Anúncio é feito em meio a especulações de que Israel pode atacar instalações de Teerã, que também ameaça cortar petróleo de europeus
O Irã anunciou que fará a partir da noite desta  segunda-feira exercícios militares para aumentar a proteção de suas  instalações nucleares. As atividades teriam o objetivo de deter "todas  as possíveis ameaças, especialmente para locais públicos sensíveis e  centros nucleares importantes". "Os exercícios têm como meta reforçar as  defesas antiaéreas integradas do país", disse o comunicado.
       Foto: AP   
Foto de setembro de 2007 mostra arma antiaérea posicionada na instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, no Irã
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Segundo comunicado da liderança da defesa antiaérea iraniana, as  manobras de quatro dias serão realizadas "na metade sul do país",  principalmente em torno do Golfo, segundo a agência Irna, informando que  recorrerão a uma ampla gama de mísseis, sistemas de radar e à aviação.
O anúncio sobre os exercícios, batizados de "Sarollah" ("vingança de  Deus"), é feito em meio à especulação de que Israel estuda atacar as  instalações nucleares do Irã. De acordo com especialista, um eventual  ataque de Israel seria lançado provavelmente pelo sul do país, onde as  manobras serão realizadas.
Israel e parte da comunidade internacional suspeitam que o programa  atômico do país persa tem o objetivo de fabricar armas nucleares. Teerã  nega a acusação, afirmando ter apenas objetivos civis, como a produção  de energia. O reator de Teerã, por exemplo, produz isótopos nucleares  para o tratamento de pacientes com câncer.
Com o argumento de que seu programa nuclear tem fins civis, o Irã  rejeita a reivindicação internacional de que suspenda seu enriquecimento  de urânio. Mas um relatório da AIEA divulgado em novembro trouxe a  informação de que o país realizou algumas pesquisas sobre o desenvolvimento de armas.
Em um sinal do aumento da tensão entre Israel e o Irã, Teerã anunciou na semana passada avanços em seu programa nuclear e passou com dois navios de guerra pelo Mediterrâneo após atravessar o Canal de Suez pela segunda vez desde 1979, enquanto Israel culpou o país por ataques recentes contra alvos israelenses na Geórgia, na Índia e por uma conspiração terrorista na Tailândia. Teerã nega as acusações.
No final do ano, o Irã fez exercícios militares nas proximidades do Estreito de Hormuz,  na entrada do Golfo Pérsico, lançando vários mísseis. O Irã ameaçou  bloquear a passagem, por onde passam 20% das exportações de petróleo do  mundo, em retaliação contra as sanções ocidentais ao programa nuclear iraniano.
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Ameaça de corte de petróleo
Um dia após cortar as vendas de petróleo para a França e o Reino  Unido e em meio a uma visita de inspetores da agência nuclear da ONU ao  país, nesta segunda-feira o Irã ameaçou estender a medida a outros países europeus  se a União Europeia continuar com suas "ações hostis" contra Teerã,  disse o presidente da companhia nacional petroleira do Irã (NIOC), Ahmad  Ghalebani.
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O país persa havia advertido pela primeira vez no dia 15 que estudava cortar o envio de petróleo a seis nações  europeias. Citado pela agência semioficial iraniana Mehr, Ghalebani  mencionou a Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, Portugal e Holanda como  alvos potenciais da medida, em represália pelo embargo imposto em janeiro pela UE ao petróleo iraniano a partir de 1º de julho.
Teerã anunciou no domingo a suspensão de toda a venda de petróleo à  França e Reino Unido, os dois países da UE que mais impulsionaram a  adoção de sanções contra Irã. A porta-voz da Comissão Europeia, Marlene  Holzner, afirmou nesta segunda-feira que a Bélgica, a República Checa e a  Holanda pararam de comprar petróleo iraniano, enquanto a Grécia, a  Espanha e a Itália estão diminuindo suas aquisições.
       Foto: AP   
Boneco de carnaval do presidente iraniano,  Mahmud Ahmadinejad, é visto em Dusseldorf, Alemanha. Na boca, ele tem  dinamite em que se lê: 'Programa nuclear'
A França subestimou o impacto da ação do Irã, dizendo que as  companhias petrolíferas francesas já pararam de adquirir o produto  iraniano. Segundo Marlene, Reino Unido, Áustria e Portugal pararam de  comprar petróleo iraniano já há algum tempo.
A ameaça foi feita enquanto funcionários da Agência Internacional de  Energia Atômica (AIEA) começaram uma segunda rodada de negociações com  autoridades do Irã sobre seu programa nuclear.
 IG*Com BBC, AP, AFP e Reuters
Época da Russia lucrar mais com o petro.
ResponderExcluirPrimeiro tiro dado será de Israhell e o ultimo se ficar alguem para contar a história da ww3.
tomara que israel, ataque o irã pra que israel se afunde e seja destruido mesmo.
ResponderExcluirHoje a Globo News falou que Israel tá pra atacar o Irã! A Hora chegou
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