UND: Matéria que vem via blog Conflito Final do meu amigo leitor Caetano que fez uma breve pesquisa ótima a respeito das armas químicas do regime de Bashar Al Assad na Síria.
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Fiz uma breve pesquisa sobre o arsenal de guerra sírio.
- Na semana passada, o “Wall Street Journal“ noticiou que o governo da Síria estaria movendo suas armas químicas, considerado o maior do mundo. Não se sabe se a intenção do regime de Assad é a de utilizá-lo ou de simplesmente evitar que caia nas mãos de rebeldes. De qualquer forma, a notícia é assustadora: o uso de armas químicas agravaria radicalmente um conflito que já vitimou dez mil sírios.
- Precisamos ficar atentos ao destino deste arsenal químico. Ele deve ficar exatamente onde está - alertou a legisladores americanos o general Martin Dempsey, chefe-adjunto do Estado Maior, em março.
Apesar de rumores de que a CIA e outros órgãos de inteligência estariam secretamente fornecendo armas aos rebeldes sírios, os Estados Unidos têm se mostrado relutantes ou mesmo incapazes em intervir militarmente para dar fim à matança de civis. A situação pode mudar se o regime de Bashar al-Assad começar a usar suas armas químicas, já que a pressão da comunidade intercional a favor de uma intervenção externa no país aumentaria muito. No entanto, qualquer ataque por ar - como os que ajudaram a derrubar o ditador líbio Muamar Kadafi no ano passado - teria que superar o sistema antiaéreo sírio, fortalecido nos últimos cinco anos após a aquisição de sofisticados equipamentos militares da Rússia.
Enquanto isso, a repressão do regime de Assad aos rebeldes - com uso de tanques, artilharia e aviões - continua intensa. Baseado em estudos recentes da Foreign Policy dos EUA, segue abaixo, uma análise do potencial destrutivo do arsenal da Síria.
Armas químicas:
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As últimas estimativas apontam que o regime de Assad dispõe de milhares de tonéis de gás mostarda, além de grandes quantidades de sarin e provavelmente VX. As duas substâncias - que atacam o sistema nervoso - podem ser lançadas por mísseis, canhões e aviões, segundo Charles Blair, especialista em armas químicas e biológicas da Federação dos Cientistas Americanos.
- Dizem que a Síria tem cem ou duzentos mísseis que podem espalhar essas substâncias letais, e que já estariam prontos para serem lançados, mas acho que tudo não passa de exagero - disse Blair. Segundo o especialista, os agentes químicos geralmente são estocados em local separado, e não junto aos demais armamentos. Blair também acredita ser impossível quantificar o arsenal químico de Assad.
Apesar do governo americano ter divulgado estimativas vagas e imprecisas sobre o tamanho deste estoque, o general Martin Dempsey disse a legisladores, em março, que o montante era “cem vezes maior comparado ao visto na Líbia”. O país do norte da África aderiu à Convenção Internacional de Armas Químicas em 2004, e destruiu grande parte de seu arsenal após a queda do regime de Muamar Kadafi.
Chales Blair acredita que, mesmo que o estoque à disposição de Bashar al-Assad seja grande, dificilmente o ditador sírio faria uso dele contra civis. Do contrário, disse Blair, certamente a pressão da comunidade internacional a favor de uma intervenção externa no país aumentaria consideravelmente.
- Ou os sírios estão removendo o estoque para protegê-lo de um possível ataque, ou o estão escondendo porque sua localização foi vazada por desertores da cúpula do regime - disse Blair. Para ele, o estoque de armas químicas é a “joia máxima” do exército do país.
Aram Nerguizan, integrante do Centro Estratégico de Estudos Internacionais e especialista no regime sírio, concordou com Blair. Segundo Nerguizan, diferentemente do que fez Kadafi, o regime de Assad se conteve para não usar a arma mais letal de seu arsenal - uma aeronave de asa-fixa e um avançado sistema de lançamento de mísseis - com receio de que a atitude revolte ainda mais a comunidade internacional.
- Esses equipamentos ainda não foram utilizados. Se o uso deles já é alarmante, que dirá o uso de armas químicas - disse.
Bateria antiaérea:
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Este sofisticado sistema de lançamento de mísseis, com alcance de até 20 km, pode ser superado por caças americanos que utilizem radares e mísseis do tipo HARM (com alcance de 60 milhas ou cerca de 100 km). A Rússia pode ter fornecido à Síria o sistema SA-17 de lançamento de mísseis antiaéreos que, assim como o SA-22, também é móvel. Os SA-17 - cujos mísseis, com alcance de até 26 km, são capazes de abater caças que estiverem voando a baixa e média altitude - podem ser superados por um intenso e bem coordenado ataque aéreo, segundo Aram Nerguizan. A Síria também pode ter adquirido o sistema SA-10, de longo alcance, um dos mais avançados do mundo. O regime de Assad protege a capital do país com sistemas SA-5 Gammon (fabricado nos anos 1970, de longo alcance) e SA-6, de médio alcance.
- O exército sírio dispõe de uma combinação de modernas tecnologias de lançamento de mísseis de pequeno e médio alcance, peças importantes de seu sistema anti-aéreo - disse Narguizan.
Tanques:
O exército sírio foi forçado a usar sua frota tanques soviéticas blindados - principalmente os BMP-1s - para combater os rebeldes, que se tornaram cada vez mais adaptados para destruir estes veículos com bombas e granadas que perfuram blindados, de foguetes de propulsão. Por causa dessa vulnerabilidade, as tropas soviéticas e russas usaram um procedimento padrão para montar em cima de BMP-1s no Afeganistão e na Chechênia, inflamando o BMP de alta munição explosiva e do tanque de combustível, que fica dentro do compartimento de tropas.
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O exército sírio foi forçado a usar sua frota tanques soviéticas blindados - principalmente os BMP-1s - para combater os rebeldes, que se tornaram cada vez mais adaptados para destruir estes veículos com bombas e granadas que perfuram blindados, de foguetes de propulsão. Por causa dessa vulnerabilidade, as tropas soviéticas e russas usaram um procedimento padrão para montar em cima de BMP-1s no Afeganistão e na Chechênia, inflamando o BMP de alta munição explosiva e do tanque de combustível, que fica dentro do compartimento de tropas.
A maioria dos tanques do exército sírio de batalha são soviéticos T-72s que foram projetados na década de 1970.
Artilharia:
Enquanto o governo sírio não pode usar seus foguetes mais pesados contra os rebeldes, vem usando o sistema mundial de morteiro, o M240 de fabricação soviética “Tulip”. Originalmente concebido para tirar bunkers da OTAN durante a Guerra Fria, o Tulip tem sido usado para arremessar morteiros a distâncias de até cinco metros de comprimento sobre populações civis, incluindo na cidade síria de Homs.
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Helicópteros: 
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Além de tanques, artilharia e morteiros, o regime de Assad já teria usado seus helicópteros de ataque soviéticos, Mi-24 Hind, juntamente com os Mi-8 e Mi-17 de transporte, que são usados como helicópteros. Os Mi-8/Mi-17 podem levar um pouco de poder de fogo. Ainda assim, o Mi-24 é ainda mais feroz, armado com um 23 milímetros principal com canhão e uma mistura de dezenas de foguetes S-8, além do foguete antitanque AT-6, e até 2.000 quilos de bombas transportadas em suas asas de stub .
É também fortemente blindado, com a fuselagem capaz de resistir a golpes de munição calibre 0,50. A Rússia vem tentando enviar declaradamente três Hinds consertados de volta para a Síria - junto com um sistema de defesa aérea - movimento que foi recebido com muitas críticas internacionais.
"Eita nóis"! Vamos ver no que isso vai dar....
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