Não é o Estado que controla o Capital, mas sim o Capital que controla o Estado.
Por intermédio da migração financeira e maçônica das casas reais e
sua eliminação abrupta, a chamada democracia parlamentar apareceu por
todo o planeta. O sistema partidário difuso, turvo e faminto por
dinheiro ligado a ela, permite às Altas Finanças
as maiores possibilidades de atuação, que poderiam ser alcançadas
somente com muito esforço no caso de um país monárquico, e que deveriam
ser improvisadas com muitos contra-golpes.
Até onde os políticos representam a vontade popular? Se existem
políticos bem-intencionados, por que esses se sujeitam a trabalhar com pessoas sem honra, mentirosos e corruptos? Enquanto houver conivência entre homens de bem e “aloprados”, haverá ainda muita dificuldade em separar o joio do trigo – NR.
Um grande especulador como George Soros
tem mais poder político do que todos os eleitores do mundo juntos. As
únicas decisões determinantes não ocorrem através de eleições e à luz
do dia, mas sim são pré-formuladas atrás de portas fechadas nos andares
superiores dos grandes capitalistas e, em parte, blindados da opinião
pública, em grêmios de consenso (CFR, Comissão Trilateral, Instituo
Aspen, Ponte do Atlântico, Bilderberg e assim por diante), em parte também oficialmente nos parlamentos através dos “grupos de pressão” e “lobistas”, e ainda, se necessário, impostas com ajuda de pressão e ameaça dos grupos de influência do estrangeiro.
O poder político levado ao anonimato através da influência do dinheiro alcançou tal proporção nos países comsistema partidário democrático, que freqüentemente a “opinião pública” recebe somente “política hollywoodiana”.Não é o Estado que controla o Capital, mas sim o Capital que controla o Estado. Não perdendo de vista as relações de interdependência internacional, o seguinte esquema pode ser construído:
Figura 1 – O governo mundial da atualidade
Os plutocratas dominam as nações
A influência determinante dos plutocratas é compreendida quando
observamos as dívidas internas das nações. Aqui ganhamos a percepção de
que os países mais industrializados, assim como aqueles ricos em
matéria-prima, são os mais endividados. A tabela abaixo nos mostra isso:
Situação da dívida das nações, [welt-in-zahlen.de]
Dívida Pública / DP em relação ao PIB / DP por habitante
As 60 nações aqui listadas estão endividadas com a astronômica cifra
de aproximadamente 30 trilhões de dólares, o que na média representa
mais da metade do PIB e em relação à população, cada recém-nascido já
nasce com uma dívida média de 10 mil dólares. A uma taxa de juros de
apenas 5% resulta anualmente a soma de 1,5 trilhões de dólares em
juros. Uma soma que não pode ser mais gerada economicamente, mas que
deve ser refinanciada através de novos endividamentos. Por exemplo, a
OMF-RFA deve refinanciar suas obrigações no valor de 70 bilhões em
juros no ano de 2005, com cerca de 30 bilhões em novos créditos. Um
termo bastante utilizado nos anos 20 – Escravidão pelos Juros
– é hoje mais atual do que nunca. Quem pode ainda afirmar que essa
loucura não tem um padrão, mesmo quando querem nos convencer que nós
mesmos somos culpados, pois teríamos vivido acima de nossas condições.
A mesma coisa vale para todos os outros países.
A tabela acima não representa a situação atual de endividamento interno das nações, pois a dívida pública mundialjá está quase na casa do 40 trilhões de Dólares. A dívida pública brasileira, por exemplo, saltou para cerca de 1,6 trilhões de reais. Em outros países desenvolvidos e em desenvolvimento a situação não é diferente – NR.
Não é difícil imaginar que os grandes capitalistas, os plutocratas,
que tornaram suas fortunas anônimas com ajuda das sociedades anônimas,
têm a real e determinante influência na política mundial. Com um único
clique do mouse, os administradores de tais fortunas podem exterminar
toda uma economia nacional ou então desencadear uma crise econômica
mundial. Como podemos ver na figura 1, os plutocratas atuam diretamente
com as sociedades de capital, bancos, fundos, trustes, bolsas de
valores e nos grandes conglomerados transnacionais. Haja vista seu
poder financeiro, eles podem atuar diretamente nos países e, por outro
lado, formam o elo de ligação dos financiamentos, da classe política, mídia, dos serviços secretos, líderes religiosos e das capacidades de pesquisa.
A esta altura podemos fazer uma chamada à consciência sobre o fato de que o banco central norte-americano, o“Federal Reserve Bank”
é um consórcio de bancos privados. A soberania em relação à moeda não
está nas mãos do Estado norte-americano, mas encontra-se nas mãos de um
pequeno grupo de particulares. Além disso, o dólar alcançou o status de
moeda de reserva mundial. O sistema bancário europeu tem constituição
um pouco diferente, mas aqui o monopólio da criação de dinheiro – não o
direito de cunhar moedas – não está nas mãos do Estado, mas sim junto
aos bancos privados; as dependências estão claras.
Já no início do século XX, Walther Rathenau relatou:
“No campo de trabalho impessoal, democrático, onde para a
liderança econômica qualquer palavra insensata compromete, qualquer
fracasso pode levar à ruína, onde o público soberano de uma assembléia
de acionários decide sobre nomeações e destituições, uma oligarquia
formou-se ao longo do tempo, tão fechada como aquela da antiga Veneza.
Trezentos homens, onde um conhece o outro, dirigem os acontecimentos
econômicos do continente e procuram sucessores nos seus arredores. As
estranhas causas deste fato estranho, que lança um pequeno lampejo
sobre o futuro desenvolvimento social, não estão ponderados aqui.” [1]
É conhecido que tenha durado meio século para consolidar o sistema e
aperfeiçoá-lo, assim como duas guerras mundiais para integrar com
sucesso a Alemanha.
“A consciente e inteligente manipulação dos hábitos organizados e
opiniões das massas é um dos principais elementos das sociedades
democráticas. Quem manipula os mecanismos ocultos da sociedade, forma
um governo invisível que representa o verdadeiro poder em nosso país.
Nós somos governados, nossa consciência forjada, nosso gosto formado e
nossas idéias sugestionadas por homens, que nunca ouvimos falar. Isso é
um resultado lógico de como nossa democracia está organizada.
[...]
Em quase todas as ações de nossa vida diária, seja na esfera política ou dos negócios, em nosso comportamento social ou em nossa idéia de ética, nós somos dominados por um pequeno número de pessoas, que entendem do processo mental e padrões sociais de comportamento. São aqueles que puxam os fios que controlam o pensamento público, que se utilizam das velhas forças sociais e indicam novos caminhos para sobrepujar e controlar o mundo.” [3]
[...]
Em quase todas as ações de nossa vida diária, seja na esfera política ou dos negócios, em nosso comportamento social ou em nossa idéia de ética, nós somos dominados por um pequeno número de pessoas, que entendem do processo mental e padrões sociais de comportamento. São aqueles que puxam os fios que controlam o pensamento público, que se utilizam das velhas forças sociais e indicam novos caminhos para sobrepujar e controlar o mundo.” [3]
BERNAYS se refere neste texto à democracia norte-americana. Como a
sociedade do EUA se compõe de uma população multi-étnica miscigenada, a
conseqüência que tiramos disto é que a manipulação científica da
opinião pública, necessária para abafar o caos e conflitos na sociedade
democrática, é compreensível e lógica. Em uma população multi-étnica
miscigenada falta aparentemente, desconsiderando as necessidades
básicas da vida humana, a união interna e a vontade comum.
[1] Walther Rathenau, artigo “Geschäftlicher Nachwuchs” no jornal
“Neuen Freien Press”, Viena, 25/12/2009, republicado em Walther
Rathenau “Zur Kritik der Zeit”, Berlim 1912, pág. 207, citado segundo
Dr. H. Jonak Freyenland: Jüdische Bekenntnisse, Nuremberg 1941, pág. 186
[2] Edward Bernays nasceu em Viena a 22/11/1891 e é considerado por
muitos como o “pai das relações públicas”. Ele marcou sua profissão com
o rótulo Consultor-RP (Public Relations Counselor). Bernays era
sobrinho de Sigmund Freud, o fundador da psicanálise. O sucesso do
trabalho público de Bernays ajudou também a popularizar o trabalho de
Freud nos EUA. Bernays foi pioneiro na utilização dos resultados das
pesquisas da ainda jovem Psicologia e Ciências Sociais nos Trabalhos
Públicos. Ele desenvolveu sua campanha para formação das opiniões sobre
a base dos conhecimentos atuais da psicologia das massas. Bernays
argumentava:
“Se nós entendermos os mecanismos e os motivos do pensamentos
dos grupos, é possível agora controlar e dirigir as massas sem seu
conhecimento, segundo nossa vontade.”
Ele caracterizou esta técnica da formação da opinião baseada na ciência como “engineering of consent”.
[3] Edward Bernays, Propaganda, Horace Liveright, New York 1928, pág. 9
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