China inaugura seu porta-aviões e já causa apreensão internacional quanto a suas pretensões marítimas
O
primeiro porta-aviões da China zarpou nesta quarta-feira do porto de
Dalian, na Província de Liaoning, para uma viagem inaugural de teste
antes de entrar em serviço, informou a agência oficial Xinhua (Nova
China).
A medida deve impulsionar o orgulho patriótico no país, mas causar nervosismo no exterior sobre as ambições navais de Pequim.
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Fontes
militares citadas pela agência disseram que a embarcação fará uma
viagem curta e depois voltará ao porto para finalizar sua preparação
para entrar em atividade. A embarcação militar será utilizada para fins
científicos, de experimentos e treinamento, segundo afirmou o governo
chinês há algumas semanas.
A construção do porta-aviões,
denominado "Varyag" pela União Soviética, começou em 1985, mas após a
queda desse regime comunista a embarcação passou a ser propriedade
ucraniana, e a China o adquiriu em 1998. Até agora os únicos países da
Ásia que contavam com este tipo de navio eram Índia e Tailândia.
A aguardada estreia do navio marcou um passo adiante no plano de
longo prazo da China de montar uma força naval que possa projetar poder
na região asiática, onde os mares são ocupados por faixas de
embarcações comerciais e complicadas disputas territoriais.
"Sua importância simbólica supera sua importância prática", disse Ni
Lexiong, um especialista em política marítima chinesa da Universidade
de Ciências Políticas e Direito da Universidade de Xangai. "Já somos
uma potência marítima e, portanto, precisamos da força adequada, seja
em porta-aviões ou navios de guerra, assim como os Estados Unidos ou o
império britânico", disse.
Foto: AP
Foto tirada no último dia 6 de agosto mostra o porta-aviões chinês no porto de Dalian
A China tem construído novos submarinos, navios e mísseis balísticos
antinavios como parte de sua modernização naval. A crescente presença
marítima do país causou nervosismo na região por conta das históricas
disputas territoriais, que poderiam acelerar uma expansão militar em
toda a Ásia.
No ano passado, a China se envolveu em conflitos com o Japão, o
Vietnã e as Filipinas. Os incidentes - colisão de barcos e acusações de
incursões territoriais - têm sido pequenos, mas o desentendimento
diplomático aumentou diversas vezes.
*Com EFE e Reuters
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