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15 de agosto de 2011

Especial URSS-Um Novo Despertar

E continuamos com o Especial sobre a antiga URSS aqui no UND.
Tópicos de Hoje:
A morte de Lênin  e Ascenção de Josef Stalin
URSS e a Segunda Guerra Mundial



Lenin morreu em 1924. Dois importantes dirigentes do partido disputaram o poder: o secretário-geral, Joseph Stalin, e Leon Trotski, Comissário do Povo para Assuntos de Guerra. Stalin venceu a disputa. Trotski não concordava com a orientação que Stalin imprimia à direção do país e passou a fazer oposição ao novo dirigente, mas foi expulso do partido e do território soviético. Morreu no México em 1940, assassinado por um agente de Stalin.

Controlando a burocracia partidária e estatal, Stalin foi afastando seus opositores, até conseguir se tornar ditador absoluto em 1929. Além da extrema centralização política, Stalin instituiu a planificação geral da economia, através dos planos qüinqüenais, que procuravam desenvolver a indústria pesada e forçar a coletivização da agricultura. Para obter a auto-suficiência industrial, a produção de bens de consumo foi restringida. A erradicação do analfabetismo e a expansão do ensino técnico também contribuíram para que a União Soviética alcançasse rapidamente um elevado nível de desenvolvimento industrial.

Uma nova Constituição, outorgada por Stalin em 1936, confirmou seu poder totalitário. Por meio de uma política de expurgos maciços, que instalou o terror permanente, o governante promoveu o afastamento e a eliminação dos que se opunham a ele, até mesmo de antigos e leais defensores do regime socialista.
Com essa extrema centralização e com o aumento do controle burocrático e policial sobre a população soviética, Stalin instaurou o culto a sua personalidade, transformando a ditadura do proletariado em ditadura pessoal.


Sob a férrea condução de Stalin, os soviéticos implementaram o Quarto Plano Qüinqüenal (1946-1950), que privilegiava o setor energético, o transporte ferroviário e a reconstrução das fábricas atingidas pela guerra. Entre 1951 e 1955, o Quinto Plano Qüinqüenal, que incentivava principalmente o progresso tecnológico e a indústria bélica, elevou a União Soviética ao lugar de segunda potência industrial do mundo. Rapidamente o país tornou-se o maior produtor de aço e de petróleo.

A agricultura, porém, não acompanhou esse ritmo, tornando problemático o abastecimento de uma população crescente. Esse fato teria repercussão desastrosa num futuro não muito distante.
No plano político, a violência que caracterizou o governo de Stalin não atingiu apenas a União Soviética. Alcançou também os outros países do bloco socialista, que tentavam encontrar vias próprias de desenvolvimento, fora dos rígidos padrões do Kominform.

Após a dissidência da Iugoslávia do marechal Tito, em 1948, Stalin mergulhou no terror a Europa do Leste. Promoveu expurgos nos partidos comunistas da Hungria e da Bulgária (1949), da Polônia (1951) e da Romênia (1952), garantindo pela força que o exemplo iugoslavo não tivesse seguidores.

 URSS e a Segunda Guerra Mundial -1939-1945
939-1945
Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia. A Inglaterra e a França finalmente reagiram ao expansionismo de Hitler e declararam guerra à Alemanha. Começava a Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, respaldada por seu pacto com a Alemanha, a União Soviética se apossava da Polônia Oriental e invadia a Finlândia.

Em 1940, Hitler avançou sobre a França e o norte da África. Em seguida, dominou a Hungria, a Romênia, a Bulgária e a Eslováquia. A Grécia e a Iugoslávia foram submetidas logo depois.
Em junho de 1941, em claro desrespeito ao pacto estabelecido com Stalin, Hitler ordenou a invasão da União Soviética. A expansão para o território soviético era uma antiga aspiração do líder nazista, que já a anunciara em seu livro Mein Kampf, escrito no início da década de 1920.

No final desse ano, também os Estados Unidos entraram na guerra, depois que sua base de Pearl Harbor, no Pacífico, foi atacada pela aviação japonesa. Aliado da Alemanha e da Itália, o Japão empreendia uma agressiva política de expansão na Ásia.
A guerra se generalizou, desenvolvendo-se em três frentes: ocidental, oriental e do Pacífico.

Na frente oriental, embora com relativo sucesso no início, o exército alemão enfrentou a incansável resistência dos soviéticos. O exército soviético empregou a tática de "terra arrasada": tudo era retirado por trem e levado para as regiões orientais do país: fábricas, máquinas agrícolas, gado e também a população. O que não podia ser levado era destruído. Isso acabou dificultando seriamente o avanço alemão. Mesmo sofrendo baixas consideráveis, Hitler ordenou que seus comandados "continuassem o avanço, até o último homem”. Seu objetivo era apossar-se dos campos petrolíferos do Cáucaso e das indústrias militares de Stalingrado.

No auge do avanço, a frente de guerra se estendia de norte a sul da União Soviética. Os alemães sitiaram Leningrado por dois anos e chegaram perto de Moscou. Mas os soviéticos, beneficiados pelo inverno e contando com reforços trazidos de outros pontos do país, resistiram e impuseram a mais importante derrota aos alemães, na batalha de Stalingrado (setembro de 1942–janeiro de 1943).

Começava aí o recuo nazista, enquanto o exército soviético ia avançando sobre as zonas ocupadas. Conseguiu retomar a Bulgária, a Hungria, a Tchecoslováquia, a Polônia e a Finlândia e marchou com decisão sobre a fronteira oriental da Alemanha.
Enquanto isso, o ataque combinado de ingleses e americanos libertou a França, os Países Baixos e a Bélgica, fechando o cerco a Hitler pela frente ocidental.

Em fevereiro de 1945, Stalin, Franklin Roosevelt (presidente dos Estados Unidos) e Wiston Churchill (primeiro-ministro britânico) reuniram-se na Conferência de Yalta para acertar os detalhes da grande ofensiva contra a Alemanha, fixar as zonas de ocupação do território germânico pelas potências aliadas e reformular o mapa europeu.
Em abril de 1945 os soviéticos cercaram Berlim e Hitler se suicidou. Em maio as tropas alemãs capitularam nas diversas frentes de batalha.
A União Soviética teve o maior número de mortos na guerra: 20 milhões de pessoas. Nenhum outro país contou tantas vítimas e nenhum resistiu mais firmemente aos avanços das tropas de Hitler.
Na Conferência de Potsdam, realizada em julho de 1945, Stalin, Churchill e Harry Truman (sucessor de Roosevelt) reuniram-se para definir o destino da Alemanha derrotada. Além da desmobilização completa de suas forças armadas, da redução de seu parque industrial e da obrigatoriedade de pagar pesadas repa rações de guerra, a Alemanha teve seu território dividido em quatro zonas de ocupação, a serem administradas pela União Soviética, Inglaterra, Estados Unidos e França.

Os Estados Unidos e a União Soviética emergiram da Segunda Guerra Mundial como as duas maiores potências do planeta.

Em 12 de março de 1947, incentivado por Churchill, o presidente norte-americano Harry Truman proferiu um violento discurso no Congresso, conclamando seu país e todo o Ocidente a lutar contra o totalitarismo soviético (Doutrina Truman).

Era o reconhecimento público das divergências entre as duas grandes potências e o início da chamada guerra fria – um estado de tensão constante entre Estados Unidos e União Soviética, que envolveria o mundo todo por quase cinqüenta anos.

Para garantir e reforçar sua influência na Europa Ocidental, os Estados Unidos elaboraram o Plano Marshall, pelo qual passaram a prestar poderosa ajuda aos países europeus, destroçados .pela guerra. A Alemanha era um dos alvo mais importantes. Graças à ajuda econômica, os Estados Unidos pretendiam conter a propagação do comunismo na região.

A União Soviética, apesar de exaurida economicamente e com um decréscimo populacional de mais de 20 milhões de pessoas, mortas em decorrência da guerra, não :aceitou qualquer ajuda norte-americana. Seu exemplo foi seguido pelos demais países socialistas.

Em setembro de 1947, foi criado o Comitê de Informação dos Partidos Comunistas e Operários o Kominform –, com o objetivo de unificar a ação comunista na Europa Ocidental, sob orientação de Moscou.

Com exceção da Iugoslávia, que se rebelou em 1948, todas as democracias populares foram intimadas a admitir a intervenção de Stalin, que não hesitou em usar a força repressora para obter o controle político e econômico dessas áreas.

O caso da Alemanha gerou um problema delicado: seu território estava dividido entre Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética, tornando uma administração conjunta absolutamente inviável. Em 1949, americanos, franceses e ingleses decidiram fundir suas zonas de ocupação (incluindo suas áreas em Berlim). Nasceu assim a República Federal da Alemanha ou simplesmente Alemanha Ocidental, com um governo .autônomo pró-capitalista e capital em Bonn. A zona oriental tornou-se a República Democrática Alemã, ou Alemanha Oriental, segundo o modelo soviético, com capital em Berlim Oriental.

Enquanto os Estados Unidos, pelo Plano Marshall, promoviam a
reconstrução da Europa, a União Soviética criava, em 1949, o Comecon – Conselho para Assistência Econômica Mútua –, visando auxiliar os países socialistas a recompor sua economia, através dos princípios da planificação.

No plano militar, as nações do Ocidente criaram, ainda em 1949, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), como resposta à explosão da primeira bomba atômica soviética. A contrapartida do Kremlin veio em 1955 com a assinatura do Pacto de Varsóvia (Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental), um organismo de defesa que congregava União Soviética, Alemanha Oriental, Bulgária, Polônia, Romênia, Albânia e Tchecoslováquia. 
Fontes: Ática Editora
Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise

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