Governo de Bashar al-Assad tenta reverter as vitórias da oposição após a morte de chefes de segurança. Grupo estima em 550 número de mortos nas últimas 48 horas
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Soldados sírios caminham entre carros queimados no distrito de Mudan, no sul da capital Damasco
Forças do governo sírio combateram rebeldes na capital Damasco à noite, lutando para reverter as vitórias da oposição após os assassinatos de chefes de segurança do presidente Bashar al-Assad.
Helicópteros do exército e tanques apontaram mísseis, metralhadoras e morteiros para bolsões de combatentes rebeldes que se infiltraram na capital esta semana numa operação chamada "Vulcão de Damasco".
Combatentes pouco armados movimentaram-se pelas ruas a pé e atacaram instalações de segurança e barricadas. Mas o centro da cidade estava calmo à 1h (horário de Brasília) do sábado, afirmaram moradores à Reuters.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos, um grupo de oposição que monitora a violência no país, afirmou que 240 pessoas foram mortas na Síria na sexta-feira, incluindo 43 soldados. O número de mortos durante as últimas 48 horas foi de 550, ainda de acordo com a entidade, tornando os últimos dois dias os mais sangrentos nos 16 meses da revolta contra Assad.
Na quarta-feira, uma bomba matou quatro membros do círculo familiar e de tenentes do presidente, incluindo seu poderoso cunhado, o ministro da Defesa e o chefe de inteligência. "O regime está à deriva nos últimos três dias. Mas os bombardeiros aéreos e terrestres em Damasco e nos subúrbios mostram que o governo não perdeu a força de combate e que está se reagrupando", afirmou de Damasco o ativista Moaz al-Jahhar por telefone.
Quem é a bola da vez agora?
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