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5 de agosto de 2012

Em frente a Pompeia, supervulcão ameaça região de Nápoles


Vulcão Vesúvio coberto de neve é visto em Nápoles, na Itália, em fevereiro. 06/02/2012 REUTERS/Ciro De Luca
Legenda: Vulcão Vesúvio coberto de neve é visto em Nápoles, na Itália, em fevereiro. 06/02/2012 REUTERS/Ciro De Luca (reuters_tickers)







Por Antonio Denti

POZZUOLI, Itália, 3 Ago (Reuters) - Junto à baía de Nápoles, perto de Pompeia, onde milhares de pessoas morreram incineradas pelo monte Vesúvio no ano 79, há um "supervulcão" oculto que pode matar milhões em uma catástrofe muitas vezes pior, segundo cientistas.

As fissuras com lama borbulhante e erupções sulfurosas da região a oeste de Nápoles são uma importante atração turística, conhecida como Campi Flegrei - nome com origem na palavra grega para "queima".

Mas a zona de intensa atividade sísmica, que os antigos pensavam ser a entrada do inferno, também pode representar um perigo de proporções globais, já que milhões de pessoas vivem literalmente em cima de uma possível futura erupção.

"Essas áreas podem dar origem às únicas erupções com efeitos catastróficos globais comparáveis a impactos de grandes meteoritos", disse Giuseppe de Natale, chefe de um projeto que irá perfurar um buraco de 3,5 quilômetros de profundidade para monitorar a caldeira subterrânea de 13 quilômetros de diâmetro. Com isso, esperam poder saber antecipadamente de uma eventual explosão.

Os Campi Flegrei são semelhantes à caldeira vulcânica existente em Yellowstone (EUA), mas preocupam mais por estarem numa área habitada por 3 milhões de pessoas.

"Felizmente, é extremamente raro que essas áreas entrem em erupção com sua capacidade plena, assim como é extremamente raro que grandes meteoritos atinjam a Terra", disse De Natale à Reuters.

"Mas algumas dessas áreas, especialmente os Campi Flegrei, são densamente populosas, e portanto mesmo erupções pequenas, que felizmente são as mais prováveis, podem representar riscos para a população", disse De Natale, que trabalha no Observatório Vesúvio do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia.

"Por isso os Campi Flegrei precisam ser totalmente estudados e monitorados. Eu não diria como os outros, mas muito mais do que os outros, exatamente por causa do perigo, dado que milhões de pessoas vivem no vulcão."



Mas o projeto, financiado pelo Programa Internacional de Perfuração Continental Científica, foi criticado por alguns cientistas locais, que temem que a própria perfuração cause uma erupção ou terremoto.

A prefeitura de Nápoles suspendeu o projeto em 2010, mas um novo prefeito autorizou sua retomada no mês passado.

De Natale disse que a perfuração não provoca riscos de instabilidade geológica. "Já houve dezenas de perfurações no passado, com instrumentos muito menos seguros, por motivos industriais, e ninguém disse nada", afirmou ele.

Reuters

http://www.swissinfo.ch

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