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11 de julho de 2012

Movimentação militar diante da crise síria

Marines de Moscou  para a Síria

  Os russos enviaram uma força-tarefa naval para a Síria. Como se o lugar não fosse o suficiente para uma confusão já.

  POR MARCA KATZ | 11 jul 2012



 O Ministério da Defesa russo enviou um grupo de navios para o Mediterrâneo.  Entre seus destinos  o porto sírio de Tartus. Os navios incluem pelo menos três embarcações de desembarque anfíbio, capazes de transportar veículos blindados e dezenas de fuzileiros navais.  Se a força realmente atinge a Síria, que irá representar um aumento significativo do envolvimento de Moscou para além da entrega de armas (se novo ou recondicionado) para o regime de Assad sitiado. O Kremlin claramente quer que os EUA e outros entendam que a manutenção de sua presença em Tartus é uma prioridade muito alta para Moscou.  Mas longe de garantir a influência russa na Síria e continuada da região, este movimento pode servir para miná-lo em seu lugar.Não é difícil entender por que Moscou deseja manter este porto, que a Marinha tem vindo a utilizar desde 1971. A Rússia não pode implantar rapidamente sua frota do Mar Negro para o Mediterrâneo e além por causa de acordos internacionais que limitam o número e data das embarcações navais em trânsito devido o gargalo dos Estreitos turcos.. Outros principais portos  russos - no Báltico, o Mar Ártico e o Pacífico - estão longe.  Assim, para Moscou para ser capaz de rapidamente fazer valer as suas forças no Mediterrâneo Oriental e arredores, ele deve ser capaz de manter uma presença naval fora do Mar Negro. E para fazer isso, ele precisa de acesso às instalações portuárias. Tartus é atualmente a única base naval que a Rússia tem fora da antiga União Soviética.(Rússia já teria tomado medidas para adquirir acesso naval para a Venezuela, mas não está claro se Moscou pode realmente sustentar uma tão longe de suas próprias costas.) Daí a importância vital de Tartus para Moscou.
O governo russo foi mais imparcial sobre a revolta contra o regime de Assad que eclodiu no início de 2011, ele poderia ter tido pelo menos uma chance de convencer o governo sírio sucessor para deixá-lo manter o acesso a Tartus. um sírio funcionário do Conselho Nacional que participou nas negociações com o governo russo disse que o SNC fez esta oferta para Moscou no ano passado.Mas porque o Kremlin tão firmemente apoiou o regime de Assad nos esforços desta última para esmagar seus adversários, é altamente provável que o regime que chegar ao poder após a queda de Assad vai expulsar os russos de Tartus.  Enquanto Moscou certamente tem outros motivos para continuar a apoiar Assad, um dos mais importantes é a necessidade de garantir o acesso a Tartus.
Na conversa, especialistas russos de assuntos internacionais dizem que ver objeções de Washington para o apoio russo para o regime de Assad como mais um exemplo dos EUA na aplicação de um padrão para a Rússia e outro para si.Enquanto os EUA concordam com (ou mais trabalhado ativamente para) a queda de antigos governantes autoritários na Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen, observadores russos, notam que Washington não fez nada para impedir que as forças sauditas  esmagassem o movimento de oposição da maioria xiita  pedindo por s reforma (e não a queda) do regime de minoria sunita no Bahrein, onde a  5 º frota  se baseia.
http://www.foreignpolicy
 
 
 
E os EUA se dizem despreocupados com a movimentação militar russa rumo a Síria
(AFP) – 19 hours ago 
 O  naval vessel da Rússia  (AFP/File)

WASHINGTON - Os Estados Unidos disseram  nesta terça-feira que estão cientes de uma frota naval russa enviada para um porto sírio, mas ainda não vêem motivos para preocupação.
"Atualmente temos nenhuma razão para acreditar  que este movimento é nada fora do comum, mas, refira-se ao governo russo para obter mais detalhes," Erin Pelton, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, disse à AFP.
A Rússia enviou uma frota de sete navios de guerra naval liderados por um destróier anti-submarino para a sua base naval no porto sírio de Tartus, a agência de notícias Interfax  informou nesta terça-feira.
Moscou foi duramente criticado pelo Ocidente por não cortar os laços militares com a Síria, apesar do conflito entre o regime e os rebeldes da oposição que já custou milhares de vidas.
 No Departamento de Estado, o porta-voz Patrick Ventrell disse que Washington tinha visto relatos citando autoridades russas dizendo que  os navios vão entrar no porto de Tartus para reabastecimento "e que não está relacionado com o conflito na Síria."
" "Nós, é claro, espero que isso seja verdade", Ventrell disse, acrescentando: ". Obviamente, uma coisa é reabastecimento e outra  toda é diferente de reabastecimento"
Em 30 de junho, os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, China, Rússia, França e Grã-Bretanha - assim como a Turquia e os países pertencentes à Liga Árabe concordaram em Genebra para um plano para uma transição política na Síria.
 Não fizeram uma chamada explícita para o presidente Bashar al-Assad para sair, mas o Ocidente e a oposição deixaram claro que não viam papel para ele em um governo de unidade.
A Rússia disse terça-feira que queria organizar uma nova reunião das potências estrangeiras sobre a crise na Síria, mas sublinhou que as conversações não deve decidir o destino de Assad.
 O anúncio foi feito depois que Moscou disse segunda-feira que não iria assinar novos contratos de armas com Damasco até que a situação na Síria acalma.
 

3 comentários:

  1. Olá, Daniel.
    O subtítulo "Os russos enviaram uma força-tarefa naval para a Síria. Como se o lugar não fosse o suficiente para uma confusão já." é de sua autoria ou da fonte http://www.foreignpolicy?

    Obrigado.

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    1. Oi Bom dia.
      Não é de minha autoria não, está no próprio texto feito pelo autor da página onde tirei.
      Autoria minha só relativo ao cabeçalho: Movimentação militar diante da crise síria, tem vezes que não monto Cabeçalho próprio e coloco a chamada o texto direto.
      Outro é quando comento algo sobre o determinado assunto em pauta onde inicialmente coloco UND:e a cor do que digo em marrom.
      Também achei estranho o já no final do título, mas mantive do jeito que está escrito lá de onde tirei.
      Abraços

      Excluir
    2. Oi Bom dia.
      Não é de minha autoria não, está no próprio texto feito pelo autor da página onde tirei.
      Autoria minha só relativo ao cabeçalho: Movimentação militar diante da crise síria, tem vezes que não monto Cabeçalho próprio e coloco a chamada o texto direto.
      Outro é quando comento algo sobre o determinado assunto em pauta onde inicialmente coloco UND:e a cor do que digo em marrom.
      Também achei estranho o já no final do título, mas mantive do jeito que está escrito lá de onde tirei.
      Abraços

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