Protótipo da Marca da Besta? Cientistas criam 'pele eletrônica' que mede sinais vitais humanos
Um novo tipo de adesivo para a pele, que possui circuitos eletrônicos embutidos, é capaz de medir sinais como atividade cerebral ou movimento muscular de maneira menos invasiva que uma tatuagem de brinquedo.
A
invenção, apresentada ontem por pesquisadores americanos e coreanos,
ainda não chegou ao mercado, mas já está atraindo o interesse de
parceiros para a comercialização.
"Nós
já criamos uma empresa 'start-up' para lidar com capital de risco, a
NC10, que possui um acordo com a Reebok para lançar um produto na área
de roupas esportivas eletrônicas", afirmou John Rodgers, pesquisador da
Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA), líder do projeto.
"Eu tenho esperança de que será possível criar outros produtos com
custo razoável, porque nem toda a tecnologia que usamos é nova."
Em
uma entrevista coletiva por teleconferência, o cientista mostrou as
propriedades físicas do produto num exemplar colado em seu próprio
antebraço.
Apesar de possuir um circuito eletrônico, o novo adesivo mais se parece com um pedaço de pele descascada.
O produto usa componentes eletrônicos convencionais, mas precisou de duas inovações cruciais para funcionar.
Uma
delas foi uma técnica para extrair fatias extremamente finas de placas
de silício para montar os dispositivos, ao mesmo tempo em que os
circuitos eram projetados em zigue-zague, para poderem encolher e
esticar como uma sanfona.
A
outra novidade apresentada pelos pesquisadores foi a técnica de
transferir o delicado circuito resultante do processo para uma fina
folha de silicone, que dá sustentação ao dispositivo sem tirar sua
flexibilidade.
"Ao final, o produto pode ser aplicado como se fosse uma tatuagem de brincadeira", disse Rodgers. Uma das maneiras com que os cientistas demonstraram a praticidade da pele eletrônica, aliás, foi aplicando-a em um voluntário por baixo de uma tatuagem temporária.
Nos
testes realizados até agora, a informação coletada pelos circuitos foi
transmitida para computadores por meio de pequenos fios, mas o
cientista afirma que já está desenvolvendo tecnologia sem fio para o
produto.
BATERIA
A
energia usada pelo adesivo também é um problema que já foi parcialmente
resolvido. Os circuitos são alimentados por geração mecânica de
energia, por meio da movimentação da pele e por minúsculas células de
captação de energia solar.
Segundo
os pesquisadores, uma das vantagens da nova tecnologia é que ela
permite monitorar sinais elétricos vitais não apenas de maneira mais
confortável, mas também mais precisa.
De
acordo com o cientista, o sistema novo permite aplicar algo na escala
de milhões de eletrodos em uma pessoa, sem uso dos cabos elétricos e
esparadrapos dos sistemas típicos de eletroencefalografia.
Fonte: Folha.Uol
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