (G20) deverão contribuir com seus recursos para fortalecer as possibilidades de o Fundo Monetário Internacional (FMI) salvar os países integrantes da Zona do Euro, especialmente, países-membros de dimensão da Itália e Espanha?
A resposta é simples, considerando que qualquer abalo sério total da Zona do Euro prejudicaria, sobremaneira, seus interesses vitais em uma economia mundial interdependente.
O problema não é a incapacidade de a Zona do Euro cobrir, quantitativamente, eventuais grandes operações de salvamento. O problema é que o dominó da crise de endividamento na Zona do Euro é resultado de opções estratégicas da Alemanha.

Em outras palavras, o governo de Berlim solicita (leia-se exige) do grupo que reúne as 20 grandes economias do planeta apoio à blindagem de credibilidade da Zona do Euro, no momento em que a maioria dos países do G20 acredita que as opções da Alemanha não só têm afundado a Zona do Euro na crise e na queda, mas constituem risco sistêmico que poderá provocar desestabilização mundial econômica.

A capacidade de intervenção do FMI nos países que financia é de tipo técnico e não responde à grande controvérsia: os países-membros do G20 convocam-se para financiar um modelo de estabilização fiscal imposto pela Alemanha aos seus parceiros e, naturalmente, este modelo em nenhuma hipótese é negociável com os emprestadores fora da Zona do Euro.
Alemanha esquizofrênica
Tudo isso revela por uma vez mais a deficitária hegemonia dinâmica da Alemanha: o governo de Berlim pode aproveitar a situação no limite da crise fiscal de seus parceiros, mas declara - em todos os tons - que não deseja e não pode financiar a estabilização de Zona do Euro alemã.
O paradoxo existe somente à primeira vista, considerando que a abordagem da Alemanha na crise tornou-se estável desde outubro de 2008 em condições de competitividade nacional e inflexível monetarismo, a exemplo do que ocorreu em todo o período após 1949.
E como muito apropriadamente destaca-se em recente análise da Eurointelligence, estas duas estáveis são incompatíveis com o sentido da união monetária. Assim, o paradoxo torna-se esquizofrênico, com a Alemanha exigindo financiamento do FMI para serem enfrentados os problemas que provoca sua própria percepção sobre a união monetária à la carte.
Ao que tudo indica, em Berlim pensam que, com a mesma forma que o Governo Merkel - apesar de suas oposições e reservas - arrastou-se à salvação dos três países da Zona do Euro e concordou com a conformação do provisório e do mecanismo permanente para correrem ao apoio da Zona do Euro por intermédio do FMI e os países que estão em desacordo com sua política.
Se o FMI conseguir o apoio de forças fora da Zona do Euro, será o primeiro passo em busca da linha do meio entre as políticas em choque hoje do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI.

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