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19 de agosto de 2011

Especial URSS-Um Novo Despertar e comentário do autor

Hoje me recordo bem, eu com meus 14 anos, quando naquele ano irrompia na URSS, uma tentativa de golpe militar contra o líder de plantão que era Mikhail Gorbachev.
Naquele dia, ainda que em circunstâncias mal esclarecidas, Gorbatchev, encontrava-se em férias no balneário de Sebastopol na região da Criméria, banhada pelo Mar Negro, quando foi pego de surpresa pelo levante golpista em curso.
O golpe orquestrado por militares e burocratas do regime, contrários as suas reformas políticas e econômicas, deixou não só a então URSS, mas o mundo todo em um manto de grande apreensão para o que poderia ocorrer, foram 3 dias de muita tensão, mas que teve um final menos trágico.
Em 22 de agosto, por conta de forte resistência ao golpe, por parte do presidente da RFSSR- Boris Yeltsin, que exigiu a renúncia da junta golpista liderada por Gennadi Yanayev, que estava bêbado ( segundo algumas fontes ) acabou por renunciar pela falta de apoio ao levante. Alguns foram presos e outros cometaram suicídio.
Graças a resistência de Yeltsin, pela volta da normalidade institucional na URSS,Gorbatchev retorna ao cargo, já debilitado politicamente enquanto Yeltsin, tornava-se a nova estrela em evidência na vida nacional da Rússia pós soviética.
Enquanto Yeltsin se consolidava como a figura política central das mudanças entre uma URSS combalida e a fase que viria em seguida ao fim da própria URSS ainda em 1991, Gorbatchev se preparava para deixar melancólicamente o poder em dezembro de 1991 . Em contrapartida Rússia. Bielarus e Ucrânia, seguidas de mais 9 ex-repúblicas soviéticas, integram a CEI ( Comunidade De Estados Independentes ), era o fim da URSS, que deixava de existir, assim como 1991 se encerrava, como mais um ano transcorrido.
E que ano foi 1991, já os que eram nascidos e se lembram, foi o periodo em que teve a  Guerra do Golfo, conflitos na ex-Iugoslávia,  calote financeiro dado pela equipe econômica do então presidente Fernando Collor, golpe na URSS, vulcão Pinatubo nas Filipinas entrou em erupção, eclipse total do sol e tantos outros eventos que marcaram aquele  fatídico ano conturbado, não diferente do ano de 2001 e do atual 2011.
Todos marcados por muitas tensões causados por trasnformações bruscas.
Isto é o pouco que posso dizer a vocês leitores de minhas memórias sobre o tema abaixo, que naquela época sem net, apenas com muita sorte um jornal e meu interesse em pesquisar e ouvir rádios de ondas curtas, que me traziam informações até um pouco mais adiantadas que a própria mídiatrix  na ocasião, midia esta que já agia com toda força naquele ano.
Mas muitos naquele ano, apenas recebiam o que tinham a disposição no que se refere a informações, para mim foi um tempo até mais romântico do que hoje,pois as pessoas parecem que se interessavam mais, perguntavam uns aos outros sobre o que se passava e o que poderia acontecer ao mundo.
Por sorte nada ocorreu, hoje as condições são outras, os meios são mais livres e mesmo assim, quando procuramos mostrar as notícias com outros pontos de vista, que não sejam o que já vem mastigadinho, da midia , muitos nos taxam de loucos conspiracionistas.
Mas não nos deixamos levar por isto, buscamos pesquisar e dar ao leitor que interage conosco a oportunidade de saber, de pesquisar  e também tirar suas conclusões sobre os assuntos que aqui postamos.
Quem sabe que com o advento da net, a correlação de troca de informações, muitas coisas vieram a tona e talvêz conseguimos evitar muitos males e demos o ponta pé em tantas outras transformações que fazem história. Não é verdade?
Bem, fico por aqui e obrigado pela compreensão e continuem acompnhando as informações aqui no UND.
Texto acima de Daniel Lucas-UND-E.C

Para ex-lider soviético, hoje não há transparência democrática na Rússia, como havia no antigo regime.
Hoje com seus 80 anos, Mikhail   Gorbatchev relembra um dos grandes fatos que marcou o inicio do desmonte final da URSS, a tentativa de Golpe de agosto de 1991.

Duas décadas após o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o protagonista de um dos eventos mais importantes da história contemporânea, Mikhail Gorbachev, é hoje um crítico dos rumos tomados pela Rússia capitalista.

Foto: Getty Images
Gorbachev impulsionou movimentos perestroika e glasnost, que culminaram no colapso da antiga URSS em 1991 (30/3)
Aos 80 anos, o último dirigente comunista acredita que o país ainda está na "metade do caminho" para a democracia. Para ele, as eleições no antigo regime eram mais transparentes que as dos dias atuais. Em entrevista à BBC, Gorbachev falou dos últimos dias da URSS, do golpe de Estado que sofreu, e classificou Boris Yeltsin, um antigo aliado e o primeiro líder da Rússia após a queda do regime, como um "traidor".
Sobre Vladimir Putin, homem forte da Rússia que é ex-presidente e atual primeiro-ministro, ele diz que "seus resultados positivos superam os negativos", embora ressalte que ele falhou ao distribuir as riquezas do país.
ainda não estão completos. "Ainda temos cinco ou seis anos à frente para fazer essa modernização de forma significativa. Isso deve envolver não só a nossa economia, mas tudo, incluindo a nossa vida política, vida cultural, educação, tudo. O país deve ser diferente", diz.
Veja abaixo trechos da entrevista:
Tentativa de golpe

Em 19 de agosto de 1991, militares contrários às reformas anunciaram um golpe contra Gorbachev, que ficou preso por três dias em uma casa de campo na Crimeia. Uma multidão foi às ruas de Moscou, impedindo o sucesso do golpe.
"Eu comecei a pegar os telefones e nenhum funcionava. Nenhum deles. Eu disse a eles (militares sublevados): 'Vão e reúnam o Congresso, reúnam a Suprema Corte. Eu falarei, vocês falarão, e nós decidimos quais planos tomar'. No fim, eles ficaram de mãos vazias e foi um desastre. Foi o início do fracasso”.
Boris Yeltsin

Nos três dias em que Gorbachev ficou preso, o então presidente da Rússia Soviética (uma das repúblicas que compunham a URSS) liderou as manifestações contra o golpe e ganhou alto apoio popular. Ele se voltaria contra Gorbachev depois.
"Esse foi o início da épica história com Boris Yeltsin. Um depravado, um traidor. Nós sentamos e combinamos como iriam se dar as coisas. (...) Ele então começou a conspirar nas minhas costas".
Democracia na Rússia atual
"Acho que eles (classe dirigente russa atual) se enfastiaram da democracia. O sistema eleitoral que tínhamos (na URSS) não era nada formidável, mas acabou literalmente castrado. Perdão por dizer isso. Mas eles circuncidaram o sistema - circuncisão é uma metáfora melhor. Os governadores agora são indicados e não eleitos. O povo é contra isso, o povo quer quer sejam eleitos. (...) Estamos no rumo da democracia e, na minha visão, nós andamos a metade do caminho, na melhor das hipóteses. Precisamos seguir até o fim do caminho".
Putin e Medvedev

Gorbachev ironiza a forma como o atual primeiro-ministro, ex-presidente e homem forte da Rússia, Vladimir Putin, é visto pelo Ocidente. Como a "personificação da força do macho".
"Se fosse para colocá-lo na balança, eu diria que suas realizações positivas superam as negativas. Mas não vamos esquecer que ele teve a sorte de ter enormes receitas no seu caminho, como maná do céu, devido ao petróleo. Mesmo assim, ele não consegui distribuí-la corretamente. O certo era haver uma mudança".
Sobre o atual presidente, Dmitri Medvedev, indicado por Putin, Gorbachev diz que ele está se tornando mais "forte e experiente". "Ele é um homem bom, educado, culto em todos os aspectos. Ainda é jovem, mas esse é o ponto: em momentos como o atual, a experiência é especialmente valiosa. Esse é o motivo de sua fraqueza. Talvez sua fraqueza seja também resultado do fato de que ele está nessa parceria (com Putin). Se ele estivesse sozinho, teria sido mais decisivo. Devemos nos livrar dessa ligação."
Fonte: Google e Portal IG 

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