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17 de julho de 2012

Mais um post sobre o Bilderberg e a Síria

Como o ultrafechado grupo BilderBerg está atuando na Síria

Por Paulo Nogueira


A líder da oposição síria Bassma Kodmani saindo de uma reunião do grupo BilderBerg

Grupo BilderBerg.
Já ouviu falar? Provavelmente não, pelo seu caráter semiclandestino.
Mas pode ter certeza: poucas organizações são tão influentes quanto o BilderBerg. O nome deriva do hotel em que o grupo se reuniu pela primeira vez, em meados dos anos 1950.
Basicamente, seus integrantes são representantes de grandes governos e grandes corporações. As reuniões são anuais, e o local varia. Mas o conteúdo dos encontros é sempre secreto, e agenda trata da alta política internacional.
O grupo surgiu no rastro da Guerra Fria que opôs os Estados Unidos e a falecida União Soviética, depois da capitulação alemã. Por trás da montagem da organização, havia uma preocupação com um possível surto de antiamericanismo no mundo que colocasse em risco os interesses dos Estados Unidos, primeiro, e do Ocidente, depois. Um dos fundadores do Bilderberg, e ainda hoje ativo na militância, é o banqueiro David Rockfeller.

Rockfeller fundou o movimento e ainda hoje milita

Num universo cambiante e precário, os integrantes mudam. Na última reunião, por exemplo, estava presente o executivo Marcus Agius, presidente do Barclays. Na próxima, provavelmente ele não estará: Agius – nome melhor para um banqueiro não poderia haver – renunciou a seu cargo milionário depois que veio à tona a manipulação criminosa que o Barclays promoveu em torno da Libor, a taxa de juros que, calculada em Londres, governa o mercado financeiro britânico e mundial. (O Barclays foi multado em mais de 400 milhões de dólares, e as consequências se ampliarão consideravelmente quando clientes forem à justiça para reclamar de prejuízos pela manipulação.)
Todos os candidatos à presidência dos Estados Unidos são sabatinados pelo BilderBerg. Fiquemos nos últimos. Clinton? Foi. Bush? Foi. Obama? Foi.
O jornalista e documentarista britânico Jon Ronson fez um primoroso trabalho de investigação sobre o BilderBerg. As reuniões, descobriu ele, costumam ser em maio ou junho. Em geral, em resorts em que os participantes possam também jogar golfe. Há um núcleo central e fixo, e é ele que define os convidados. No total, são cerca de 100 as pessoas que se reúnem. A então promissora e apenas localmente conhecida política britânica Margaret Thatcher recebeu um convite para um encontro em meados dos anos 1970. Thatcher não falou nada no primeiro dia, e isso foi notado e cobrado. Espera-se que as pessoas falem. Avisada, Thatcher falou no segundo dia, e virou instantaneamente objeto de admiração do grupo. Logo em seguida à reunião, ela foi convidada para conversas com gente poderosa nos Estados Unidos. O resto é história.
Há um voto de silêncio no grupo. O conteúdo discutido é secreto. Todos os convidados se comprometem a não falar com jornalistas, embora magnatas e astros da mídia sejam frequentes nos encontros. Conrad  Black, dono de uma rede internacional de jornais, está costumeiramente presente — embora em suas publicações jamais tenha saído nada sobre o BilderBerg.
Um colunista do Guardian, o melhor jornal britânico, tem rastreado os passos da sociedade. Seu nome é Charles Skelton. Ele descobriu um fato interessante. O BilderBerg tem tido um papel vital (e escondido) na cobertura da crise da Síria. As fontes frequentemente citadas pela mídia ocidental como a oposição ao governo têm vínculos com o BilderBerg.
O Conselho Nacional Sírio, CNS, por exemplo. Segundo o Washington Post, o CNS é o “guarda-chuva das principais facções sediadas fora da Síria”. A BBC classifica o CNS como “a principal coalizão de oposição.”
O que é certo, segundo Skelton, é que o CNS é a organização que tem os vínculos mais fortes com o Ocidente – e com o BilderBerg.  A acadêmica Bassma Kodmani, que fica em Paris, é o porta-voz do CNS. Ela participou dos dois mais recentes encontros do CNS. Num deles, um grupo de ativistas fotografou-a num carro saindo na conferência. Kodmani tem reclamado incessantemente intervenção estrangeira na Síria.
Onde as coisas provavelmente vão dar?
Na deposição de Assad, na morte de milhares de soldados e civis – e na instalação de um novo governo que representa mais a causa dos americanos, simbolizada no BilderBerg, que a dos sírios.
Foi isso o que aconteceu no Iraque, para lembrar um caso.
Deu no que deu.
Antes disso, no Irã. No começo da década de 1950, uma conspiração comandada pela Inglaterra e pelos Estados Unidos derrubou o governo democraticamente eleito de Mohammed Mossadegh. Foi colocado no lugar de Mossadegh o localmente abominado xá Reza Pahlevi, títere da plutrocracia ocidental.
O xá acabaria derrubado por um levante popular, anos depois — e em seu lugar tomaria o poder um regime islâmico visceralmente antiamericano sob a égide do aiatolá Khomeini.
A história se repete com irritante constância. A Síria parece ser mais um exemplo. 
http://www.diariodocentrodomundo.com.br

4 comentários:

  1. O que não compreendo nestes grupos é que, supostamente, eles conhecem os caminhos da existência... Sabem de onde viemos e para onde (inevitavelmente) voltaremos, então, por que se agarram tanto a um poder que no fim das contas nada significa?

    Podemos então supor que eles não conhecem a verdade sobre o existir; ou que simplismente se recusam a seguir adiante nos caminhos da evolução (devido as posições de destaque que ocupam nesta densidade); ou ainda que, sabem de algo sobre este tema e que nós ainda não conhecemos.

    Se a segunda suposição for a verdadeira, isso torna as coisas por aqui muito mais podres do que se possa imaginar... seria como um leproso agarrado às suas próprias feridas. É uma imagem revoltante!

    O antídoto para nos tornarmos imunes ao poder destes grupos está na indiferença! Sim, parece estranho, mas explico... Os sírios revoltados com o ditador que se agarra ao poder, são atiçados pelo Bilderberg, sonham com uma democracia que no fim não mudará suas vidas.

    Não estou fazendo alusão ou incentivando a alienação, apenas acho que se os sírios estivessem tocando suas vidas na normalidade o mundo estaria melhor hoje e amanhã. Atendendo à convocação para a luta pela suposta
    "liberdade" eles colocam em risco suas vidas e aumentam o poder do ocidente. Um poder dominado pelo erro, seja ele proposital ou não!

    Alex Xavier Ribeiro.

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    1. mas Bashar Assad não é um ditador,amigo, os EUA e ISRAEL que passa isso para o mundo, porque ele (ASSAD) é uma pedra no caminho deles , não aceitando os planos na nova ordem, POR ISSO QUEREM SUBISTITUI-LO para colocar em seu lugar um governo fantoche, que ESTADOS UNIDOS fale e ja vai logo fazendo o que desejam , assim como o kuait, arabia saudita e outros mais.

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  2. tudo que falam da coreia do norte, siria ,libia, venezuela, irã, sobre ditadura e tudo mentira.A verdade é que estes governos não se vedem aos EUA, então passam a serem perseguidos como não tem armas atomicas para se defenderem.O unico perigo e entrave para os EUA é a russia que os supera e é capaz de destruir os EUA.A lei de DEUS não falha, nossa salvaçao está na russia, podem acreditar.

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  3. Realmente o Aiatolá Khomenini foi colocado no lugar de Xá da Pérsia, infelizmente. Khomeini, o pedófilo islamita, que abaixou a idade de casamento para meninas de 9 (nove) anos, para 8 (oito) anos de idade, para que velhotes de 50 ou mais anos de idade, pudessem se deliciar com orgias pedofílicas, já que os velhotes tem direito a se casar com três meninas, ao mesmo tempo. Belo exemplo pedofílico que o Aiatolá deu. O islamismo não é religião, é uma Seita Pedofilica e política, que vai ser exterminada da face da Terra. Parabéns aos EXOPOLÍTICOS, e ao Grupo Bilderberg, que vão acabar com essas depravações!!!
    P.T. Sei que não vão publicar, mas lerão! A verdade sempre doi, não é?

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