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27 de janeiro de 2012

Iranianas

 

Bloqueio do Irã mostra escalada perigosa

Serbin Argyrowitz, no Monitor Mercantil
Medida pode disparar preço do petróleo e agravar crise financeira
Qual é a maior ameaça e para quem? Um bloqueio petrolífero contra o Irã, que o obrigará a congelar não só seu programa nuclear, mas dissimular suas ambições periféricas, ou o acréscimo, à crise financeira do Ocidente, de uma incontrolável explosão do preço de petróleo?

O que mais preocupa é que os dois lados adversários acreditam que poderão recrudescer a escalada das tensões e das pressões, considerando que o outro lado recuará, porque tanto em Washington, quanto em Teerã desliza-se, furtivamente, sobre a tomada de decisões importantíssimas para objetivos internos.
Nos EUA, em meio à campanha pré-eleitoral, existe sempre o incentivo de apoio do lobby filo-israelense, ao lado da constatação de que a inevitável derrubada de Assad na Síria significará pulverização dos apoios de Teerã não só a Damasco, mas também ao Líbano, com o afastamento do Hezbollah, e em Gaza, com a orientação do Hamas ao sunita Islã político. Mas, ao que tudo indica, em meio a esta desfavorável conjuntura, o Irã deverá recuar com relação ao seu programa nuclear. Mas este não é o objetivo final do Ocidente.

Barril a US$ 200
No Irã, as lideranças religiosa e política avaliam que a União Européia (UE) e o Ocidente de um modo geral não poderão controlar uma explosão de preço do petróleo até em torno de US$ 200 o barril, enquanto calculam que a posição comum dos 27 países-membros da UE será terrivelmente testada quando chegar a hora dos atos, a exemplo de como aconteceu no Afeganistão, Iraque e Líbia, quando a Alemanha cerrou fileiras com Rússia e China no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), contra Grã-Bretanha e França.
Além disso, considerando a séria ameaça do fim da influência no Grande Oriente Médio, mas também o medo de disseminação da onda de protestos que arrasou o Mundo Árabe e o Irã, em Teerã acreditam que a ameaça de conflito com o Ocidente funciona a favor do regime no interior do país e poderá reduzir a pressão sobre o regime de Assad.
Com a retirada do Iraque, ainda recente, e o beco sem saída no Afeganistão, qual é a real possibilidade de envolvimento bélico de qualquer espécie que têm os EUA na região do Grande Oriente Médio, com alvo sempre o petróleo? Esta é a pergunta que predomina hoje nas preocupações de Teerã.
Rússia e Turquia
Dos fatores de incerteza, a oposição que manterão Rússia e Turquia, duas forças que até o momento eram extremamente negativas à aplicação de qualquer espécie de sanções, mas avaliam como pesada ameaça a aquisição de arsenal nuclear pelo Irã. Para Moscou é incompreensível, nas bordas da Ásia Central e do Cáucaso, existir uma potência nuclear, enquanto, para Ancara, a perspectiva ameaça diretamente a sua possibilidade de influência no Grande Oriente Médio.

Assim, a posição de Moscou e de Ancara será a de testemunha incansável sobre até que ponto Irã encontra-se perto de se tornar uma potência nuclear. Se o horizonte da aquisição de tecnologia nuclear é tão perto quanto afirmam em Washington, então não existirá margem de tolerância pelo lado da Rússia e da Turquia.

Assim, apesar do fato de Washington e Teerã planejarem a escalada de uma - controlada, como acreditam - crise, a situação poderá escapar do controle e disseminar-se por toda a região do Grande Oriente Médio.

 

Petróleo: Alta explosiva ou queda de preço e de consumo?

Petros Panayotídis, no Monitor Mercantil
A União Européia (UE) decidiu decretar bloqueio às importações de petróleo do Irã. Esta decisão - que era aguardada - é apenas parte das sanções impostas ao país por causa de suas pretensões de desenvolver programas nucleares.
Contudo, a fim de serem atendidos aqueles países-membros da UE que hoje utilizam, principalmente, petróleo iraniano, proporciona-se a possibilidade de os contratos existentes serem concluídos até 1 de julho deste ano, possibilitando assim aos países europeus interessados ganhar tempo e procurar fornecedores alternativos.
Já neste semana - antes, ainda, da divulgação da decretação do bloqueio - seis navios de guerra dos EUA, Grã-Bretanha e França navegavam ao largo do Estreito de Ormuz, enquanto o mundo aguarda agoniado a resposta de Teerã. Várias vezes durante o mês de dezembro do ano passado as autoridades iranianas ameaçaram fechar esta importantíssima passagem, através da qual transporta-se, diariamente, cerca de 20% da produção mundial de petróleo.

Os governos do Ocidente, devidamente "instruídos" pelos EUA, Grã-Bretanha e França, já declararam que poderão manter abertos o Estreito de Ormuz e que tomarão "todas as medidas necessárias a fim de garantir a segura passagem do petróleo produzido pelos países do Golfo Pérsico".
De olho na Líbia
A Europa importa cerca de 450 mil barris/dia de petróleo. Os importadores básicos, como Grécia, Itália e Espanha, deverão procurar outros fornecedores. E, como é natural, as atenções estão voltadas à Líbia, cujas exportações de petróleo crescem dia após dia após o suposto fim da Guerra Civil.
A ameaça de eclosão de um conflito que atraiu a atenção de muitos em dezembro do ano passado contribuiu para o aumento do preço de petróleo Brent em US$ 10 o barril até o início deste mês, quando a atenção foi voltada à frágil previsão de novo aumento do petróleo no primeiro semestre deste ano.
As autoridades iranianas deverão prestar muita atenção agora - considerando que as pretensões da comunidade internacional (leia-se EUA e UE) estão claríssimas - e sabem, muito bem, aliás, que uma tentativa de fechamento do Estreito de Ormuz provocará, indiscutivelmente, um prejudicial aumento de preços que, por sua vez, atingirá todos os países, incluindo a China, que é o maior cliente do Irã.

Especuladores agem
O preço do petróleo Brent aumentou em um dólar para US$ 111 o barril, mantendo-se, contudo, quatro dólares mais barato do que havia atingido no início deste mês. A limitada reação mostra que já foi aceita e que será necessária nova escalada da situação para que os preços aumentem.

Os especuladores continuam aumentando as posições líquidas de compra (long), baseados no crescente risco geopolítico. Isto ajuda explicar porque a evolução ascendente inicial após o comunicado não era superior.

Entretanto, nos próximos dias e semanas o nervosismo dominará os mercados, que aguardarão o próximo lance do Irã e, no improvável caso em que este lance resulte em conflito militar, o preço do barril de petróleo poderá aumentar em US$ 20 a US$ 40 o barril, de acordo com a consequência da situação sobre a livre passagem pelo Estreito de Ormuz.

Um aumento destas proporções - se durar muito - despertará, seguramente, o fantasma de uma queda mundial, a exemplo daquela de 2008 até 2009, e a demanda de petróleo poderá ser afetada consideravelmente, aumentando assim o risco de derrocada do preço, fato que ninguém, muito menos a Arábia Saudita, desejaria neste estágio.

 

2 comentários:

  1. Vou contar uma coisa veridica pra voces: Na segunda guerra mundial, o primeiro ministro da Inglaterra, foi o primeiro que viu as mas intenções da Alemanha, o nome dele era se eu errar no portugues me corrijam, era WILSTON CHURCILLS, ele viajou a Europa toda e os EUA mais a Russia avisando antes da guerra que Hitler não era de confiança, tentou se explicar centenas de vezes, falava: olha a Alemanha está querendo dominar o mundo, está querendo fazer uma guerra e foi taxado de louco pelos outros Países, deu no que deu TOMA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL,agora com o Irã está acontecendo a mesma coisa estão brigando agora por causa da BOMBA ATOMICA, quem tem razão?os AIOTALAS OU OS OUTROS? Vamos esperar o desfecho .

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    1. Oi Anônimo- Foi Winston Churchill então premiê briritânico e ele realmente advertiu os demais sobre os riscos representados a época pela ascensão do Nazismo liderado pelo líder Adolf Hitler.
      E deu no que deu a história todos já conhecem e mesmo assim querem repetir a dose mais de modo mais cavalar agora.
      Creio anônimo que nesta contenda atual ninguém tem razão, todos querem ter razão, mas as ações de ambos os envolvidos não as justificam.
      Seria muito melhor todos conviverem em paz e buscando na colaboração o melhor em pesquisas para o bem estar de todos na face da Terra. Seria bom se fosse assim, mas as forças ocultas do mal não quer e aí estamos nesta beirada do penhasco como nos tempos atuais.
      O mesmo premiê britânico à época W.Churchill também alertou sobre a cortina de ferro que se levantou após o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa oriental.
      Vamos ver o desfecho de agora.
      Valeu

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