22.02.2012, 15:48
   © Colagem: "Voz da Rússia"  |              |    
Os  peritos advertem que uma ação militar contra o Irã terá conseqüências  graves para a economia mundial. Enquanto isso, na própria república  islâmica pretendem criar tropas de “ciberdefesa”, reforçar a proteção de  estruturas nucleares e admitem a possibilidade de um golpe antecipado  contra o inimigo. Os EUA, a China e a Rússia estão decididamente contra a  intenção de Israel de resolver o problema pela força.
Em  caso de um ataque contra alvos nucleares do Irão o preço de um barril  de petróleo pode chegar a 300 dólares. É esta a opinião de Joseph  Cirincione, perito do Departamento de Estado norte-americano para  questões de segurança internacional. De acordo com o seu prognóstico,  uma operação militar não solucionará a crise em torno da República  Islâmica, mas irá sim desencadear uma guerra de grande envergadura na  região, forçando o Irão a agilizar a criação da sua própria bomba  atômica.
Os EUA continuam as suas tentativas de  convencer Israel de que uma ação violenta contra Teerã seria inútil e  que é preciso resolver o problema nuclear do Irã com ajuda de meios  diplomáticos. O conselheiro do presidente dos EUA para questões de  segurança nacional, Tom Donilon, discutiu esta opção durante as  conversações em Jerusalém com o primeiro ministro de Israel  Benjamin Netanyahu e com o ministro da defesa Ehud Barak. O presidente  Barack Obama convidou Netanyahu a visitar os EUA no dia 5 de março.
O  representante permanente da Rússia na ONU, Vitali Tchurkin, afirmou que  Moscou faz o máximo de esforços a fim de evitar uma ação violenta.
O  perito do Fundo de Segurança Energética nacional Aleksandr Passechnik  apontou que a espera de eventuais operações contra o Irão mantém já há  vários meses o mercado mundial em estado de efervescência.
"Israel  deita cada vez mais lenha no fogo procurando convencer os seus  aliados, – os EUA e a Grã- Bretanha, – a abrir uma frente de batalha  contra o Irã que, segundo se afirma, pode criar em breve armas  nucleares. As bolsas mundiais de matérias-primas reagem a estes boatos.  Tudo isso vai acarretar inevitavelmente o crescimento dos preços. O que  se pretende descobrir é até onde vão crescer e se haverá ou não uma  operação contra o Irã. É que o Irã não pode ser dominado da mesma  maneira que a Líbia – os seus potenciais militares são muito diferentes.  Dado que a presença militar dos EUA na zona do golfo Pérsico está  aumentando, o mais provável que se trate dos preparativos para uma  guerra. Este roteiro é um beco sem saída: se os preços do petróleo  começarem a aumentar drasticamente, as economias dos países mais  vulneráveis irão “tombar” uma após outra".
Aliás, as  autoridades iranianas não atemorizam a comunidade internacional com as  conseqüências da agressão. Pelo contrário: tem-se a impressão de que  Teerã está se preparando seriamente para uma possível operação. Por  exemplo, no Irã já foram iniciadas manobras militares com a participação  de aviões e de mísseis, destinadas a defender os alvos nucleares contra  um ataque eventual por parte de Israel. O general Mohammad Hejazi, um  dos comandantes do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, declarou que o  seu país pode infligir um golpe antecipado contra o inimigo, se sentir  que os seus interesses nacionais estão ameaçados.
A  Organização do Tratado de Segurança Coletiva, de que a Rússia faz parte,  espera que não haja qualquer ataque à República Islâmica. No entanto, o  secretário-geral desta organização, Nikolai Borduja declarou que a  organização toma medidas tendo em vista o agravamento da situação.
Uma  outra oportunidade de impedir o incremento da crise é a colaboração de  Teerã com a delegação de inspetores da Agência Internacional de Energia  Atômica que chegou há vários dias ao Irã. Mas a julgar pela experiência  de contatos anteriores das autoridades iranianas com esta organização,  esta oportunidade é bastante ilusória.
Nada, so foi mais um golpe;
ResponderExcluir