Em Portugal, centenas de pessoas provenientes de diversos lugares do país protestaram neste sábado à tarde na capital, Lisboa, contra as medidas de austeridade previstas no plano de ajuda internacional fechado para o país em maio passado.
“Não à exploração, não às desigualdades, não ao empobrecimento”, “outra política é possível e necessária”, estava escrito nos cartazes exibidos pelos manifestantes, que gritavam: “a luta continua!”.
No início da tarde, cerca de cinquenta trabalhadores que atuavam no setor de cerâmica em Valadares (norte de Portugal) protestaram em frente à residência oficial do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
“Sim ao trabalho, não ao desemprego”; “Não podemos continuar trabalhando sem sermos pagos”, gritaram os funcionários descontentes, que entregaram uma carta com suas reivindicações a um policial.
Esta manifestação ocorre poucos dias antes da terceira missão trimestral da “troika” (UE, BCE e FMI), que representa os credores de Portugal, encarregada de avaliar a execução do plano de ajuda financeira por um montante de 78 bilhões de dólares, fechado em maio.
No outro extremo do subcontinente, a Grécia viveu neste sábado seu segundo dia de greve geral contra o plano de austeridade exigido pela União Europeia e aprovado pelo governo de coalizão grego em meio a uma crise política. Sua adoção definitiva deve ser debatida no domingo pelo Parlamento.
Em Atenas, pelo segundo dia consecutivo, cerca de 3.500 manifestantes concentraram-se ao meio dia na Praça Syntagma, um protesto menos numeroso que na véspera, devido ao fato de a cidade estar paralisada pela greve e com uma ampla presença policial.
Na Espanha, os dois principais sindicatos espanhóis, UGT e CCOO, convocaram manifestações neste sábado em todo o país, assim como em 19 de fevereiro, contra a reforma trabalhista aprovada na sexta-feira pelo governo conservador de Mariano Rajoy, ao afirmar que “destruirá empregos” no lugar de criá-los.
O executivo espanhol aprovou uma nova reforma do mercado de trabalho, que inclui uma redução das indenizações por demissão e medidas para estimular o emprego entre os jovens, em momentos em que a taxa de desemprego no país alcança 22,85% da população ativa, e cerca de 50% entre os jovens.
FONTEFT.Net
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